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Estudante da UFCA é agredida por ex-policial ao protestar contra Pec que limita investimentos públicos



O princípio de um ato contra a PECC 55, realizado por acadêmicos na Universidade Federal do Cariri (UFCA), terminou em agressão na noite desta quinta-feira, dia 09. Uma universitária do curso de Jornalismo foi agredida com um chute no rosto por outro estudante, identificado como Marcos Alan, policial militar reformado e acadêmico do 2º semestre do curso de Filosofia da UFCA.

De acordo com os discentes, eles se organizavam para realizar um sarau, no Campus de Juazeiro do Norte, quando Marcos se aproximou e, após uma breve discussão, desferiu o golpe contra a estudante Bárbara Kauany de Castro Cunha. Antes, porém, ainda segundo os acadêmicos, ele teria agredido verbalmente o estudante do curso de Filosofia, Enrique Bruno Lima Martins.

Estávamos todos reunidos para organizar o primeiro ato da ocupação, quando ele já chegou nos ofendendo e dizendo que se alguém o desacatasse, ele iria dar voz de prisão. A moça sentou no chão e disse que ele poderia prendê-la e nada mais”, contou o estudante.

Um dos universitários flagrou, em vídeo, toda a ação. As imagens mostram que após Marcos acertar um chute no rosto da jovem, dois seguranças terceirizados da Universidade o contêm e o retiram do local. Inconformados com a agressão, o grupo de estudantes corre em direção ao agressor, no entanto, são igualmente contidos. A Polícia Militar foi acionada e conduziu Marcos  a Delegacia do Crato, em Juazeiro, sob gritos de “machista”.

A delegada plantonista, Patrícia Sena, realizou a abertura do inquérito e os procedimentos.  Marcos foi liberado em seguida.

Em nota, o Centro Acadêmico Xico Sá repudiou todo e qualquer tipo de agressão, bem como casos de homofobia e machismo e ressaltou que “o caso aconteceu no período normal de aula e que a ocupação ainda não começou”. O vídeo foi postado nas redes sociais e rapidamente foi compartilhado, gerando “revolta e indignação” de muitos internautas.



Também por meio de nota, a UFCA repudiou “qualquer ato de homofobia e/o quaisquer violências contra gêneros e orientações sexuais dentro e fora dos campi desta Universidade”. Afirmou que a Universidade “tomará imediatamente medidas cabíveis para que o estudante agressor responda por seus atos”, e acrescentou que “a UFCA dará todo o apoio necessário aos estudantes agredidos”.

Imagem capturada do vídeo.