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MST completa 40 anos e se torna o movimento popular camponês mais longevo da história do Brasil

 

(FOTO | Gilvan Oliveira | MST).

Há exatos 40 anos, na cidade de Cascavel (PR), pouco menos de 100 pessoas participavam do encontro que fundaria o movimento popular camponês mais longevo da história do país e um dos maiores da América Latina. Quadro décadas depois, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está organizado em 24 estados, com 185 cooperativas, 1,9 mil associações, 120 agroindústrias, cerca de 400 mil famílias assentadas e outras 70 mil vivendo em acampamentos.

MST promove jantar em apoio a Silvio Almeida nesta sexta-feira (18)

 

Além do MST, o jantar em homenagem a Silvio Almeida é organizado pelo Prerrogativas, a AJD e a ABJD - Tânia Rêgo/Agência Brasil.


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza um jantar em apoio ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, no Armazém do Campo, na região central de São Paulo, nesta sexta-feira (18). O objetivo é reconhecer a “atuação de Silvio Almeida em defesa do povo brasileiro" e sua luta pela democracia.

O jantar será uma grande homenagem da sociedade civil e dos movimentos populares e das lideranças populares como reconhecimento pelo bom trabalho que o ministro está fazendo. Nossa esperança é muito grande com os projetos que estão por vir. Então será um momento de reconhecer o trabalho realizado e dizer que estamos apostando a nossa esperança no trabalho dele, à frente do Ministério dos Direitos Humanos”, afirma Ney Strozake, advogado do MST e especialista em movimentos populares e reforma agrária, que estará presente no jantar.

É tarefa de todo democrata defender o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

 

A Reforma Agrária segue sendo uma transformação fundamental para a construção de um projeto de desenvolvimento. - Manuela Martinoya - MST.

No dia 17 de maio, foi instaurada na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), a Comissão Parlamentar de Inquérito do MST, com o objetivo de investigar uma suposta escalada de ocupações de terras no Brasil. É a quinta CPI enfrentada pelo MST ao longo de sua história. Expressão da correlação de forças desfavoráveis no Congresso, a presidência da CPI ficou com o Coronel Zucco (Republicanos-RS), investigado por incentivar os atos golpistas do 8 de janeiro; e a relatoria com Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro de Bolsonaro, investigado por um conjunto de crimes ambientais, inclusive, organização criminosa, quando tentava “passar a boiada” à frente do Ministério do Meio Ambiente. 

O que temos visto desde então é um verdadeiro circo de horrores, com a tentativa absurda de associar à luta pela terra no Brasil ao trabalho escravo e ao narcotráfico. Justamente o inverso da realidade brasileira, como demonstram as recentes denúncias de trabalho escravo nas vinícolas em Bento Gonçalves (RS), mas também, como evidenciado pela Agência Pública, em matéria de outubro de 2020, uma investigação da Polícia Federal realizada naquele ano demonstrou que parte dos lucros com o tráfico de cocaína no Brasil são lavados no agronegócio, através da aquisição de fazendas nas regiões de fronteira e no financiamento de campanhas.

Na verdade, o objetivo da CPI do MST é atacar o governo Lula e criminalizar a luta popular no Brasil, buscando desviar o foco da CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro. Vale lembrar que a democracia e os direitos sociais no Brasil são conquistas da classe trabalhadora. Se dependesse de grandes proprietários de terra no país, ainda viveríamos em uma sociedade escravista. Aliás, a própria Abolição, longe de ser uma benevolência da princesa, foi produto da luta da população escravizada e do movimento abolicionista, que defendia que o fim da escravatura no país fosse acompanhado justamente da democratização da propriedade de terra, da Reforma Agrária!

Neste sentido, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra é continuidade da luta abolicionista no Brasil, mas também das lutas camponesas ocorridas com o advento da República, tais como Canudos, Contestado, Caldeirão, das Ligas Camponesas no Nordeste, do MASTER, no Rio Grande do Sul, etc. Enquanto não for democratizado a propriedade da terra no país, surgirão movimentos como o MST que lutarão pelo acesso à terra.

Portanto, como nos dizia o saudoso Florestan Fernandes, o que a CPI evidencia é justamente o caráter autocrático das classes dominantes no país, que são incapazes de relacionar desenvolvimento econômico, democracia e soberania e que, por conseguinte, tem um verdadeiro pavor quando os trabalhadores se organizam e lutam por seus direitos. Tratam a questão social no Brasil como questão de polícia.

Por isso, é fundamental que todos os democratas defendam o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra de mais uma tentativa de criminalização. A Reforma Agrária segue sendo uma transformação fundamental para a construção de um projeto de desenvolvimento, que produza alimentos saudáveis, que desenvolva o mercado interno, que estimule a industrialização, mas, que sobretudo, recupere a dignidade do povo brasileiro e acabe de uma vez por todas com a fome em nosso país.

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Com informações do Brasil de Fato-CE

MST entrega produtos da reforma agrária a apresentadores do ‘Jornal Nacional’

 

Produtos da reforma agrária são cultivados em acampamentos e assentamentos e beneficiados em cooperativas e agroindústrias do MST espalhadas pelo país. (FOTO/ Divulgação).

Uma comitiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai até a sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (26), para entregar uma cesta de produtos da reforma agrária aos apresentadores do Jornal Nacional Renata Vasconcellos e William Bonner. A ação ocorre após o MST ser citado durante a entrevista de ontem (25) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso porque Renata questionou se a resistência de setores do agronegócio a Lula seria em função da relação do PT com os sem-terra. O ex-presidente rebateu.

O MST está fazendo uma coisa extraordinária: está cuidando de produzir”, respondeu Lula. “Não sei se você sabe, o MST, hoje, tem várias cooperativas e o MST é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. Você tem que visitar uma cooperativa do MST, Renata. Você vai ver que aquele MST de 30 anos atrás não existe mais”, acrescentou.

Do mesmo modo, Marina dos Santos, a Marina do MST, que lidera a comitiva do movimento que vai até a emissora carioca, comentou o episódio. “Temos que desmistificar as informações que chegam à sociedade brasileira sobre o MST. E acreditamos no papel central que cumpre, para isso, uma imprensa livre e comprometida com o desenvolvimento social.”

As cestas que os apresentadores do Jornal Nacional vão receber contêm o arroz orgânico Terra Livre, o suco Monte Vêneto, o café Guaií, um boné do MST, melado da cooperativa Copavi, açúcar mascavo e uma geleia. Todos os produtos são comercializados no Armazém do Campo, rede de lojas do MST presente em 14 estados e no Distrito Federal.

O MST, que tem mais de 38 anos de história, organiza mais de 450 mil famílias assentadas e 90 mil acampadas. Além disso, conta com 160 cooperativas e 140 agroindústrias espalhadas pelo país.

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Com informações da RBA.

Livro conta como as bandeiras dos movimentos sem-terra e LBGT se uniram

 

Capa do livro lançado neste mês: histórias de militantes sem-terra contadas por eles mesmos. (FOTO/ Reprodução).

No mês em que se celebra o Dia Internacional da Luta contra a LGBTfobia (hoje, 17), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está lançando o livro LGBT Sem Terra rompendo cercas e tecendo à liberdade, em que integrantes do MST contam suas histórias. O trabalho, publicado pela editora Expressão Popular, foi feito pelo Coletivo LGBT Sem Terra. Para o mês que vem, está previsto um ato virtual de lançamento.

Stedile: 2021 vai ser o ano da vacina, da luta social e de mudanças na América Latina

 

(FOTO/ José Eduardo Bernardes).

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aposta em mudanças na correlação de forças do continente americano em 2021. "Já começaram a soprar os ventos favoráveis dos Andes", disse o economista de formação em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.