Não irei a sua posse Bolsonaro


Palácio do Planalto. (Foto: Divulgação).

Publico aqui um texto compartilhado nas redes sociais em forma de poesia acerca da posse de Bolsonaro. De autor desconhecido, o texto intitula-se “A posse”. Tomei a liberdade de modificar o título.

Confira a abaixo.

A posse

Não irei à sua posse,
Pq sou negro cotista,
Sou filho da diarista,
Daquela cuja empregada, que a carteira assinada
Vc queria negar.

Não irei à sua posse,
Pq sou homoafetivo,
Filho do índio nativo,
Dono desse lugar,
Cujas terras demarcadas
Vc reluta em tomar.

Não irei à sua posse,
Pq sou mulher educada,
Não nasci de fraquejada,
E luto por igualdade,
E isso me engrandece.
Mas respeito e liberdade
não é coisa pra covarde,
Isso vc desconhece.

Não irei à sua posse,
Pq sou trabalhador,
Se sem direitos estou
É pq vc contribuiu
Pra reforma trabalhista.
Assassinou o sindicato,
E o povo pagará o pato
Do modelo escravagista.

Não irei à sua posse,
Pq eu sou um retirante,
Filho de um imigrante,
Imitante de Jesus,
Que também por um instante,
foi um simples imigrante,
Pra cumprir com sua cruz.

Não irei à sua posse ,
Pq sou deficiente,
Sou humano, sou valente,
Mas tenho vergonha na cara.
Minha cadeira de rodas
Segue outra direção:
A do respeito, inclusão,
A direção bem contrária,
Dessa farsa anunciada.

Não irei a sua posse,
Pq eu sou a poesia,
Sou poeta sou folia,
Sou a cantiga de rodas.
Sou quilombo, sou favela,
Sou a pipa da janela,
Voando a favor do vento,
Caindo na plantação
De uma reforma agrária.
Sou a raça libertária,
Sou alegria perene,
Por isso não me condene! sua graça é temporária.



Visite Altaneira e conheça o Projeto ARCA


Sede da ARCA, localizada à Rua Padre Agamenon Coelho. (Foto: Divulgação).

O projeto ARCA (Associação Raízes Culturais de Altaneira) é uma entidade sem fins lucrativos e que vem desenvolvendo há mais de uma década importantes trabalhos no município de Altaneira, sendo suas atividades distribuídas entre a Fundação e a Associação.

A Fundação desenvolve projetos relacionados à área educativa. Ganha destaque aqui os projetos Inclusão Digital, Biblioteca ARCA da Leitura, Melodia, dentre outros. A Associação, por sua vez, é referenciada por gerar, através da solidariedade renda aos agricultores. A apicultura é exemplo desse quesito.

Em 2011 o Projeto ARCA foi contemplado como um dos 242 pontos de cultura do Estado do Ceará.


Depois de ter ficado três anos afastado para o doutorado, depois de ter escutado muita gente afirmar que a ARCA morreria “sem Carlos e Mirian”, posso afirmar hoje que a ARCA está mais viva do que nunca. E isso nos dá um profundo sentimento de realização. Afinal, muitas das sementes que foram plantadas germinaram com a força do protagonismo, do amadurecimento e da autonomia”, disse o professor Carlos Alberto Tolovi, um dos mentores do projeto. 

A sede fica localizada à Rua Padre Agamenon Coelho, no centro da cidade. Ficou curioso sobre como realmente funciona o projeto? Quer saber o que acontece no dia-a-dia, a partir das atividades desenvolvidas? Quer saber como as crianças, adolescentes e jovens encontram os seus talentos, fortalecem sua autoestima e se reconhecem como sujeitos históricos? Quer saber como o "espaço" da ARCA transforma as pessoas para que estas transformem a sua realidade?



Série de reportagens lembra atuação de Marielle e seu legado para o mundo


Marielle Franco (27/7/1979-14/3/2018). 


O Seu Jornal, da TVT, produziu na última semana uma série de reportagens relembrando o surgimento de Marielle Franco na cena dos movimentos de cidadania e na política. O nome da vereadora do Psol carioca, brutalmente executada em 14 de março, ao lado do motorista Anderson Gomes, foi um dos que mais repercutiu em 2018.

O primeiro episódio faz um perfil da atuação de Marielle, que levantava bandeiras que incluíam as temáticas de gênero, racial e direitos LGBT, sempre associados ao trabalho incessante no combate às desigualdades. Uma voz importante surgida nas favelas do Rio de Janeiro e que revelou ao mundo como o Brasil é um lugar perigoso para defensores de direitos humanos.

A segunda parte retrata a atuação parlamentar de Marielle Franco na Câmara do Rio de Janeiro. Em um ano e três meses, Marielle conseguiu romper barreiras, desenvolver políticas inclusivas e aprovar projetos importantes para atendimento da população carente da cidade.

O caminho das investigações da execução da vereadora e de Anderson Gomes é o tema do terceiro episódio. Quase 10 meses após o assassinato ainda não há respostas para o crime. A Anistia Internacional no Brasil acompanha o caso.

O quarto e último capítulo da série da TVT mostra como, após sua morte, Marielle Franco se tornou um símbolo que ganhou o mundo, inspirando outras mulheres a se engajarem politicamente. No último episódio da nossa série sobre a vereadora, conheça o legado de luta que ela deixou.


O fascismo não perdoa nem os que, por burrice, oportunismo ou covardia, o atraem



A cada vez que alguém divulgar uma notícia fake na internet sabendo que no fundo, intimamente, está mentindo miseravelmente e não passa de um canalha vil e desprezível... .

A cada vez que cidadãos que dizem se preocupar com a Liberdade, a Nação, o Estado de Direito e a Democracia, assistirem passivamente à publicação de comentários econômicos, jurídicos e políticos mentirosos, e a outras calúnias e absurdos na internet, mansa e passivamente, sem resistir nem responder a eles...

A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina,  ele estará mais próximo.

CENA DO FILME THE WALL/REPRODUÇÃO.
A cada vez que alguém disser que o Brasil está quebrado por incompetência de governos anteriores quando somos o quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, temos 380 bilhões de dólares – mais de 1 trilhão e 200 bilhões de reais – em reservas internacionais, o BNDES está pagando antecipadamente 230 bilhões de reais ao Tesouro e a divida bruta e líquida públicas são menores do que eram em 2002 com relação ao PIB...

A cada vez que alguém gritar que temos de entregar o pré-sal, a Petrobras, a Embraer, a Eletrobras e a Amazônia porque somos ladrões e incompetentes para cuidar do que é nosso, como se o governo e as empresas norte-americanas fossem um impoluto poço de honestidade e moralismo e até o genro do Rei da Espanha não tivesse sido apanhado em cabide de emprego da Vivo depois que esta veio para o Brasil aproveitando a criminosa privatização da Telebras, feita por gente que depois ocupou aqui a Presidência dessa empresa espanhola...

A cada vez que alguém defender raivosamente o livre comércio quando o Eximbank e a Opic norte-americanos emprestam mais dinheiro público que o BNDES no apoio a exportações e Trump adota sobretaxas contra a importação de aço e alumínio brasileiros e para vender aviões ao governo dos Estados Unidos a Embraer é obrigada a instalar primeiro com participação minoritária uma fábrica nos Estados Unidos...

A cada vez que alguém vangloriar o Estado mínimo, quando os Estados Unidos – que está mais endividado que o Brasil – está programando investir mais de um trilhão de dólares de dinheiro público em obras de infraestrutura para reativar a economia, tem apenas no Departamento de Defesa mais funcionários federais que todo o governo brasileiro e todo mundo – principalmente a China – sabe que não existem nações fortes sem estados fortes, ou sem empresas nacionais privadas ou estatais poderosas que é preciso preservar e defender...

A cada vez que alguém defender a volta de militares golpistas ao poder – porque milhares de militares legalistas foram contra o golpe de 1964 e foram perseguidos depois por defender a Constituição e a Democracia – abrindo mão de votar e suspirar e sentir o cabelo da nuca arrepiar quando vir um reco passar por perto...

A cada vez que alguém afirmar que em 1964 não houve um golpe contra um Presidente eleito, consagrado pelo apoio popular, poucas semanas antes, em um plebiscito amplamente vitorioso...

A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina, como aprenderam golpistas que desfilaram pedindo o golpe de 1964 e depois tiveram filhos e parentes assassinados ou torturados pela repressão...

A cada vez que alguém achar normal – desde que não seja seu parente – que, sem flagrante, uma pessoa possa ser levada pela polícia para depor sem ter sido antes previamente intimada a depor pela justiça...

A cada vez que informações sigilosas de inquéritos em andamento forem vazadas propositalmente por quem deveria preservar o sigilo de Justiça, para determinadas e particulares emissoras de televisão...

A cada vez que alguém aceitar que um cidadão pode ser acusado, condenado e encarcerado sem provas e apenas pela palavra de um investigado preso que teve muitas vezes sua prisão sucessiva imoralmente prorrogada, disposto a tudo para sair da cadeia a qualquer preço...

A cada vez que alguém achar que algum cidadão pode ser acusado de ser dono de alguma propriedade sem nunca ter tomado posse dela ou sequer possuir uma escritura que prove que é sua...

A cada vez que alguém acreditar que um apartamento fuleiro que vale menos de um milhão de reais pode ter servido de propina para comprar a dignidade de alguém que comandou durante oito anos uma das maiores economias do mundo...

A cada vez que alguém soltar foguetes por motivos políticos, celebrando sua própria ignorância e imbecilidade...

A cada vez que alguém aceitar promulgar leis inconstitucionais para ceder à pressão dos adversários adotando um republicanismo pueril e imaturo...

A cada vez que a lei aceitar tratar de forma diferente – ou igualmente injusta e ilegal – aqueles que são iguais...

A cada vez que um juiz ou procurador emitir – sem estar a isso constitucionalmente autorizado – uma opinião política...

A cada vez que juízes ou procuradores falarem em fazer greve para defender benesses como auxílio-moradia quando já ganham muitas vezes – também de forma imoral – perto ou mais de 100 mil reais, muito acima, portanto, do limite constitucional vigente, que é o salário de ministros do STF...

A cada vez que alguém defender que "bandido bom é bandido morto" (até algum parente se envolver em um incidente de trânsito ou em uma discussão de condomínio com algum agente prisional, guarda municipal ou agente de polícia)...

A cada vez que alguém comemorar a morte de alguém por ele ser supostamente "comunista", ou negro, viciado, gay ou da periferia...

A cada vez que alguém ache normal – e com isso vibre – que candidatos defendam o excludente automático de ilicitude para agentes de segurança pública que matem "em serviço", em um país em que a polícia já é a que mais mata no mundo...

A cada vez que alguém achar que só ele tem o direito ou, pior, a exclusividade de usar os símbolos nacionais e o verde e amarelo – que pertencem a todos os brasileiros...

A cada vez que um ministro da Suprema Corte se calar quando for insultado publicamente por juízes e procuradores ou por um energúmeno qualquer nas redes sociais...

A cada vez que alguém acreditar que água de torneira – abençoada por um sujeito na tela da televisão – cura o câncer, que a terra é plana, ou que Hitler, obrigado a suicidar-se durante a Batalha de Berlim pelo cerco das tropas soviéticas, era socialista...

A cada vez que alguém achar que é normal que institutos de certos ex-presidentes tenham ganho milhões com a realização de palestras de um certo ex-presidente e outros institutos de outros ex-presidentes tenham de ser multados em todo o dinheiro ganho por palestras de outro ex-presidente...

A cada vez que alguém ache normal que alguém vá para a cadeia por não ter comprado um apartamento e outros sequer sejam investigados por ter comprado várias outras propriedades imobiliárias por preços abaixo do mercado...

A cada vez que uma emissora de televisão, pratique, nas barbas do TSE, impune e disfarçadamente, política, “filtrando” e exibindo depoimentos “espontâneos” de cidadãos de todo o país, para defender subjetivamente suas próprias teses – ou aquelas que mais lhe agradem – em pleno ano eleitoral...

A cada vez que alguém adotar descaradamente a chicana e o casuísmo, impedindo que se cumpra a Constituição, porque está apostando na crise institucional e foi picado pela mosca azul quando estava sentado na principal cadeira do Palácio do Planalto…

A cada vez que ministros do Supremo inventarem dialetos javaneses ou hermenêuticos lero-leros para justificar votos incompreensíveis e confusos que vão contra a Constituição e que a História não esquecerá nem absolverá...

O Fascismo estará mais perto da vitória.

E não perdoará, em sua orgia de ódio, violência e hipocrisia, nem mesmo aqueles que agora estão empenhados, por burrice, oportunismo ou covardia, em chocar o ovo da serpente e abrir-lhe o caminho para o triunfo. (Por Mauro Santayana, na RBA).

PT, PSOl e PCdoB não participam da posse de Bolsonaro


PT, PSOL e PCdoB não participam da posse de Bolsonaro. (Foto: Agência Brasil).

Líderes do PT, PSOL e PCdoB anunciaram ontem que seus deputados e senadores não vão participar da cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, no dia 1.º de janeiro no Congresso. Outros partidos que já declararam oposição ao futuro governo, como PDT e PSB, informaram que alguns líderes também não devem comparecer à solenidade em que o presidente e o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, assinam o termo de posse.

Em nota, o PT disse reconhecer o resultado da eleição, mas afirmou que a disputa foi marcada pela falta de lisura por ter sido, segundo o partido, "descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad", derrotado no segundo turno.

"O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios", diz o texto, assinado pelos líderes do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Lindbergh Farias (RJ), e pela presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

As bancadas do PT no Congresso afirmaram ainda que o futuro governo pretende "destruir a ordem democrática e o Estado de Direito no Brasil", com o aprofundamento de "políticas entreguistas e ultraliberais do atual governo, o desmonte das políticas sociais e a revogação já anunciada de históricos direitos trabalhistas".

Já o PSOL diz no texto que o governo que se iniciará na próxima semana "tem como princípios o ódio, o preconceito, a intolerância e a violência".


A deputada Jandira Feghali (PCdoB) confirmou que a bancada não participará da posse do presidente eleito, mas negou que se trate de "boicote". "Não é um boicote, até porque respeitamos o resultado das urnas. É a decisão política de não ir", disse.

Segundo ela, os parlamentares vão prestigiar governadores eleitos do partido que tomam posse no mesmo dia. A legenda reelegeu o governador do Maranhão, Flávio Dino, e os vice-governadores Luciana Santos (PE) e Antenor Roberto (RN). Na Câmara, elegeu nove deputados, um a menos que o PSOL.

O PT tem a maior bancada da Casa, com 56 eleitos, seguido do PSL, partido de Bolsonaro, com 52 deputados.

Bancada liberada

Outras legendas que já se declararam como oposição não articularam um "boicote" à posse, mas seus líderes tampouco devem comparecer. O líder do PDT, André Figueiredo (CE), disse que não vai, mas que "não existe nenhuma deliberação para nenhum deputado da bancada ir". O presidente da sigla, Carlos Lupi, reconheceu o direito de os partidos não comparecerem, mas disse que um boicote "não tem efeito nenhum a não ser emocional e para marcar posição".

Presidente do PSB, Carlos Siqueira afirmou que a decisão será de cada correligionário. "Quem desejar participar está livre para fazê-lo. Eu, pessoalmente, não estarei lá e não faço nenhuma reclamação disso, porque acho ótimo até."

Na eleição, o partido também não teve um posicionamento definido. O PSB apoiou Haddad no segundo turno contra Bolsonaro, mas liberou governadores que disputavam eleição para se manterem neutros.

Apesar de posicionamentos distintos na posse, o PCdoB vai formar um bloco de oposição ao governo do presidente eleito na Câmara dos Deputados com PSB e PDT. Derrotado na eleição, o PT deve ficar isolado nas duas casas. (Com informações do O Povo/ Agência Estado).

A diversidade sempre foi vista como uma ameaça para um sistema de poder que quer ser absoluto, diz Tolovi


O processo eleitoral chegou ao fim e colocou no poder um representante da extrema direita. Jair Messias Bolsonaro não só se elegeu presidente, mas carregou consigo uma grande lista de deputados e senadores.

O filósofo Carlos Alberto Tolovi, professor da URCA.
(Foto: Nicolau Neto/Arquivo do Blog).
O resultado das eleições trouxe a cena uma questão fundamental e com ela outras tantas. Quais os desafios do Brasil pós eleição? Quais as estratégias que devem ser tomadas para que os a margem do poder não sejam cada vez mais massacrados nesses quatro anos vindouros? Como os movimentos sociais devem se comportar? É possível um diálogo mais eficiente entre partidos de esquerda e os movimentos sociais? Como isso deve ser feito para atingir os menos favorecidos?

Pensando nisso, o Blog Negro Nicolau (BNN) entrevistou o filósofo Carlos Alberto Tolovi, professor da Universidade Regional do Cariri (URCA). Tolovi afirma que a vitória de Bolsonaro foi uma “tragédia” social no Brasil e que ele representou a “construção de uma narrativa organizada pela direita, que respondia aos desejos e necessidades da coletividade a partir de um caos produzido intencionalmente. ”

Fundação ARCA de Altaneira promoverá recital neste sábado (29)


Recital da ARCA será neste sábado, 20. (Foto: Divulgação).

A Fundação Educativa e Cultural ARCA, em Altaneira, promoverá na noite deste sábado, 29, mais uma noite recheada de cultura.

Denominada de Recital, a ação será realizada no auditório e contará com várias programações - entre ais quais recitações de poesias e apresentações musicais -, todas pelas crianças e jovens que fazem parte do projeto. As poesias e músicas são quase todas de artistas nordestinos, como Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga, que tiveram ao longo de sua existência um histórico de composições que não tinham como propósito a desvalorização da mulher e nem de atender ao mercado capitalista.

Quem também deve animar o público que acompanhará o recital é a apresentação da Peça “Esperança do Sertão”, idealizada pelo professor da URCA e um dos mentores do projeto ARCA, Carlos Alberto Tolovi. A peça reúne poemas e músicas que objetiva realizar reflexão sobre as condições de vida do povo cearense.


Alexandre Garcia deixa a TV Globo após 30 anos na emissora


O apresentador já comandou o Jornal Nacional e atualmente era comentarista político do Bom Dia Brasil.
(Foto: reprodução/ TV Globo).

O jornalista Alexandre Garcia deixará a TV Globo após 30 anos no ar. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel. No texto, é citada a grande contribuição do profissional: "Diante do trabalho exemplar ao longo de todos esses anos, é uma decisão que respeito". As informações são do Uol.

Ainda não se sabe a motivação por trás da decisão, mas especula-se que tenha a ver com o recente convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) feito a Garcia para integrar a equipe de comunicação do novo governo.

No comunicado da saída, Ali Kamel ainda afirma que Alexandre Garcia sairá da Globo mas "não deixará o jornalismo". O apresentador já comandou o Jornal Nacional e atualmente era comentarista político do Bom Dia Brasil.

Alexandre Garcia ainda não se pronunciou sobre o fato em suas redes sociais. Nessa quinta-feira, 27, ele divulgou um artigo, veiculado em 15 jornais Brasil afora, intitulado "Sai Michel entra Jair", referindo-se à posse de Bolsonaro na próxima terça-feira, 1º. (Com informações do O Povo).

Morre aos 93 anos Ialorixá Mãe Stella de Oxóssi


Mãe Stella lançou canal no YouTube. (Foto: Alan Tiago Alves/G1).

Morreu, nesta quinta-feira (27), na cidade de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo da Bahia, Maria Stella de Azevedo Santos, mais conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, aos 93 anos. A ialorixá estava internada no Hospital INCAR desde o dia 14 de dezembro, quando deu entrada com uma infecção.

A unidade de saúde confirmou o óbito por meio de comunicado oficial, em que lamentou o falecimento.

"É com grande pesar que informamos que a paciente Maria Stella de Azevedo Santos, de 93 anos, devido a sepse [infecção generalizada] de foco urinário, bem como insuficiência renal crônica associada a hipertensão arterial sistêmica, veio hoje a óbito às 16 horas [no horário da Bahia]".

O comunicado foi assinado pelos médicos José Geraldo de Souza Castelluci e Gilmar Ribeiro Silva Dias

A companheira de Mãe Stella, a filha de santo, psicóloga e escritora Graziela Dhomini também se pronunciou, em mensagem enviada por celular, após a confirmação da morte.

"Sei que Mãe Stella estará sempre a olhar por todos. Ela já partiu. Sempre lúcida e bricalhona, disse que vai encontrar comigo nos óruns (9 dimensões) e no Sol, isto é, na luz. Gratidão eterna", disse Graziela.

Desde 2017, Mãe Stella estava morando na cidade de Nazaré, a cerca de 210km de Salvador. Ela se mudou de Salvador para lá depois de um desentendimento entre filhos de santo do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, na capital, e a companheira dela, Graziela.

Biografia

Considerada uma das maiores ialorixás do país, Mãe Stella nasceu no dia 2 de maio de 1925, em Salvador. Foi a quarta filha de Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos.

Aos 13 anos de idade, foi levada pela tia, que a criava, para o terreiro de mãe Aninha, a fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá. Um ano depois, foi iniciada no candomblé. Na juventude, sempre gostou de ler. Formou-se enfermeira, profissão que exerceu durante 30 anos. Em 1976, aos 51 anos de idade, foi escolhida pelos orixás para ser a nova líder do terreiro de São Gonçalo do Retiro. Mãe Stella foi a quinta ialorixá a comandar o Ilê Axé Opó Afonjá.

Em 1999, Mãe Stella conseguiu que o terreiro fosse tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em 2005, recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Quatro anos depois, recebeu o mesmo título pela Universidade do Estado da Bahia. Além disso, Mãe Stella foi agraciada com a Comenda Maria Quitéria, da Prefeitura de Salvador, com a Ordem do Cavaleiro, do Governo do Estado, e a Ordem do Mérito, do Ministério da Cultura.

Estudiosa e divulgadora da crença religiosa africana, Mãe Stella foi a primeira ialorixá no Brasil a escrever livros e artigos sobre o candomblé. Em 2013, foi eleita por unanimidade para a Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira de número 33 cujo patrono é o poeta Castro Alves.

A ialorixá tem nove livros publicados, entre eles “Meu tempo é agora”, “Òsósi – O Caçador de Alegrias”, “Epé Laiyé- terra viva” e "Ófun".

A líder religiosa, cultural e social do seu povo sempre condenou o sincretismo religioso. Para a mãe de santo Stella de Oxóssi, candomblé é candomblé, e catolicismo é catolicismo. Não concordava com a fusão entre santos e orixás.

Sempre preocupada em garantir a preservação da cultura negra, Mãe Stella participava de conferências e dava palestras. No Ilê Axé Opô Afonjá, montou o primeiro museu aberto em uma casa de candomblé, onde podem ser vistas as roupas e os objetos usados pelas mães de santo da casa e pelos orixás.

O livro “Mãe Stella de Oxóssi – Estrela nossa, a mais singela!”, obra organizada pelo escritor Marcos Santana, conta a história de vida da ialorixá com poesias, depoimentos, resenhas e análises de algumas de suas produções intelectuais. A obra foi lançada em 2014, no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá.

O livro é uma coletânea que reúne resgate histórico e cultural, com textos de diversos autores, como: Edivaldo Boaventura, Muniz Sodré, Antonio Olinto, Jorge Amado, Fernando Coelho, Padre Arnaldo Lima, Dorival Caymmi, Jorge Portugal, Menininha dos Gantois, Detinha de Xangô, Marcos Santana e da própria Mãe Stella.

Em 2014, ela também foi homenageada da Flica, festa literária que é realizada todos os anos na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Na mesma época, criou a biblioteca itinerante adaptando um ônibus para levar a qualquer lugar livros que abordam curiosidades sobre todas as religiões. Pregava um respeito mútuo e uma convivência pacífica entre todas as crenças para que as pessoas se aproximassem pela fé.

Mais do que uma sacerdotisa de um dos mais importantes terreiros de candomblé do país, Mãe Stella de Oxóssi foi uma militante do resgate cultural de um povo.


Em 2017, Mãe Stella idealizou e lançou um aplicativo com orientações e mensagens de fé e motivação e ainda decidiu criar um canal no YouTube com ensinamentos e referências da cultura iorubá, memórias, depoimentos e textos sobre a sua vida.

O aplicativo disponibiliza áudios com mensagens motivacionais de Mãe de Stella, vídeos caseiros da intimidade da ialorixá, galeria de fotos e livros escritos pela mãe de santo em em formato e-book.

O canal no YouTube, por sua vez, intitulado "Da Cabeça de Mãe Stella", tem relação com uma das bandeiras que a ialorixá levantava, que é tornar mais acessível os ideais do candomblé, religião brasileira de matriz africana que resiste no país.

A ideia de criar o canal no YouTube surgiu da própria Mãe Stella que, como espectadora frequente de palestras filosóficas publicadas na plataforma, teve a ideia de veicular no site seus próprios ensinamentos da cultura iorubá. (Com informações do G1).

100 livros infantis com meninas negras




Este é um projeto do blog A mãe preta que busca trazer visibilidade para as meninas negras na literatura infantil.




100/100 A cor da ternura
Autora: Geni Guimarães
Ilustradora: Saritah Barboza
Editora: FTD

Esse livro encantador de Geni Guimarães é composto de vários contos que narraram episódios da vida da própria autora. São histórias lindas e contadas de um jeito tão meigo e terno que é impossível não se envolver e se emocionar. As histórias vão desde o fim da amamentação prolongada da Geni menina com a chegada de um irmão mais novo até uma experiência marcante da Geni professora diante da sua primeira turma de alunos.

A cor da ternura é uma obra espetacular e, mesmo sendo classificada como infantojuvenil, ela é uma deliciosa leitura para adultos.


099/100 As cores do mundo de Lúcia
Autor: Jorge Fernando dos Santos
Ilustradora: Denise Nascimento
Editora: Paulus

Nesse livro, Lúcia é uma menina de sete ou oito anos, muito inteligente e que adora brincar. Alegre e carinhosa com os pais e os avós, ela não pode enxergar, pois sofre de cegueira congênita. No entanto, descobre uma maneira divertida de perceber as cores no mundo a sua volta. Ela sabe usar como ninguém a audição, o olfato, o paladar e o tato, sentidos aguçados que lhe permitem perceber o mundo de uma maneira diferente.

O livro é muito poético e fala da cegueira de uma maneira muito natural. Um excelente material para falar sobre deficiência e também de exercitar novas formas de perceber o mundo.




098/100 Mariana Catibiribana
Autora: Nena de Castro
Ilustrador: Siderlino Santiago

Nessa historinha leve e divertida, Mariana descobre o prazer de brincar com as palavras e construir novos significados. Com trava-línguas e muito ritmo, esse livro é uma ótima opção para ser trabalho em escola e para contações de histórias.

Um livro que, a partir da fantasia, estimula a leitura. Muito lindo e muito legal para o público infantil em geral.





097/100 Lindas Águas: o mundo da menina rainha
Autor: Érico Brás
Ilustrador: Brunno Túllio
Editora: Uirapuru

Menina Princesa vive uma vida comum no Bairro da Liberdade com sua mãe, Dona Jurema, até que tudo se transforma com o seu inesperado mergulho no Rio de Ouro. Muitas surpresas e novidades se encontram no fundo desse rio. Assim, Menina Rainha aprende valores que fazem dela uma criança preparada para o nosso mundo. Navegar entre decisões e saber ser diferente fazem dela uma Rainha. E, quem nasce para ser rainha, precisa aprender a se transformar.

Uma forma bem bonita e poética de falar sobre ancestralidade e sobre os elementos da religiosidade de matriz africana.




096/100 Quando eu digo digo digo
Autora: Lenice Gomes
Ilustrador: André Neves
Editora: Paulinas

Um livro não linear, com adivinhas, provérbios, trava-linguas, cantigas e poesias.  Desconectando frases e reinventando ditos populares, a autora diverte e se diverte. O jogo de esconde-esconde segue com adivinhas que não trazem respostas prontas, e ficam suspensas no ar, seguras apenas pelas reações do leitor…

Para ser lido em voz alta e companhia, esse livro pode render uma diversão gostosa principalmente se as crianças já tiverem algum conhecimento desses ditos populares e brincadeiras.


095/100 Aya de Yopougon 2
Autora:Marguerite Abouet
Ilustrador: Clemente Oubrerie
Editora: LPM

Neste segundo volume, as amigas Aya, Adjoua e Bintou continuam suas aventuras  na Costa do Marfim. Adjoua, uma das melhores amigas de Aya, engravidou por descuido e deu à luz seu primeiro filho – que, no entanto, não se parece nem um pouco com o suposto pai: Moussa, o riquinho. A família de Moussa quer provas de que o bebê tem o seu sangue, e Adjoua se vê sozinha para cuidar de Bobby. Já Bintou se apaixonou perdidamente por um parisiense que está de férias na Costa do Marfim, e não tem mais tempo para as amigas. E uma visita inesperada vira de cabeça para baixo a vida de Ignace, o pai de Aya. Não bastasse tudo isso, uma ideia domina a cabeça das moças do bairro: se preparar para o concurso de beleza Miss Yopougon.

Temas atuais, linguagem dinâmica, ilustrações maravilhosas. Aya de Yopougon 2 é uma excelente leitura para jovens.


094/100 Afra e os três lobos-guarás
Autora: Maria Cristina Agostinho de Andrade
Ilustrador: Ronaldo Simões Coelho
Editora: Mazza

Este é mais um livro de releitura de contos clássicos infantis. Neste livro, os autores contam a história que ficou conhecida como “Cachinhos Dourados” ambientando-a em um contexto bem brasileiro, e substituindo os ursos da versão inicial por lobos-guarás. Uma forma de lançar um novo olhar para as histórias clássicas e aproximá-las da nossa realidade.


093/100 Nikkê

Autor: Édimo de Almeida Pereira
Ilustrador: Angelo Abu
Editora: Mazza Edições

Em Nikkè, os elementos terra e céu se encontram, inaugurando um diálogo que aponta para caminhos de esperança e transformação. Fios de cabelo puxam e amarram a trama, dando consistência ao sonho, unindo a terra ao céu, o inalcançável ao imprescindível, entrelaçando-se para mobilizarem o encontro entre as diferenças e criarem uma aliança capaz de transformar um cenário de fome em seu oposto: a abundância.



092/100  Eu não sou coelho, não!
Autora: Valéria Belém
Ilustradora: Adriana Mendonça
Editora: Companhia Editora Nacional

A menina pretinha da vez é Gisele, uma menina que fala pelos cotovelos! Um dia, porém, ela decide ser diferente - fica caladinha, quietinha.E então aprende que cada um é do seu jeito.E não tem por que mudar!

Um livro bacana para ser lido junto com a criança, ou para leitores em processo. Também rende uma bela peça teatral com as crianças. (Com informações do Blog Gente Preta).