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Lingua indígena Nheengatu é reconhecida como cooficial em cidade do Ceará

 

Líder indígena Teka Potyguara. (FOTO/ Reprodução/ Video/ Secult Monsenhor Tabosa).

Por Nicolau Neto, editor

O município de Monsenhor Tabosa, localizado nos sertões do Ceará, a partir do poder legislativo, entrou para a história do estado e do país ao dar um grande passo para o reconhecimento e valorização das histórias e das culturas indígenas. A Câmara aprovou no último dia 22 de abril e por unanimidade um projeto de lei que reconheceu a língua indígena Nheengatu como cooficial.

Duas cidades do Ceará elegem vereadores indígenas


Com cerca de 22 mil membros de 14 etnias segundo último censo, populações indígenas do Ceará ainda enfrentam problemas da sub-representação nos espaços institucionais. No último domingo, no entanto, o grupo deu importante passo rumo aos parlamentos, com a eleição de dois vereadores indígenas no Estado.
Por Carlos Mazza, no Blog O Povo

O advogado Weibe Tabepa é um dos vereadores
indígenas eleitos no Ceará. Foto: Divulgação/AL-CE.
Em Caucaia, foi eleito o advogado e professor Weiber Tapeba (PT), presidente da Associação das Comunidades dos Índios Tapeba. Já Vicentinho Potyguara (PCdoB) foi reeleito como vereador mais votado em Monsenhor Tabosa, no Sertão Central.

O reconhecimento de etnias indígenas no Ceará é fenômeno recente: até o final da década de 1980, o governo federal não admitia a existência de índios no Estado. Apesar de terem tido suas terras demarcadas oficialmente pela Funai em 1993, os Tapebas de Caucaia ainda aguardam remanejamento de populações não indígenas.


Os conflitos ocorrem pois a área é alvo de intensa especulação imobiliária. Em fevereiro deste ano, foi assinado termo de acordo entre União, Estado, Município, lideranças indígenas e proprietários para agilizar demarcação das terras. Segundo último censo do IBGE em 2010, apenas 14% dos índios do Ceará estão locados hoje em terras indígenas.