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O sentido e a simbologia da Independência do Brasil

(FOTO/ Jean Baptiste Debret/ Reprodução).


Neste domingo, 7 de setembro, o país completará 198 anos da "separação de Portugal", que para muitos é vista como "independência". É preciso discutir esse sentido de "independência”.

Constrangido, Michel temer vai ao desfile sem faixa e em carro fechado


Michel Temer assistiu ao desfile da Independência em Brasília na companhia da Mulher Marcela Temer e do filho Michelzinho. Acuado pela perspectiva de que uma nova denúncia contra ele por obstrução da Justiça e organização criminosa seja apresentada pela Procuradoria Geral da República, Temer chegou ao evento em um carro fechado e sem a faixa presidencial, ao contrário de seus antecessores. Normalmente, os presidentes costumam participar do desfile da Independência a bordo de um Rolls Royce conversível da Presidência, de 1953.

Do 247 - No ano passado, ainda na primeira semana como chefe do Executivo, Temer foi vaiado e chamado de "golpista". O desfile acontece no mesmo dia em que que executivos e diretores da JBS devem depor para prestar esclarecimentos da gravação que ameaça a delação premiada que serviu de base da primeira denúncia contra o peemedebista e que acabou sendo arquivada pela Câmara.

Segundo a Presidência, a expectativa era que até 30 mil pessoas assistissem o desfile, porém muitas arquibancadas não foram ocupadas. A segurança barrou pessoas que portavam faixas, cartazes e bandeiras de grande porte ou com mastros. O mesmo procedimento de segurança foi adotado no desfile do ano passado.

Foto: Reprodução/ 247.



O povo nem se deu conta da independência


Há tempo, meus botões, iconoclastas à beira do sacrilégio, sustentam que nem tudo nos cardápios da Marquesa de Santos ostentava perfeitas condições de consumo. Eventuais indagações a respeito parecem despidas de sentido. Ocorre, entretanto, que um mexilhão estragado, digamos, poderia ter exercido notável influência sobre o Grito.

Por MinoCarta, no CartaCapital - Sabe-se que Dom Pedro vinha de Santos depois de almoçar com a amante e, ao subir a serra no caminho de São Paulo, deu para experimentar os dissabores da digestão penosa, com consequências abaixo do umbigo.

Nas alturas do Ipiranga, próximas da cidade, um renque de bananeiras cuidou de lhe oferecer abrigo para o cumprimento da operação inevitável, embora nem sempre definitiva, em tais ocasiões. E das sombras o príncipe finalmente emergiu para proclamar a Independência.

Em paz com as entranhas, ou ainda a sofrer do aperto inconcluso? Gritou, segundo as páginas amarelecidas, “Independência ou morte!” A ser verdade factual a frase que a história coloca na boca do príncipe, ela ganha o som da irritação.

Por que propor uma alternativa tão drástica? A palavra morte ali não se justifica, mesmo se em jogo estava uma imponente briga familiar que o opunha ao pai Dom João VI. Sobra a hipótese de que a parada forçada debaixo das bananeiras tivesse sido insatisfatória.

Como se sabe, a retórica oficial no Brasil se esbalda. Claro está que nosso herói não montava o cavalo de Napoleão, como pretende o pintor francês François-René Moreaux ao retratá-lo na chegada a São Paulo. Na opinião dos meus botões, tratava-se de um muar. Na tela, o povo festeja o gesto do seu príncipe, a mostrar consciência de um triunfo há tempo almejado. No meio da festa, enxergo, oh! surpresa, um rosto talvez mulato.

No caso, a verdade factual obviamente é outra. Metade da população era de escravos, e quem não era só com o passar dos meses foi obrigado a dar-se conta da mudança, pela qual, teoricamente, o Brasil deixava de ser colônia. Não demoraria muito para tornar-se súdito do império britânico em lugar do português. Demoraria a Abolição, de fato ainda não extinta até hoje no país da casa-grande e da senzala.

Nesta moldura, figuras como Joaquim Nabuco, Machado de Assis, o Barão de Mauá e Castro Alves são empolgantes exceções. A Editora Hedra tomou a feliz iniciativa de publicar um precioso livrinho, intitulado Alencar – Cartas a Favor da Escravidão.

O autor de Iracema, a virgem índia dos lábios de mel, gostava dos românticos franceses, logorreicos e empolados, e era dado ao culto de uma Idade Média habitada por fadas e ogros. Verificamos agora que José de Alencar pode ser incluído entre os pais fundadores da República do Estado de Exceção, juntamente, entre outros, com os inquisidores do auto de fé em andamento.

Segundo Alencar, radioso seria o futuro dos Estados Unidos e Brasil escravocratas exatamente em função da presença no trabalho deste braço forte e cativo. A tese hiperbólica do escritor, fervoroso leitor de Atala, de Chateaubriand, fábula inspiradora de Iracema, é simples, conforme resume o autor do prefácio do livro da Hedra, Tâmis Parron: “Ao contrário da Antiguidade, os povos bárbaros não mais conquistam os instruídos”.

Resultado: agora, ou seja, segunda metade do século XIX, a civilização captura incultos e os põe a trabalhar com o efeito de “moralizá-los” no mais longo prazo possível. O escravo deveria elevar preces de agradecimento aos seus deuses e é certo que três séculos e meio de escravidão não bastam, longe disso, para o bom êxito da operação de “moralização”.

Alencar não conseguia imaginar o Brasil desgovernado por uma malta de desinstruídos predadores, com raras exceções, Getúlio e Lula, mais, um tanto de raspão, JK.

Alcançaram a grandeza os EUA, poderoso “irmão do Norte”, como outrora se lia nos editoriais do Estadão, pela interferência de novas forças civilizadoras, chegadas em sólidos barcos de passageiros, embora as feiticeiras de Salem retornem, imunes à fogueira, com novos nomes e semblantes.

Enquanto por aqui a casa-grande e a senzala continuam de pé. De fato, os predadores nunca se expuseram de forma tão prepotente em todos os meus 71 anos de Brasil.

O impeachment de Dilma Rousseff, com panelaços e idiotas nas ruas de uniforme canarinho, é o início da debacle conclusiva, a levar ao Estado de Exceção, ou seja, ao atoleiro em que afundamos, como diz Marcos Coimbra na sua coluna desta semana.

Não se trata de defender o governo da presidenta, que, aliás, mereceu críticas muito severas de CartaCapital, ou o PT, que no poder se portou como os demais clubes recreativos a ornar a política nativa, e não foi capaz de enfrentar a manobra golpista.

A cultura da escravidão ensina que o bom combate acontece na proporção de 50 contra 1. É a história da guerrilha do Araguaia, empolgante pela coragem dos 80  moços que enfrentaram 10 mil soldados, mas, ao mesmo tempo, patética.

Os bravos são raros, em geral não somos de briga, a não ser que o adversário esteja em grande minoria ou careça dos meios para se defender. Mestre no assunto, o Duque de Caxias, exuberante figura da nossa interminável galeria de falsos heróis.

De exceção em exceção, as máfias no poder fazem o que bem entendem, em um país que não se fez nação. As ofensas à lei e à razão multiplicam-se ao sabor dos interesses imediatos das quadrilhas, para nos transformar em um Estado medieval e insignificante, colônia exportadora de commodities e de terra vendida, na superfície e no subsolo, a preço de liquidação.

A saída correta teria sido a convocação de eleições antecipadas. Mas como chegar a tanto se os poderes da República obedecem aos capi? Outra saída estaria na revolta popular, forte o bastante para tomar a casa-grande, mas cadê os sans-culottes? CartaCapital reconhece em Lula o único autêntico líder nacional. Mas, se o PT não existe sem seu fundador, o contrário é perfeitamente possível. Lula tem o povo e o PT é dispensável.

Se Lula for preso, conforme prevê a principal exceção deflagrada pelo golpe, a eleição de 2018, desde que se realize, não deixará de ser uma farsa trágica. Recomenda-se preparar os corações para dias ainda mais sombrios. Na próxima semana celebra-se o Dia da Independência 195 anos depois, o dia do tão falado grito que Dom Pedro liberou ao sair detrás das bananeiras. Já então era falácia.

O êxito golpista nos devolve imperiosamente aos tempos da colônia e a verdadeira festa é a da dependência. Só cabe lamentar, diante de uma situação que não vislumbra qualquer gênero eficaz de resistência.

Lamentamos também que alguns personagens dotados de respeitável inteligência, felizmente poucos, se façam de cegos, quando não apoiam o descalabro. É algo que me agasta e amargura entre o fígado e a alma.

A contribuição de Francois-René Moreaux à iconografia oficial: depois do Grito, o principe é recebido em São Paulo. Verdade histórica: o povo nem se deu conta da independência. Foto:  Francois-René Moreaux.

Revisando a História do 07 de setembro: “Datas são pontas de iceberg”


D. Pedro, detalhe do quadro "O grito do
Ipiranga", de Pedro Américo, em 1888.
A data oficial da independência do Brasil, o Sete de Setembro, está associada à proclamação feita pelo príncipe D. Pedro, em 1822, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo. Mas somente décadas depois a data começou a ganhar importância no calendário de comemorações oficiais do Império. Antes disso, outras datas foram pensadas para comemorar a independência do Brasil: a convocação da Assembleia Constituinte, a coroação ou mesmo o aniversário do imperador.

No final do século XIX, os paulistas trataram de marcar o feito ocorrido em seu território: entre 1885 e 1890, construíram o majestoso “Museu do Ipiranga” (Museu Paulista), no suposto local do famoso “grito”. Em 1888, Pedro Américo concluiu a emblemática pintura O grito do Ipiranga (popularmente conhecida como Independência ou morte) para decorar o museu ainda em obras.

Com a República, o Sete de Setembro tornou-se data nacional, virou feriado e foi festejado com desfiles militares, discursos de autoridades e outras manifestações.

Revisão da História

A historiografia atual tem revisto a construção do Sete de Setembro como data nacional da emancipação do Brasil. O episódio do Ipiranga, com exceção das províncias de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, não teve repercussão no resto do país no momento em que ocorreu.

Sequer havia consenso entre os diferentes segmentos da sociedade em apoiar a separação do país de sua metrópole. Além disso, as enormes distâncias dificultavam a comunicação de muitas províncias com a capital. O Piauí, o Maranhão e o Pará tinham pouca (ou nenhuma) comunicação com o Rio de Janeiro e obedeciam a Portugal.  Após o Sete de Setembro, quase metade do país estava mergulhada em conflitos armados que ameaçavam retomar o domínio português.

Câmara Municipal de Cahoeira, Bahia.
Cachoeira, a cidade pioneira da independência

Em 25 de junho de 1822, a Câmara Municipal de Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano, a 120 km de Salvador, proclamou seu rompimento com Portugal, apoiada pela população e pelas tropas locais. Sofreram, por isso, a intervenção militar da Coroa portuguesa.

No mesmo mês, um navio militar comandado pelo almirante português Madeira de Melo, chegou à Cachoeira pelo rio Paraguaçu decidido a submeter o povo às ordens de Portugal. A população reagiu e o confronto resultou em bombardeamento e tiroteio até a captura e prisão dos militares portugueses.

O Dois de Julho

O sucesso dos “brasileiros” de Cachoeira contagiou outras vilas do Recôncavo que aderiram à resistência e a rebelião se propagou. O movimento ganhou força e a guerra pela independência se alastrou por um ano. Nas lutas destacou-se Maria Quitéria de Jesus Medeiros que, vestida de homem (era chamada de “soldado Medeiros”), integrou o batalhão “Voluntários do Príncipe D. Pedro” e acabou sendo condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. Outra participação feminina na guerra da Bahia foi a da negra Maria Felipa de Oliveira, natural da ilha de Itaparica; ela liderou um grupo de mulheres que ateou fogo em 42 embarcações portuguesas.

Festa do 2 de julho, Independência da Bahia.
Finalmente, em 2 de julho de 1823, Madeira de Melo e seus homens foram expulsos da Bahia. A notícia da vitória da Bahia chegou ao Rio de Janeiro quatorze dias depois, trazida pela sumaca São José Triunfante.

O Dois de Julho é festejado até hoje como a data da independência da Bahia e, em junho de 2013, foi oficializado como data histórica nacional. Nas comemorações, desfilam os tradicionais carros da Cabocla e do Caboclo que representam a participação indígena na guerra. Na cidade de Caetité, que festeja a data com grande pompa, a figura de uma cabocla surge num dos carros, matando o “Dragão da Tirania", que representa o colonizador português vencido.

Em reconhecimento histórico pelos feitos de Cachoeira em prol do país, a cidade ganhou o título de “Heroica” e, todos os anos, no dia 25 de junho, a capital do estado é transferida para esta cidade. Aliás, a Cachoeira já foi capital da Bahia por ocasião da revolta da Sabinada, em 1835, quando o governo deposto de Salvador refugiou-se naquela cidade.

A guerra no Piauí, Maranhão e Ceará

Em outubro de 1822, na cidade de Parnaíba, no norte do Piauí, o povo se levantou para aclamar D. Pedro I como imperador do Brasil. Imediatamente, de Oeiras, capital da província, partiu a tropa portuguesa comandada pelo major João da Cunha Fidié para sufocar a rebelião. Enquanto Fidié lutava no norte, a população de Oeiras também se sublevou.

Ao mesmo tempo, “brasileiros” do Maranhão e no Ceará aderiram à independência. No Ceará, o líder sertanejo José Pereira Figueiras, comandando o povo, tomou Fortaleza de assalto, depondo o governo português e formando um novo governo fiel à emancipação.

Em São Luís, no Maranhão, onde o governo aliado a Portugal ainda tentava resistir, a independência foi aclamada pelo povo com a chegada da esquadra sob o comando do almirante Cochrane (28 de julho de 1823).

Batalha do Jenipapo, de Francisco Paz, 2003. Museu de
Campo Maior, Piaui.
A batalha do Jenipapo

No Piauí, a luta continuava e chegaram reforços de voluntários vindos do Ceará, do Maranhão e da Bahia que tomaram a cidade de Campo Maior. Nas vizinhanças dessa localidade, travou-se a Batalha do Jenipapo (13 de março de 1823) entre as tropas brasileiras e os soldados de Fidié.

A luta envolveu mais de 2 mil populares, entre vaqueiros, artesãos, roceiros, pequenos proprietários e até mesmo escravos. Ao final, com centenas de mortos, os sertanejos conseguiram expulsar o governador que refugiou-se no Maranhão, onde foi preso e mandado de volta para Portugal (31 de julho de 1823).

Documentário sobre a Batalha do Jenipapo, programa “De lá pra cá” da TV Brasil

                       

A tragédia do brigue Palhaço, no Pará

O governo da província do Pará mantinha-se fiel a Portugal quando, em abril de 1823, o povo se sublevou. Mas, esse primeiro levante foi rapidamente esmagado pelas tropas portuguesas. Em agosto, a população voltou a se revoltar quando chegou reforços militares enviados pelo Rio de Janeiro sob o comando do primeiro-tenente inglês John Pascoe Grenfell.

Brigue Palhaço, tela de Romeu Mariz Filho.
Animada com a perspectiva desse apoio, a população invadiu o palácio do governador, derrubou o governo e exigiu a entrega do poder aos líderes populares. Mas não estava nos planos das autoridades, nomeadas diretamente pelo governo central, que os chefes populares governassem o Pará. Sob as ordens de Grenfell, a repressão foi violenta: cinco líderes paraenses foram fuzilados e 256 foram lançados ao porão do brigue Palhaço, em Belém, e cobertos com cal.

Dois dias depois, aberto o porão, foram retirados os cadáveres dos paraenses sacrificados em sua luta pela liberdade e independência. Em outubro de 1823, em Cametá houve uma rebelião contra o morticínio no brigue Palhaço, bem como nas vilas de Baião, Oeiras, Portel, Melgaço, Moju, Igarapé-Miri, Marajó, Abaeté, Muaná, entre outras.

A Guerra da Cisplatina

Na província da Cisplatina, a situação era bem confusa em 1822. O governo provincial estava dividido entre os favoráveis a Portugal, os partidários da independência do Brasil e os que desejavam a própria independência da província.

Em agosto de 1823, Montevidéu foi submetida a um bloqueio por cinco navios enviados pelo governo do Rio de Janeiro. Em novembro, os portugueses se renderam e se retiraram definitivamente da província Cisplatina. A vitória, contudo, não significou a incorporação tranquila da província ao império brasileiro e logo eclodiu a guerra pela independência do país.

Concluindo

A independência do Brasil foi feita de várias datas, anteriores ao Sete de Setembro de 1822 e que vão muito além dele. Não foi um movimento pacífico e ordeiro, como ainda afirmam alguns. Ao contrário, foi marcado por conflitos sangrentos entre brasileiros e portugueses.

Tampouco a separação se firmou rapidamente. Na verdade, o Primeiro Reinado (1822-1831) foi um período turbulento em que D. Pedro I de herói popular foi, nove anos  depois, obrigado a abandonar o trono. Para alguns historiadores, a independência só se consolidou após a abdicação.

Como lembra Alfredo Bosi, em O tempo e os tempos, “datas são pontas de iceberg”. Em cada data que marca um acontecimento, existem outros acontecimentos submersos.


No 7 de setembro o tom será dado pelo Grito dos Excluídos



Os movimentos populares realizam nesta segunda-feira (7) o Grito dos Excluídos para cobrar a realização de reformas de base pelo governo e o Congresso brasileiro e posicionar-se contra a agenda conservadora manifestada em protestos pelo impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff.

Cartaz de edição deste ano: auditoria da dívida pública, e reformas política, tributária e das comunicações.

Também será alvo da manifestação a Agenda Brasil, de caráter conservador, proposta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL). Entre as principais reivindicações da manifestação estão a auditoria da dívida pública, bem como as reformas políticas, tributária e das comunicações.

Na capital paulista, serão feitas duas atividades. Uma na Praça da Sé, que começa às 8h, com uma missa na Catedral. Outra manifestação, organizada por movimentos sociais, terá concentração na Praça Osvaldo Cruz, na avenida Paulista, às 8h30. Também haverá a 28ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras para a catedral de Aparecida, no norte do estado paulista.

A concentração na avenida Paulista será liderada pela Central de Movimentos Populares (CMP), com a presença de diversos movimentos populares, sociais e sindicais. Os participantes seguem pela avenida Paulista, descem a Brigadeiro Luiz Antônio e encerram as manifestações no Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque Ibirapuera.

Para os organizadores do Grito, houve muitos avanços sociais na última década, mas também setores em que os avanços foram mínimos e sobre os quais é preciso pressionar o poder público para evitar retrocessos. O lema deste ano será “Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome”. Dentre os objetivos estão o combate à violência, garantia dos direitos básicos e a construção de espaços políticos participativos.

Sete de Setembro: Altaneira nas manifestações cívicas




Altaneira nas manifestações cívicas alusivas ao sete de
setembro, independência política do Brasil.
Foto: Ítalo Duarte
A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade do Brasil, durante o processo da Inconfidência Mineira.

No entanto, ao contrário dos que muitos afirmam, esse fato não significou a independência Econômica do território nacional, haja vista que saímos das amarras lusitanas e caímos sob a tutela da Inglaterra e, posteriormente dos Estados Unidos.

Com a independência política em 1822, as classes sociais menos favorecidas continuaram excluídas. Sem participação nas decisões políticas e sem ter acessos as riquezas oriundas do seu próprio trabalho. O povo mais pobre sequer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

Alunos, professores (as)  e  outros servidores em desfile cívico
na  Rua Dep. Furtado Leite
Dentro deste cenário, Estados e os Municípios continuam praticando os atos que revigoram a memória desse processo, como por exemplo, o hasteamento das Bandeiras em pontos estratégicos (Prefeitura, Câmara e Instituições Escolares) e as instituições de ensino, inclusive, na sua grande maioria, ainda continuam trabalhando essa temática sem nenhum rigor crítico. Fortalece a identidade nacional dos estudantes, mas o senso crítico destes com relação ao processo que ensejou o momento e as mudanças e permanências desse cenário está debilitada, outros sequer entende o que foi o sete de setembro.

Abertura do VIII Campeonato de Futsal Infanto Juvenil
no Ginásio Poliesportivo
Enquanto nas várias capitais do Brasil se verificou grandes movimentações e protestos contra a corrupção que vem assolando o país recentemente, inclusive com várias demissões, em Altaneira, na Região do Cariri, as comemorações não se diferenciaram das dos últimos anos, a saber, com a caminhada de Representantes Políticos e Servidores parando nos locais estratégicos e hasteando as Bandeiras do Brasil, Ceará e do Município.

Fizeram parte ainda deste momento a abertura do VIII Campeonato Municipal de Futsal Infanto juvenil, divididos nas categorias sub 10 e sub 16, organizados pela Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo.