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1º de Maio: Enquanto sindicatos pedem vacina, bolsonaristas pregam intervenção

 

Ato itinerante no Rio de Janeiro. (FOTO/ SINTUFRJ e  ADUFRJ).

Em razão do 1º de Maio, dia do trabalhador, sindicatos e centrais fizeram atos pontuais neste sábado (1º) em algumas capitais brasileiras pedindo o retorno do auxílio emergencial de R$ 600, a vacinação em massa e #ForaBolsonaro, além de promoveram uma superlive com diversas lideranças sociais e políticas e artistas. Por outro lado, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se mobilizaram em protestos em defesa do mandatário, pedido uma intervenção militar e fazendo ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Trabalhadores negros (as) ocupam o topo das estatísticas de desemprego no país

 

(FOTO/ Agência Brasil).

As vulnerabilidades socioeconômicas foram agravadas pela chegada da pandemia pela COVID-19 no país. A falta de políticas públicas destinadas às classes que mais sofrem geram ainda mais dificuldade no acesso à direitos básicos. É o caso da assistente de compras e produtora cultural Ane Dilei, 26, que foi despedida em dezembro de uma empresa de delivery do Rio de Janeiro e veio tentar novas oportunidades no Recife, em fevereiro. “Vim em busca do que não encontrava onde morava. Além de preta e periférica, estava  na pandemia, desempregada e com baixo nível de oportunidades. Um cenário que me bota em um lugar de desvalorização enquanto mulher negra trabalhadora”, desabafa.

Como surgiu o feriado do dia 1º de Maio – Dia do Trabalhador



Do EBC

As marcantes histórias de luta dos trabalhadores lembradas a cada primeiro de maio mexem com os outros 364 dias do ano. Muito mais do que um feriado, a data tem por objetivo chamar os povos para uma profunda reflexão sobre direitos adquiridos, senso de cidadania e união popular.

Pelo mundo, a ideia de que o trabalhador deveria ser um instrumento para o lucro dos patrões foi sendo questionada e as leis passaram a garantir, nas democracias, um novo papel para o cidadão. Pelos ideais solidificados principalmente a partir do final do século 19, o trabalhador deveria ser o sujeito da história, o transformador social. Primeiro de maio se tornou, assim, mais do que história, mas um presente em constante transformação.

Os ventos desta mudança têm raízes na Europa e também na América. Em 1886, trabalhadores americanos fizeram uma grande paralisação naquele dia para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar por protesto. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris (França) decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes. Em 1891, franceses consagraram a data de luta por jornadas até oito horas diárias. O século 20 acordou para o fato de que trabalhar mais do que essas oito horas seria considerado inconcebível. Os regimes escravocratas foram repudiados. Trabalho não deveria ser mais sinônimo de exploração.

Os trabalhadores compreenderam, em diversas manifestações, que o direito coletivo pode sensibilizar os legisladores, patrões e governos. A sindicalização e o direito à greve são marcos desses últimos 200 anos, lembrados em diversas ocasiões, e que deram às populações noções mais exatas de que o poder emana do povo.

O primeiro dia do mês de maio é considerado feriado em alguns dos países do mundo. Além do Brasil, Portugal, Rússia, Espanha, França, Japão e cerca de oitenta países consideram o Dia Internacional do Trabalhador um dia de folga.

Gradativamente, outros países foram aderindo ao feriado. No Brasil, o feriado começou por conta da influência de imigrantes europeus, que a partir de 1917 resolveram parar o trabalho para reivindicar direitos. Em 1924, o então presidente Artur Bernardes decretou feriado oficial.

Além de ser um dia de descanso, o 1º de maio é uma data com ações voltadas para os trabalhadores. Não por acaso, a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) no Brasil foi anunciada no dia 1º de maio de 1943. Por muito tempo, o reajuste anual do salário mínimo também acontecia no Dia do Trabalhador.

Mais do que um feriado, a data precisa ser refletida sobre os direitos adquiridos, senso de cidadania e união popular.

Em discurso, Lula denomina Època e Veja de “lixo” e diz que vai percorrer o pais



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o ato político do 1º de Maio, realizado no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, pela CUT, CTB, Intersindical e movimentos populares, dizendo que está "pronto para a briga", em referência a notícias que o envolvem com tráfico de influência. Ele disse considerar "inexplicável", o que chama de receio da elite de uma possível candidatura sua à Presidência da República em 2018. Inexplicável porque, segundo Lula, nunca ganharam tanto como em seu governo, assim como os trabalhadores também tiveram sucessivos aumentos acima da inflação. Depois de criticar as revistas Época e Veja, chamando-as de "lixo", Lula afirmou que não abaixaria "a crista" para insinuações e reagiu, dizendo que vai percorrer o país, e também defendeu a presidenta Dilma Rousseff.

Lula falou a milhares de trabalhadores, durante ato unificado
de centrais e movimentos, em São Paulo.
"Estou quieto no meu canto. Mas não me chame para a briga, que eu sou bom de briga e volto para a briga. Não tenho intenção de ser candidato a nada, mas tenho vontade de brigar. Aos meus detratores, agora vou começar a anda pelo país novamente. Vou conversar com os trabalhadores, os desempregados, os camponeses, os empresários. Vou começar a desafiar aqueles que não se confirmam com o resultado da democracia", disse Lula.  Segundo os organizadores, o ato chegou a reunir 50 mil pessoas no Anhangabaú.

Ao chamar as publicações de "lixo", o ex-presidente disse ainda que há uma intenção não declarada de "pegar o Lula" com as investigações da Operação Lava Jato. "Não tem um cara da elite brasileira que não tenha recebido favor do Estado brasileiro e tenha sido salvo pelo Estado brasileiro. Cada um olhe o seu rabo antes de olhar para o rabo dos outros", afirmou, dizendo que não ia "baixar o rabo e a crista" diante de insinuações. "Sei que vou ser criticado por ser agressivo, mas pegue todos os jornalistas da Veja e da Época, enfie um dentro do outro que não 10% da minha honestidade."

Sobre as tentativas da oposição de pedir impeachment de Dilma Rousseff, Lula disse que é um ato não apenas contra ela, mas contra milhões de trabalhadores, e ratificou sua confiança no governo. Segundo ele, é preciso ajudá-la em um momento difícil. "Daqui a quatro anos, a gente vai estar comemorando o êxito do mandato da presidenta Dilma, que vai ser extraordinário."

Lula voltou a criticar o Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização, e atacou a tentativa de redução da maioridade penal. "Esse projeto está no Congresso há 11 anos. O que é interessante é que nestes 11 anos ele não tinha andado e agora foi aprovada quase em tempo recorde." E citou dados de estudo do Dieese, encomendado pela CUT, que mostram o terceirizado com maior jornada, menor remuneração e mais exposição a acidentes de trabalho.

Sobre a maioridade, ele diz que "uma parte da elite acha que vai resolver os problemas do país mandando para a cadeia moleques de 15, 16 anos". Para Lula, quem comete crime é o Estado, ao negar oportunidades aos jovens. "Nós estaremos cometendo um crime contra o futuro deste país", disse o ex-presidente, comentando uma possível aprovação da proposta de redução da maioridade.

Antes de Lula, discursaram no Anhangabaú os presidentes estaduais do PT e do PCdoB em São Paulo, Emídio de Souza e Orlando Silva, também deputado federal, e o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta. Pelas centrais, os presidentes da CUT, Vagner Freitas, e da CTB, Adilson Araújo, além do secretário de Relações Internacionais da Intersindical, Ricardo Saraiva.

A manifestação no Anhangabaú, organizada por quase 30 entidades, começou às 10h. O ato político terminou pouco antes das 15h, quando começou a apresentação do cantor Thobias da Vai-Vai.

Dilma Rousseff fará pronunciamento apenas pela internet no dia do trabalho



A presidenta Dilma Rousseff não fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta sexta-feira (1º), Dia do Trabalho. A decisão foi tomada na reunião de coordenação política do governo no início da noite de segunda-feira (27). Será a primeira vez que a presidenta não fará o pronunciamento na TV no Dia do Trabalho, em seu quinto ano de governo. Medida certa para uns, erradas para outros.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse: “A presidenta vai dialogar com os trabalhadores, com a sociedade brasileira, pelas redes sociais. É uma forma de valorizarmos outros meios de comunicação”.

Tecnicamente, digamos, nos momentos em que um governo está mal avaliado nas pesquisas de opinião, o governante entrar em rede de TV aberta costuma fazer aumentar a rejeição, a menos que tivesse medidas muito boas para anunciar, o que não é o caso no atual momento. Sob este ponto de vista, a decisão estaria correta. Os governadores tucanos, por exemplo, costumam submergir no noticiário quando há crises em seus estados.

Dilma falou em rede de TV pela última vez no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. No pronunciamento, usou a maior parte do tempo para explicar ao cidadão o ajuste fiscal e o momento econômico. Guardadas as devidas proporções e gigantescas diferenças de conjuntura, foi um discurso meio que para pedir "sangue, suor e lágrimas" feito por Winston Churchill quando o Reino Unido, do qual era o primeiro-ministro, entrou na Segunda Guerra Mundial. No caso da fala de Dilma, o falar "olho no olho" não surtiu efeito para reverter a má avaliação do governo.

Outra parte do último pronunciamento foi dedicada a anunciar medidas de combate à corrupção, aparentemente visando esvaziar os protestos que já estavam agendados para o domingo seguinte, 16 de março, e que foram organizados via redes sociais por grupos radicais que querem a volta da ditadura e o impeachment.

Durante o pronunciamento houve panelaços e buzinaços também organizados nas redes sociais pelos mesmos grupos, que fizeram muito barulho em determinados bairros de São Paulo, mas com pouca adesão em outras cidades.

Pronunciamento em cadeia nacional não é voltado para conter "paneleiros", e sim para passar a mensagem do governo à maioria silenciosa que assiste e não bate panelas. Mas o problema é que nos noticiários só deu panelaço dominando a pauta, inclusive nos dias seguintes, mesmo que o bater das panelas tenha sido pífio fora da capital paulista.

Esta ênfase do noticiário apenas nas reações negativas, ignorando o conteúdo do discurso, acabou se sobrepondo à mensagem da presidenta à maioria silenciosa que votou nela e também à parcela da população que não votou, mas respeita o resultado das urnas.

Aquele pronunciamento também não funcionou para esvaziar a manifestação do dia 15. Há até quem avalie que o pronunciamento de Dilma do dia 8 até motivou mais gente a participar dos protestos da turma conservadora da semana seguinte.

Por outro ponto de vista, há entre os apoiadores de Dilma quem considere errado não ir à TV, como se fosse um recuo político, um medo de enfrentamento e uma quebra da tradição. É compreensível esse sentimento, mas analisando com profundidade, medo é uma palavra que não cabe à presidenta, e não pode ser confundido com cautela.

Dilma já está reeleita e não tem mais nenhuma eleição pela frente, por isso, nem há o que temer. Seu compromisso é com as transformações históricas que seu governo deixará para sua base eleitoral de trabalhadores e da população mais pobre, e com seu grupo político para não perder o bonde da história na conclusão deste projeto nacional de desenvolvimento humano e econômico. Decisões como ir ou não à TV devem atender ao que é bom para o cumprimento destes compromissos. E na conjuntura atual, ir à TV é o mesmo que dar munição justamente à quem se opõe ao projeto de nação que vem se implantando desde 2003.

Além disso, mesmo com a quebra da tradição, Dilma pode marcar um tento, inclusive na politização do cidadão. Sem ter medidas muito boas ou extremamente necessárias para anunciar, para a maioria das pessoas não é agradável um governante, por mais popular que seja, "entrar na casa" e interromper sua hora de lazer, para fazer discursos apenas protocolares. No século 21, o cidadão pode escolher buscar informação sobre seu governo na hora que quiser pela internet. Muita gente pode ver com simpatia a atitude da presidenta.

Além disso, se a batalha da comunicação não é travada com intensidade no dia a dia das pautas dos noticiários, não é um pronunciamento que irá resolver. Pelo contrário irá agravar. Diga o que disser no pronunciamento, os telejornais, hegemonicamente oposicionistas, sempre pautarão suas coberturas sob um viés negativo.

Colocando tudo na balança, a decisão é positiva. Mais importante são as ações, gestos e atitude do governo em benefício do trabalhador neste 1º de Maio.


Dia do Trabalho em Altaneira é marcado por passeio ciclístico e trilha ecológica


Trilha Ecológica no Sítio Poças marca o dia do Trabalho
em Altaneira.
O dia do trabalho, lembrado em primeiro de maio, no município de Altaneira, foi marcado por um passeio ciclístico e caminhada pelas principais ruas da cidade, além de um percurso feito na recente Trilha Ecológica do Sítio Poças que reuniu dezenas de pessoas, de todas as faixas etárias.

O Parque de Eventos João Almeida Braga serviu de ponto de apoio e saída do percurso que teve as Ruas Deputado Furtado Leite e Apolônio de Oliveira como parte do trajeto que seguiu até o sítio Poças. Neste ponto de encontro os participantes seguindo orientações do jurista Raimundo Soares Filho, um dos organizadores da Trilha que leva o nome do sítio, percorreram aproximadamente 3 (três) quilômetros podendo prestigiar as belezas  naturais a partir da uma experiência de convívio ambiental e consciência ecológica. 

A trilha está dentro de um dos objetivos do evento, haja vista que permite a prática da atividade física e de lazer. Corrobora ainda na transmissão de conhecimentos, bem como propiciam atividades que revelam os significados e as características do ambiente por meio do uso dos elementos originais, por experiência direta e por meios ilustrativos, sendo assim instrumento básico de programas de educação ao ar livre e que ajuda a identificar e preservar o ambiente.

O evento foi realizado pelo governo municipal, através da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo e contou com o apoio das secretárias de Educação e Saúde. Na oportunidade, todos os participantes receberam uma camiseta contendo a logomarca do evento como forma de brinde e uma bicicleta do modelo bike foi sorteada entre os mesmos.