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‘PL antiterrorismo’ sofre derrota na Câmara. ‘Ditadura nunca mais’

 

Deputados em sessão do Plenário. (FOTO/ Paulo Sérgio/ Câmara dos Deputados).

O Projeto de Lei (PL) 1595/19, conhecido como “PL antiterrorismo” sofreu uma primeira e importante derrota na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (8). O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-PI), em articulação com a base do governo Bolsonaro, pautou a votação do regime de urgência para a proposta, mas não houve apoio suficiente para aprovar tramitação acelerada. Para tanto, seriam necessários, 257 votos favoráveis. Entretanto, o requerimento obteve apenas 228 votos a favor, e outros 199 deputados votaram contra. A oposição comemorou o resultado.

De autoria do deputado Vitor Hugo (PSL-GO), a proposta tem como justificativa regulamentar as ações estatais para prevenir e reprimir atos terroristas no Brasil. Mas, na prática, cria uma série de mecanismos para reprimir movimentos sociais e populares, bem como para perseguir opositores do governo.

Ditadura nunca mais”, gritaram deputados da oposição, ao saberem do resultado que derrubou o pedido de urgência. Dentre outros dispositivos, o projeto prevê a criação do Sistema Nacional Contraterrorista (SNC) e a Política Nacional Contraterrorista (PNC), que ficariam a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência.

Além disso, também estariam previstas ações de segurança e de inteligência para ações preventivas e repressivas, “sigilosas ou ostensivas”, para desarticular ou enfrentar grupos terroristas. Inclusive com a utilização de interceptação de telefonemas e operações de infiltração.

Polícia Política

Para o deputado Leo de Brito (PT-AC), a proposta pretendia criar uma “SS Bolsonarista”, fazendo alusão à polícia política da Alemanha nazista. Ele comemorou a derrubada do pedido de urgência como “mais uma vitória contra a escalada autoritária”. Da mesma maneira, o deputado Henrique Fontanna (PT-RS) afirmou que a real motivação da proposta é “criminalizar movimentos reivindicatórios e criar no Brasil um ambiente para um regime de exceção”.

Ainda em plenário, a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), também destacou que a intensão do “PL antiterrorismo” é “criar um Estado de exceção permanente, um sistema de polícia paralelo ao que já existe, para ser um espaço de perseguição a opositores do governo.”

Até mesmo parlamentares mais conservadores, como Arthur Maia (DEM-BA) e Marcelo Ramos (PL-AM), criticaram a proposta. O primeiro classificou o “PL antiterrorismo” como “esdrúxulo” e que “atenta contra a democracia”. Já o segundo afirmou que a proposta cria tipos penais “absolutamente abertos”. “É um equívoco conceitual, porque terrorismo tem que ter tipos claros”, disse Ramos.

O povo está morrendo é de fome e não de ações terroristas. A livre atuação dos movimentos sociais e populares é indispensável para manutenção do regime democrático e a conquista de melhores condições de vida”, afirmou o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim à Revista Fórum.

Outro que comemorou a derrubada do pedido de urgência foi o diretor presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Renato Sérgio de Lima. De acordo com o sociólogo, trata-se de uma “grande vitória” contra uma projeto “tosco e cheio de armadilhas autoritárias e teorias da conspiração”.

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Com informações da Agência Câmara Notícias e RBA.


Guilherme Boulos convoca para ato "Ditadura Nunca Mais"


Ato em São Paulo será na quarta 10, a partir das 18h, no Masp. (Foto: Reprodução/Facebook).


Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Presidência no primeiro turno, divulgou em seu Twitter nesta segunda-feira 8 a realização do ato #Ditadura Nunca Mais, organizado pela frente Povo Sem Medoe liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.

O protesto contra Jair Bolsonaro, presidenciável que costuma defender a ditadura civil-militar e as torturas praticadas por agentes como Carlos Brilhante Ustra, será na quarta-feira 10, às 18 horas, no Masp, na avenida Paulista.

"Não dá pra gente fingir que está tudo bem. É uma campanha marcada pelo ódio. Faz 30 anos que esse país saiu da ditadura", lamentou o candidato do PSOL. "Tem mãe que não conseguiu enterrar seu filho até hoje. Outro dia meu sogro me contava das torturas que ele sofreu na ditadura. Se estamos aqui hoje discutindo o futuro do brasil, é que teve gente que deu a vida por isso. Eu não quero que as minhas filhas cresçam numa ditadura. Ditadura Nunca Mais".

Diante da divisão de votos do campo progressista em Fernando Haddad, do PT, e Ciro Gomes, do PDT, Boulos teve uma votação tímida: recebeu 617 mil votos, o equivalente a 0,58% do eleitorado. (Com informações de CartaCapital).