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PSOL cria comissão com Boulos, Talíria e Juliano para negociar frente com Lula

 

Lula e Boulos: Psol vai debater programa de governo para aliança nas eleições - ©Nelson Almeida/AFP

O PSOL definiu nesta sexta-feira (11) a formação de uma comissão que irá negociar com o ex-presidente Lula (PT) o programa de governo que será apresentado nas eleições de outubro. O partido avalia a composição com o ex-presidente, mas possui alguns pontos chave para formalizar esse apoio já no primeiro turno.

O PSOL assume como sua principal e mais urgente tarefa a derrota de Bolsonaro. Durante seu governo, lutamos pelo impeachment e por uma frente das esquerdas que pudesse convocar mobilizações unitárias pelo ‘Fora Bolsonaro'”, afirma o partido em nota divulgada após a reunião da Executiva Nacional.

Sabemos que Bolsonaro não está vencido e tampouco deve ser considerado carta fora do baralho nas eleições de 2022. Por isso, a necessidade de unidade das esquerdas mantém-se imperativa, inclusive nas eleições presidenciais deste ano”, aponta o PSOL.

Com isso, o partido definiu a formação de uma comissão para dar início às negociações formais com o PT. Esse grupo contará com Juliano Medeiros, presidente da legenda, com o líder do MTST, Guilherme Boulos, e com a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ).

Vencer as eleições é só o primeiro passo. Além disso, precisaremos de um programa que derrote, ao mesmo tempo, o neoliberalismo e a extrema-direita. Para ser implementado, esse programa enfrentará a resistência de setores poderosos, o que vai exigir disposição para o conflito e a mobilização popular”, afirma Medeiros.

Os principais itens programáticos aprovados para basear as negociações com o PT e apoio à candidatura de Lula foram o apoio à revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016 (reforma trabalhista, reforma da previdência e Teto de Gastos); o enfrentamento à crise climática com medidas para financiar a transição energética, defesa de um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia, desmatamento zero, garantia de direitos aos povos indígenas, tradicionais e quilombolas; e a proposição de uma reforma tributária que diminua a taxação no consumo de bens essenciais e populares e foque na taxação de renda e propriedade, incluindo a criação de impostos dos super-ricos/bilionários.

Além dos pontos programáticos, o PSOL que discutir com o PT qual será seu papel na campanha de Lula, a composição da chapa e a busca por uma frente de esquerda.

Na resolução, o partido reforça sua posição contrária à composição de chapa com o ex-governador Geraldo Alckmin na vice e ainda critica uma posição aliança com o PSD de Gilberto Kassab. “PSOL defende a formação de uma frente das esquerdas, composta pelos partidos, movimentos e lideranças que têm enfrentado o governo Bolsonaro, foram contra o golpe parlamentar e lutam pela ampliação de direitos do povo trabalhador. Por isso reiteremos nossa posição contrária à formação de uma chapa que admita a presença de lideranças como Geraldo Alckmin e partidos como o PSD, por seu histórico de sustentação às medidas adotadas nos governos Temer e Bolsonaro, não são aliados de um programa que enfrente o neoliberalismo e supere o legado do golpe”, afirma.

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Com informações do Brasil de Fato.

Boulos diz que vai atuar para unir esquerda e tirar Brasil do atoleiro

 

Boulos e Erundina em campanha. (FOTO/ Reprodução/ Redes Sociais).

O candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse na segunda-feira 30 que seu foco a partir de agora será unir o campo progressista para “tirar o Brasil desse atoleiro”.

Segundo turno em SP é indicativo para 2022, diz cientista político

 

FOTOS: Reprodução/ Instagram/ Bruno Covas - Reprodução/ Twitter/ Guilherme Boulos).

O segundo turno em São Paulo, disputado entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL), pode ser um indicativo do caminho que será trilhado pela esquerda em 2022. A avaliação é de Aldo Fornazieri, doutor em Ciência Política e professor na Fundação Escola de Sociologia e Política (FESPSP).

A importância política e eleitoral da campanha de Guilherme Boulos para a esquerda

 

A última pesquisa do Instituto Datafolha para a eleição na cidade de São Paulo sinaliza uma tendência que setores da esquerda já avaliavam como possível. A candidatura de Boulos e Erundina já está em segundo lugar, tecnicamente empatada com o candidato de Bolsonaro.

“Bolsonaro deixou de ser um problema político e se tornou um problema sanitário”, diz Boulos


(FOTO/ Reprodução/ TV Cultura).

Em entrevista ao Fórum Onze e Meia nesta sexta-feira (27), o líder do MTST, Guilherme Boulos (PSOL), disse que o presidente Jair Bolsonaro “não tem condições de governar o país”, especialmente neste momento de pandemia do coronavírus. Boulos defendeu a saída de Bolsonaro da presidência, seja por meio de impeachment ou da renúncia.

Boulos articula frente ampla com partidos de esquerda, movimentos sociais, juristas e artistas


Boulos e Haddad. (Foto: Reprodução/Revista Fórum).

Diante da possibilidade de construção de uma frente de partidos de esquerda sem o PT no Congresso Nacional, o ex-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, procurou dirigentes de PC do B, PSB, PDT, PT e Rede para formar o que chama de frente ampla pela democracia.

A proposta de Boulos é juntar lideranças dos seis partidos e também de movimentos sociais, grupos de juristas e artistas na defesa de temas comuns para atuarem além do Congresso.
Se Boulos tiver sucesso, a frente deverá ser lançada em um ato em São Paulo, no início de 2019, com a presença de nomes como Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), além dele próprio.
Frente sem PT

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, chegou a ironizar, durante encontro com as bancadas do PT da Câmara e do Senado, em novembro em Brasília, a tentativa de criação de um bloco de oposição a Bolsonaro sem a participação de seu partido.

Frente de esquerda sem o PT ou é miopia ou uma esquerda que não é tão esquerda assim”, disse. (Com informações da Revista Fórum e do Painel, da Folha).

O ministério de Bolsonaro é um show de horrores


Com Bolsonaro, nada de novo. (Foto: Rogério Melo/PR).

Depois de quatro anos fazendo campanha e vendendo a ideia de que mudaria "tudo que está aí", Bolsonaro foi eleito e já indicou metade dos seus ministros. Sempre que perguntado se tinha nomes em mente, o então candidato era vago, fazia questão de assegurar que seriam nomes exclusivamente "técnicos". Nada de "negociatas políticas" ou "escolhas ideológicas". Ao ler o nome dos indicados, notamos o completo oposto.

Um dos poucos nomes garantidos em ministério durante as eleições foi Paulo Guedes. O "guru" econômico de Bolsonaro tem atuado como um verdadeiro primeiro-ministro do Brasil. Sondou Sérgio Moro antes mesmo do segundo turno. Depois das eleições, atacou parlamentares e está montando sua equipe econômica como se tivesse sido ele próprio o candidato mais votado.

Guedes é fundador do banco BTG Pactual. Escolheu para presidir o BNDES Joaquim Levy, do Bradesco e ministro do desastroso ajuste de Dilma em 2015. Para o Banco Central indicou Roberto Campos Neto, do Santander. Para a Petrobras, nomeou seu amigo da Escola de Chicago, Roberto Castello Branco, que defendeu publicamente neste ano privatizar a empresa. Dois privatistas também foram nomeados para a presidência da Caixa e do Banco do Brasil.

Seguindo o discurso de Bolsonaro, parte da mídia trata esses nomes como "economistas" técnicos. Nada mais falso. Os porta-vozes dos principais órgãos públicos da nossa economia são umbilicalmente ligados ao mercado financeiro, numa escandalosa porta giratória com visível conflito de interesses. Com lucros recordes sucessivos, tanto no período de crescimento quanto de recessão econômica, os bancos já vinham ditando os rumos da economia do País nas últimas décadas. É inédito, porém, o nível de controle que terão sobre a política econômica no próximo período, aparentemente sem qualquer contrapeso.

De noite, montam sua plataforma de governo jantando com grandes acionistas e nomes ligados ao capital estrangeiro, interessados na compra de ativos públicos e de riquezas nacionais. De dia, utilizam a crise econômica para justificar privatizações, reformas que retiram direitos e a venda da soberania nacional a preço de banana. Não por acaso o New York Times definiu Bolsonaro como "descaradamente pró-americano".

Na política, Bolsonaro nomeou Onyx Lorenzoni como ministro da Casa Civil. O deputado é filiado ao DEM há 21 anos, quando ainda chamava-se PFL e tinha como comandante Antônio Carlos Magalhães. Foi, na hipocrisia própria aos udenistas, um dos principais parlamentares a levantar a bandeira das dez medidas contra a corrupção, articuladas pelo Ministério Público Federal. Uma das medidas é a criminalização direta de quem receba recursos eleitorais via caixa 2.

Lorenzoni poderia ser seu próprio promotor: admitiu ter recebido 100 mil reais da JBS não declarados à Justiça Eleitoral para sua campanha de 2014. Declarou-se, porém, "arrependido" e foi perdoado pelo Deus Moro.

Outra indicação, também do DEM, é a nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Líder da bancada ruralista, foi uma das principais articuladoras do avanço do projeto que quer flexibilizar ainda mais o uso dos agrotóxicos no Brasil. Por conta disso, ganhou o apelido de "Musa do Veneno". Durante período na gestão estadual do Mato Grosso do Sul, deu incentivos fiscais à JBS, fechou parcerias pessoalmente com Joesley Batista e recebeu doações eleitorais da empresa no mesmo ano. Não é exatamente um nome técnico.

 Nada mais absurdo que a nomeação do até então desconhecido dos brasileiros Ernesto Araújo como chanceler. Diplomata que atua nos Estados Unidos, fã incondicional de Trump, disse que o presidente norte-americano é a salvação do Ocidente. Em blog pessoal, fez campanha aberta para Bolsonaro e atacou partidos de esquerda.

Araújo vive em uma verdadeira realidade paralela, onde o "marxismo cultural" pilota o movimento "globalista", a China segue um país maoísta e o aquecimento global é um dogma esquerdista. Seus impropérios e disparates sucessivos fazem corar só de lembrar que será essa a voz do Brasil para o mundo.

Sigamos. O novo ministro da Saúde será Luiz Henrique Mandetta, terceiro nome do DEM. Está sendo investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 na implementação de um sistema de prontuário eletrônico quando era secretário municipal de saúde.

O médico já presidiu a Unimed e desde o início foi contra o Programa Mais Médicos. Difícil crer que alguém com ligação direta ao sistema privado de saúde terá algum compromisso com o SUS. As indicações da última semana foram fechadas com chave de ouro com Ricardo Vélez Rodríguez na Educação. É uma tragédia anunciada. O defensor feroz da dita escola "sem partido" é visceralmente antiesquerda, exalta o golpe militar de 1964 e rasga elogios à monarquia. Um fundamentalista que parece desconhecer a Revolução Francesa. Não é a Marx que questiona, mas a Voltaire e o Iluminismo. Trevas à vista.

Um superministro banqueiro e com a agenda mais antipopular do período democrático. Um político que assumiu ser corrupto na Casa Civil. Uma ruralista que quer liberar geral o veneno na comida na Agricultura. Um trumpista em cruzada contra o marxismo e o ambientalismo na diplomacia. Um deputado investigado e contrário ao Mais Médicos na Saúde. Um inquisidor da Idade Média na Educação. Esse é parte do time de quem prometeu "varrer" o que havia de pior na política brasileira e montar uma equipe "técnica", não "ideológica". O ministério de Bolsonaro é um verdadeiro show de horrores. (Por Guilherme Boulos, na CartaCapital).

Boulos alerta para riscos que candidatura de Bolsonaro representa e dá uma aula de História


(Boulos alerta para riscos que candidatura de Bolsonaro representa e dá uma aula de História. (Foto: Reprodução).


O candidato à presidência Guilherme Boulos (Psol), questionado por Fernando Haddad (PT) no debate na noite desta quinta-feira (4), da Rede Globo sobre a proposta de Jair Bolsonaro (PSL), de cortar direitos trabalhistas como o 13º salário, aproveitou o tempo de sua fala e fez um discurso emocionado sobre os riscos à democracia representado pelo candidato da extrema-direita. “Faz 30 anos que saímos de uma ditadura. Muita gente morreu, foi torturada. Tem mãe que não pôde enterrar seu filho até hoje. Faz 30 anos, mas acho que nunca estivemos tão próximos disso”, afirmou.

Haddad iniciou sua fala para Boulos, no modelo de embates diretos que orienta o debate, afirmando que o escolheu para responder, pois ele é "um candidato sério". “Há três que apoiam o governo de Michel Temer (MDB). Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro. Só falam em cortar direitos. Bolsonaro tem a ideia de acabar com o 13º salário, com o abono de férias, cobrar Imposto de Renda dos mais pobres, cortar Bolsa Família e introduzir a CPMF”, afirmou.

Boulos disse que a questão é séria e introduziu pontos extremamente graves presentes no discurso de Bolsonaro, que apoia abertamente torturadores reconhecidos pela Justiça como tais e nega as atrocidades da ditadura civil-militar (1964-1985). “Se estamos aqui hoje é porque teve gente que derramou sangue pela democracia. Se você vai votar domingo, pessoas deram suas vidas por isso. Quando nasci, o Brasil estava em uma ditadura. Não quero que minhas filhas cresçam em uma”, completou Boulos.

Começa assim: arma, resolver na porrada, a vida que não vale nada. Temos que dar um grito e dizer: ditadura nunca mais”, finalizou.

Na réplica, Haddad agradeceu o alerta de Boulos. “Chamo atenção para os riscos. Se foi possível construir direitos, gerar empregos, fazer o jovem trabalhador, filho do pedreiro entrar na universidade, isso tudo é da democracia. É a liberdade que te permite reivindicar, votar, exigir compromisso. O que está acontecendo é um descalabro. Todo dia uma notícia ruim”.

Boulos, em sua tréplica, reforçou que a “turma do ódio do Bolsonaro também é a turma da destruição”. “O ódio que eles propagam nasce da indiferença. Estou há 16 anos lutando do lado do povo que não tem casa. De pessoas que sempre foram acostumadas a entrar pelo elevador de serviço. A baixar a cabeça. Fomos perdendo a capacidade de se indignar, de sentir a dor do outro. Precisamos trazer para a política a solidariedade”.

Bolsonaro não compareceu ao debate, alegando motivos médicos. Em vez disso, gravou uma entrevista exclusiva para a TV Record, que foi ao ar no mesmo horário do debate da Globo e teve duração de meia hora. (Com informações da RBA).

Guilherme Boulos: 'Não vou chamar o Meirelles, vou taxar o Meirelles'


Terceiro debate entre presidenciáveis trouxe polêmicas sobre setor financeiro e corrupção. (Foto: Divulgação/Gazeta).

O primeiro bloco do debate entre os presidenciáveis promovido pela TV Gazeta, Estadão, Jovem Pan e Twitter neste domingo (9) foi marcado pelo tema do privilégio do setor financeiro. O candidato do Psol, Guilherme Boulos, afirmou que vai enfrentar os privilégios e privilegiados, e atacou Henrique Meirelles (MDB). "Você é um dos privilegiados. Quando vocês governam, sempre dá desemprego. Sempre dá recessão."

Meirelles reagiu e afirmou que, quando presidente do Banco Central, durante os governos Lula, ajudou a criar 10 milhões de empregos em oito anos. Já durante o governo Temer, disse que ajudou a criar as condições para a criação de outros 2 milhões de empregos, e para que "o país saísse da maior recessão da sua história".  Mais uma vez, Meirelles afirmou que o Brasil não se divide "em quem gosta ou não gosta do Lula, mas em quem trabalha ou não trabalha".

"Banqueiro falando em trabalho é uma coisa extraordinária", rebateu Boulos, que prometeu taxar a fortuna de mais de 400 milhões de Meirelles. "Não vou chamar o Meirelles, vou taxar o Meirelles", afirmou Boulos, que disse que as isenções a setores empresariais, o "bolsa empresário", tinham custos dez vezes maiores que o bolsa família. Meirelles se defendeu: "Trabalhei a vida toda, e paguei impostos. Ao contrário de quem só fala, e quer tomar a propriedade dos outros."

 Antes, respondendo ao candidato Álvaro Dias, que falou que os bancos gozam de privilégios em relação aos trabalhadores e ao setor produtivo, Guilherme Boulos (Psol) afirmou que, no Brasil, "banco aqui faz o que quer". "Esse é um dos raros pontos em que concordo com o Álvaro Dias. É uma verdadeira Disneylandia financeira." afirmou Boulos, que prometeu acabar com a "bolsa banqueiro" que, segundo ele, consome cerca de R$ 400 bilhões do orçamento por ano.

Ele destacou que o Santander, para uma mesma linha de crédito, cobra 140% de juros, no Brasil, e zero na Espanha, e defendeu a utilização dos bancos públicos para estimular a competitividade e reduzir as taxas. "Se a caixa economia e o Banco do Brasil baixam os juros, os bancos privados vem atrás, senão perdem a clientela. O mercado já falou demais. Está na hora de ouvir a população.

O primeiro bloco do debate trouxo concordâncias entre os candidatos Ciro Gomes e Marina Silva. Ambos defenderam a educação em tempo integral e a implementação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Ciro defendeu também a federalização do combate ao crime organizado, corrupção, além de crimes cometidos por policiais e lavagem de dinheiro.

Ele atribuiu o crescimento da criminalidade às quadrilhas organizadas que espalharam a partir do Rio de Janeiro e de São Paulo. "Vamos expropriar esse dinheiro, porque é a única forma de combater o crime organizado", prometeu Ciro. Marina disse ser "inadmissível" que criminosos comandem o crime de dentro da cadeia, e "ainda por cima exportem para outros estados".

Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu cobrar dos planos de saúde cerca de R$ 3 bilhões devidos por tratamentos prestados pela rede pública, e defendeu a criação de um programa de apoio às santas casas que, segundo ele, são responsáveis por 51% dos atendimentos de saúde. Alvaro Dias (Pode) afirmou que "O que falta não é dinheiro, é planejamento, gestão competente e honestidade."

Segundo bloco tem Ciro defendendo Lula

O jornalista Rodolfo Gamberini questionou o candidato do MDB a respeito de ter aplicações em um paraíso fiscal. "Esta informação é equivocada. O que existe é uma fundação com finalidade exclusiva de aplicar recursos em educação no Brasil depois que eu falecer. Grande parte da minha herança vai ser feita uma doação para essa fundação", respondeu Meirelles.

Coube a Ciro Gomes comentar a resposta. "O Brasil permite de uma forma absolutamente imoral que os brasileiros abastados mantenham bilhões de dólares no estrangeiro, sangrando este país", disse, ressaltando que considerava o ex-ministro da Fazenda uma pessoa honesta.

Augusto Nunes trouxe ao debate o assunto da Lava Jato, perguntando a Alvaro Dias, que tem dito de forma recorrente desejar Sergio Moro no ministério da Justiça. "A Operação Lava Jato tem que ser política de Estado para que o Brasil volte a ser sério", defendeu.

"A Justiça barulhenta, que vive de gravatinha borboleta nos salões da grande burguesia nacional e estrangeira, está sempre vulnerável a uma suspeição e tudo o que não precisamos é que uma operação tão importante potencialmente seja inclinada à suspeição", disse Ciro ao comentar a resposta de Meirelles, ressaltando considerar a sentença que condenou Lula "injusta".

"No Brasil, o sistema que vale, é isso é só Direito, é o que está escrito. O juiz Sergio Moro não consegue demonstrar uma prova sequer e condena o Lula pelo que nós do Direito chamamos de conjunto de indícios. É a primeira sentença que conheço dessa natureza", afirmou Ciro. (Com informações da RBA).

Boulos afirma que vai enfrentar privilégios do 1% mais rico em convenção que confirma sua candidatura


Boulos com Sonia Guajajara: "Nosso primeiro compromisso é revogar as medidas dessa governo corrupto". 
(Foto: Jorge Ferreira/Mídia Ninja).

O Psol confirmou neste sábado (21), em convenção realizada em São Paulo, o nome do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, como candidato à presidência do país, com a líder indígena Sonia Guajajara como vice.

Em sua conta no Twitter, Boulos fez comentários com a hashtag da convenção (#ConvençãoPSOL) e voltou a defender a liberdade de Lula. "Temos um Judiciário que quer decidir no tapetão as eleições de 2018. Nós condenamos a prisão política do ex-presidente Lula, que tem o objetivo de retirá-lo das eleições", afirmou, sinalizando que sua candidatura não o afasta de outras frentes de esquerda.

"Nosso primeiro compromisso é revogar as medidas desse governo corrupto", disse ainda Boulos, tecendo críticas ao governo de Michel Temer. "Estamos nos últimos anos resistindo ao governo Temer nas ruas. Agora é hora de resistir nas urnas."

Ele também se propõe como candidato em uma nova forma de fazer política: “Campanha eleitoral no país virou show, virou farsa. Vem o marqueteiro e diz o que tem que falar. Nós não vamos negociar nenhum dos nossos princípios. Não vamos fugir de nenhum tema e nenhum tipo de tabu".

"Nós seguiremos exigindo justiça por Marielle. Enquanto não houver justiça, nossa democracia estará manchada", lembrou ainda sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março deste ano, no Rio de Janeiro, e até agora não esclarecido.

A convenção foi composta por 61 membros do Diretório Nacional, com direito a voto, e contou, ainda, com a presença de parlamentares do partido, de pré-candidatos aos governos estaduais, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e às assembleias legislativas, e de militantes do MTST, do PCB e de organizações indígenas. (Com informações da RBA).