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Estudantes, professores e servidores públicos de diversos setores em ato contra a reforma da Previdência na Rua José Rufino de Oliveira. (FOTO/Nicolau Neto). |
Texto | Nicolau Neto
Por
36 votos a 13, o texto base da proposta de reforma da Previdência, apresentada
pelo relator do projeto na Comissão Especial, o deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP), foi aprovada na última quinta-feira, 4.
As novas regras do projeto escandaloso da (de) forma da Previdência ainda não estão valendo,
visto que seguirão para análise e votação no plenário da Câmara dos Deputados e,
se passar nos dois turnos seguirão ainda para o Senado.
Como já tivemos a oportunidade de mencionar, inclusive em audiência na Câmara de Altaneira, as novas regras para a aposentadoria apresentadas pelo governo e defendidas por grande parte do empresariado brasileiro e com expressivo apoio de parlamentares, atingem sobremaneira os mais pobres e bate forte na classe docente, pois de cada R$ 100,00 economizados, R$ 95,00 é nas costas do trabalhador e da trabalhadora que ganha apenas um salário mínimo.
Quanto
aos professores e professoras, as principais necessidades da classe não estão
sendo levadas em consideração. Lembremos aqui que, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS) a nossa carreira é uma das mais desgastantes e uma das
que mais adquirem doenças, inclusive psicológicas. Com o novo texto
previdenciário levado a cabo por Bolsonaro (PSL), os valores advindos da
aposentadoria serão reduzidos, ao passo que terão aumentados o tempo de
contribuição e a idade.
Vez
por outra acompanhamos nas redes sociais informações apontando que “os notáveis”
do mundo das celebridades tem demonstrado arrependimento em terem votado em
Bolsonaro. Matéria de CartaCapital lista alguns – o historiador Marco
Antônio Villa, a apresentadora do SBT Brasil Rachel Sheherazade, o cantor e
compositor Lobão, o cineasta José Padilha, o ator Thiago Lacerda, dentre
outros/as.
Sem
meias palavras, perguntemos: quantos altaneirenses já demonstraram
arrependimento em ter votado em Bolsonaro? Especifiquemos nossa pergunta, uma vez
que a reflexão maior do nosso texto é direcionada ao campo da educação:
quantos/as professores/as estão arrependidos/as? Até agora, em análise de redes
sociais, nenhum e nenhuma apresentaram esse sentimento. Ao contrário, continuam
a defender e compartilhar textos em defesa tanto do presidente eleito quanto do
ex-juiz e agora ministro da justiça Sérgio Moro.
Reconhecer
um erro é um caminho importante para evitar repeti-lo. Torná-lo público é uma
virtude que pertence a poucos.
Diante
deste cenário é muito importante que continuemos organizados e mobilizados para
frear mais esse retrocesso.
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