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Fortaleza disputará Série B em 2018



O Fortaleza vai disputar a Série B em 2018. Apóis oito anos na Série C, a equipe  conseguiu finalmente a redenção, esperada desde 2010. Neste período foram temporadas de bastante sofrimento, quase rebaixamento para a quarta divisão e insucessos marcantes desde 2012, quando o regulamento registrou a necessidade do mata-mata. 

Do O Povo - O jogo histórico ocorreu neste sábado, em Juiz de Fora, interior de Minas, contra o Tupi, com a presença de quase dois mil torcedores do Fortaleza. Depois de vencer o confronto de ida por 2 a 0, no Castelão, na semana passada, o Tricolor perdeu por 1 a 0, neste sábado, no estádio Mário Helênio, gol marcado por Fernando.

O início do jogo já deu mostra da postura do Fortaleza, esperando as iniciativas do Tupi e tentando sair nos contra-ataques. Logo aos três minutos, em impedimento, a equipe mineira abriu o placar, gol marcado por Romarinho. O time da casa insistia e quase marcou mais duas vezes, novamente com Romarinho, em saída errada de Marcelo Boeck, e com Italo, acertando a trave.

A partir dos 30 minutos os comandados de Antonio Carlos mostraram outra postura. Com mais calma, trocavam passes e tinham em Hiago a saída de segurança e velocidade, especialmente pelo lado esquerdo. Foi assim que o atacante finalizou com perigo em duas oportunidades.

O segundo tempo mais uma vez teve domínio do Tupi. Aos sete minutos, Andrei teve gol anulado também por impedimento e aos 14 minutos foi a vez de Marcelo Boeck - o melhor atleta da campanha do acesso - ser decisivo em chute de Helder, de bicicleta.

Restanto 30 minutos para o acesso e tendo que fazer pelo menos dois gols para levar a decisão para os pênaltis, o Tupi mantinha a postura tática de ataque, mas encontrava até então uma sólida defesa do Fortaleza, que permitia pouco ao adversário.

Aos 36 minutos, o Tupi abriu o placar. Após ótima jogada pela direita, Edmário ajeitou de cabeça para Fernando e o zagueiro fez 1 a 0, na pequena área tricolor. O jogo se tornava ainda mais dramático e, na sequência, Marcelo Boeck fez duas ótimas intervenções.

Nos minutos finais, já com Leandro Cearense e Jô em campo, o Fortaleza, de forma inteligente, segurou a posse de bola no campo de ataque e só restava algo a se fazer, após oito anos: comemorar o acesso.

Foto: Fábio Lima/ O Povo.

Palmeiras volta à elite do futebol brasileiro



Valdívia foi um dos heróis do acesso do Palmeiras a elite
do futebol brasileiro.
O Palmeiras está, finalmente, de volta à Série A do Campeonato Brasileiro. Foram 342 dias de um novo sofrimento ao torcedor alviverde, desde o famigerado gol do ex-ídolo Vágner Love e a consequente queda, até o empate contra o São Caetano, neste sábado, por 0 a 0.

O fato de o Verdão ter uma traumatizante experiência na segunda divisão, quando a disputou pela primeira vez em 2003, não serviu para diminuir o nervosismo do elenco, do comandante Gilson Kleina, que havia vivido de perto o descenso, mas principalmente de todos os amantes de um dos clubes mais vitoriosos do futebol brasileiro.

É verdade que, apesar de alguns tropeços com más atuações, como as derrotas para América-MG, ABC-RN e Icasa-CE e empates decepcionantes contra América-RN e Ceará, por exemplo, o retorno do Palmeiras ocorreu sem maiores sustos. Desde a 4ª rodada ocupando uma vaga no G-4 da Série B, a equipe demonstrou de forma frequente sua superioridade técnica sobre adversários sem qualidade, campos ruins e arbitragens fracas, que chegaram a gerar revolta dos palmeirenses.

Heróis do acesso

A queda do Palmeiras, em 2012, foi o estopim para a saída de vários jogadores contestados daquele elenco, como João Vitor, Artur e Daniel Carvalho. A ideia era utilizar uma espinha dorsal formada por Henrique, Marcos Assunção, Wesley, Valdivia e Barcos, mas Assunção não entrou em acordo com a nova diretoria para renovar e foi para o Santos, enquanto o atacante argentino, que fora artilheiro da equipe na temporada, acabou se transferindo para o Grêmio, mesmo depois de se comprometer, por meio de um vídeo, a jogar a Série B pelo Verdão.

A confiança e a necessidade de os remanescentes se unirem e jogarem mais ficou ainda maior. O clube trouxe contratações que chegaram com status de titulares, como Fernando Prass, o zagueiro Vilson e os atacantes Leandro e Alan Kardec, enquanto outros atletas vieram para compor elenco, casos de Marcelo Oliveira, Charles, André Luiz e Léo Gago.

De fato, a fórmula deu certo. Mesmo jogadores "operários", como o incansável Márcio Araújo e o atacante Serginho, mantiveram a regularidade e ajudaram o time a conquistar a vaga. Do lado dos mais experientes, o goleiro Fernando Prass fez defesas muito importantes e até defendeu um pênalti, contra o Icasa, no primeiro turno, fazendo a torcida lembrar de São Marcos.

Os maiores destaques não foram surpresa para ninguém. O desempenho pelo Palmeiras, mesmo durante a segunda divisão, fez com que Henrique e Valdivia voltassem a ser convocados para suas seleções. Leandro e Vinicius (este pela sub-20) vestiram pela primeira vez a amarelinha, graças ao Verdão. Wesley, no início do torneio escalado como armador, pediu, foi remanejado para a posição de volante e se tornou outro jogador. Com arrancadas, dribles, assistências e gols, o camisa 11 alviverde foi um dos destaques desta campanha.

A frieza e precisão de Alan Kardec fizeram com que alguns palmeirenses se lembrassem dos tempos mais áureos do time de Evair, ídolo do atual camisa 14 e de muitos outros alviverdes. Ainda sobrou tempo para o Palmeiras "revelar de novo" o lateral-direito Luis Felipe, renascido depois de atuações ruins pelo time em 2010, que assumiu a posição e não saiu mais.

E o que falar do Mago Valdivia? Talvez um dos poucos jogadores do futebol brasileiro que não sentem a chamada "falta de ritmo de jogo", porque, apesar de ter feito outra temporada mais fora do que dentro do campo, quando entrou, foi decisivo. Driblou e irritou adversários, deu passes açucarados para os companheiros e teve lampejos que renovaram mais uma vez a esperança dos fãs da equipe. Em suma, sem nenhum craque, o Palmeiras volta com a força do conjunto, do suor, da raça.

O futuro é agora

Agora, a "cereja do bolo" na campanha palestrina será a busca pelo título da Série B, nos seis jogos restantes. A distância para o segundo colocado, a Chapecoense, agora a única que importa, está em   nove pontos, e o time só precisa manter o ritmo, para garantir mais este troféu, menos vistoso, em sua galeria. O que a torcida realmente deseja, entretanto, é saber como o time retornará ao lugar que é seu de direito.

Em seu último retorno, o time teve campanhas irregulares. Em 2004, 2005 e 2008, o Verdão cravou três quartos lugares no Brasileirão, indo às Copas Libertadores da América subsequentes. No entanto, além perder o título nacional praticamente ganho em 2009 e terminar em quinto, a equipe lutou e escapou de novo rebaixamento em 2006 na última rodada, e só fez figuração em 2010 e 2011, antes da 18ª colocação na edição 2012.

Esse caminho acidentado do Alviverde no Nacional é a senha do que a diretoria encabeçada por Paulo Nobre e José Carlos Brunoro precisa para aproveitar essas últimas seis rodadas e fazer um planejamento mais sólido, que garanta a estabilidade do clube, para trazer de volta o time à briga pelos principais títulos a serem disputados.

Centenário de casa nova

A próxima temporada, caso este planejamento seja bem feito, promete ser uma das mais marcantes da história do Palmeiras, por várias razões, fora a própria presença do clube de novo na Série A.

Na partida redentora diante do Azulão, o torcedor menos atento pode ter ficado confuso com o Verdão jogando de amarelo, fazendo a comentada homenagem à sua representação da seleção brasileira em 1965, mas a camisa tem outro objetivo mais atual. Se tratou do início "oficial" das celebrações do centenário de fundação do então Palestra Itália, que acontece em 26 de agosto de 2014.

O retorno do time ao seu modernizado Jardim Suspenso, agora chamado de Allianz Parque, também gera expectativa no torcedor palmeirense, ligeiramente alheio à discussão interminável entre clube e construtora sobre quem tem direito a quê dentro da casa alviverde. Tudo o que o palestrino quer é voltar a abraçar seu amor maior dentro de seu próprio templo, com previsão de entrega para o primeiro trimestre de 2014, se as brigas políticas não atrapalharem.

Ter ou não ter Gilson Kleina

Que o Palmeiras vai disputar a Série A em 2014, já é uma certeza. A dúvida agora fica por conta de quem vai estar à frente do time nesta nova caminhada que se inicia. Desde a eleição presidencial do clube, ocorrida em janeiro, especula-se que Kleina não é o favorito da cúpula, e desde então ele convive com o "fantasma" de uma demissão que nunca se concretizou.

Nas últimas semanas, quando o acesso do Palmeiras se tornou questão de tempo, surgiram especulações de que a diretoria estaria cogitando contratações para o ano que vem, sem consultar o atual treinador, o que poderia indicar que ele não é cotado para ter sequência no cargo. De sua parte, Kleina sempre manteve uma postura tranquila, reforçando seu desejo de ficar, mas respeitando qualquer decisão do presidente. O nome de Vanderlei Luxemburgo foi ventilado pela imprensa para assumir o time, mas Paulo Nobre negou os rumores.

Com contrato válido até dezembro de 2013, se o treinador, com suas constantes variações entre três volantes e três atacantes e "abandonos" de jogadores como Eguren e Rondinelly, ainda não conseguiu convencer Nobre e Brunoro de que merece ser "o cara" no centenário do Palmeiras, ele só tem 6 jogos para isso. Com as cartas todas na mesa, a bola está com a cúpula alviverde.



Via Yahoo Esporte Interativo