Caminhada pela Liberdade Religiosa em Juazeiro chega a sua 10ª edição com pequenas conquistas


Caminhada pela Liberdade Religiosa em Juazeiro chega a sua 10ª edição com pequenas conquistas.
(Foto: Felipe Azevedo/Agência Miséria).

A caminhada pela liberdade religiosa em Juazeiro do Norte, na região metropolitana do cariri, chegou em 2019 a sua 10ª edição. Pedindo respeito ao direito fundamental do exercício da fé e religiosidade, ao menos 400 fiéis de religiões de matriz africana e simpatizante expuseram suas reivindicações nas ruas nesta segunda-feira, 21.

A repórter Alana Soares, em texto publicado no site Miséria destaca que a caminhada começou em 2009 por iniciativa da casa de Candomblé Ilê Axé Omindandereci Mutalegi em parceria com o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), após renúncia da oferta de ritual de lavagem das escadarias da Igreja Matriz pela Igreja Católica, ritual que simbolizaria a paz e a harmonia entre as duas religiões, como acontece em Salvador – BA.

Doné Herlânia Batista Galdino, uma das organizadoras do evento, avaliou como otimista as vitórias ao longo desse tempo. Ela cita que dois órgãos foram criados desde 2017 por meio da insistência e da organização do movimento de pessoas de terreiro e do movimento negro. Os órgãos mencionados são o Conselho Municipal para a Promoção da Igualdade Racial e o Núcleo de Promoção da Igualdade Racial (NEPIR), que integram a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (SEDEST).

Para ela, “a caminhada é o principal impulsionador dessas políticas públicas”. “Não existe vitória, não existe política, se o povo não milita, se não existe o povo. Quando colocamos as pessoas na rua mostramos que elas existem”, disse ela à Alana Soares.  

Mesmo sendo predominantemente católico, o município de Juazeiro do Norte tem grande diversidade de religiões entre vertente das matrizes africanas – Candomblé, Jurema e Umbanda -, judaicas, islâmicas pentecostais, protestantes e budistas.

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