A mesquinhez e o egoísmo de dirigentes cariocas não tiraram o brilho da conquista do Vasco


A mesquinhez e o egoismo de dirigentes cariocas não tiraram o brilho da conquista do Vasco. (Foto: Alexandre Neto/Photopress/Lance).

Um dia triste para o futebol brasileiro e, em particular, para o futebol carioca. A mesquinhez dos dirigentes de Vasco e Fluminense quase que tira o brilho da conquista do título do primeiro turno do campeonato carioca. Quase.

Os primeiros trinta minutos do primeiro tempo não contou com a presença de nenhuma torcida. O fato se deu em virtude de uma decisão judicial, pois Vasco e Fluminense não entraram em acordo para decidirem quem ocuparia o lado sul do Maracanã. A atitude dos dirigentes denota mesquinhez e faz com que uma disputa por título fique manchada pelo egoísmo de ambos.

Por outro lado, se fizermos um passeio pela história do futebol carioca logo se perceberá que o lado da discórdia já tinha dono: o Clube de Regatas Vasco da Gama. A torcida do Gigante da Colina ganhou o direito de ocupar a parte sul do Maracanã quando ficou acordado que quem ganhasse o primeiro clássico no estádio ganharia o direito de colocar seus torcedores no lado sul. No entanto, o Fluminense questiona que tem contrato com o dono do Maracanã e que neste documento consta que a equipe tricolor possui este direito.

O fato é que tanto Vasco quanto Fluminense deveriam ter respeitado a paixão de seus torcedores e torcedoras e terem, antes da final começar, entrado em acordo, dando, pois, o direito a estes/as de testemunharem desde o início o espetáculo de seus clubes. (não teve, mas podia).

A mesquinhez e o egoísmo dos mandatários dos dois finalistas da Taça Guanabara 2019 não tiraram o brilho da partida que, apesar do pouco futebol jogado, o que valeu mesmo foi o título do Vasco. O que valeu mesmo foi perceber a alegria estampada no rosto dos mais de 20 mil torcedores/as que puderam, logo depois dos trinta minutos do primeiro tempo adentrar ao estádio e empurrar o clube da colina.

A energia da torcida surtiu efeito e o Vasco que antes só esperava o Fluminense; só marcava a distância ao ver o grito da arquibancada passou a pressionar o tricolor em seu campo. Isso fez com que o adversário sentisse dificuldade de tocar a bola e aos 35 minutos do segundo tempo em cobrança de falta Danilo Barcelos saiu o único gol, o gol do título para o Vasco. É a décima terceira vez que o Gigante da Colina levanta este troféu. 

O futebol, como qualquer outra modalidade esportiva, só tem sentido com a presença da torcida. Afinal de contas, é para ela e por ela que as modalidades são feitas. Que esse triste cenário sirva de exemplo e que os dirigentes possam aprender com seus erros.

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