Aurora – obra de Nietzsche


Nicolau Neto com o exemplar do livro Aurora. 


Um dos temas que ainda é pouco discutido, porem presente em todas as sociedades, é a moral. Em “Aurora”, Friedrich Nietzsche, considerado o filósofo mais estudado dos últimos séculos, trabalha o despertar de uma nova moralidade.

Assim, ele busca quebrar com essa perspectiva de moral, com esse modelo tradicional de agir avaliar a sociedade. A proposta seria, portanto, a emancipação da razão perante a moral, uma vez que essa razão emancipada possui o poder libertador e de desmistificar modelos de instituídos de sociedade que se alicerçaram na tradição.

Para Nietzsche, no livro, o indivíduo tem a capacidade de irromper essa ligação histórica existente costumes e moralidade, o que faz que se tenha a obediência cega aos costumes e propor em seu lugar o que chame de binômio – “razão” e “afirmação de si”.

É esse o caminho que faz com que Nietzsche desenvolva em Aurora uma profunda análise da história dos costumes, da moralidade, do pensamento e do conhecimento, sem, no entanto, deixar de fora o que ele soube tão bem fazer, ou melhor, escrever, ao apresentar os prejulgamentos cristão que foram tão presentes (e ainda estão) na história da humanidade e que foram e são caros a sociedade.

Enfim, Aurora se propõe a ser o surgimento de um novo sistema de pensamento, de uma nova era e, portanto, o despertar para uma verdadeira humanidade. A obra tem a tradução de Carlos Antonio Braga (2ª edição) e foi publicada pela editora escala.

O livro Aurora que li em 2011 foi um presente dado pela professora Mirian Almeida Tolovi, em um período em que desenvolvi trabalho voluntário da Fundação ARCA, em Altaneira. Nesta mesma entidade havia um grupo de estudo em Filosofia Social coordenado pelo professor universitário Carlos Alberto Tolovi, esposo de Mirian. Ao dedicar o livro a mim ela escreveu:

Nícolas, 
Que este livro te proporcione novos conhecimentos, que o conhecimento se transforme em sabedoria, que a sabedoria seja teu ideal de vida e te faça uma pessoa melhor.
Mirian Tolovi
Com carinho

Hoje respondo que estou caminhando nesse sentido. Acredito fielmente que o que pode também nos tornarmos pessoas melhores é compartilhar o pouco que sabemos por meio das leituras, das interpretações. Conhecimento não se guarda para si.

Nietzsche foi teólogo, filósofo e professor universitário e deixou um legado importantíssimo na história da humanidade ao propor um espírito irrequieto e clamar por liberdade.


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