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Mais de 300 pessoas disseram não a Bolsonaro neste sábado, 29, em Nova Olinda. (Foto: Lucas Nunes). |
Centenas
de manifestantes saíram às ruas de Nova Olinda, no sul do Estado do Ceará, no
início da noite deste sábado, 29, para protestarem contra as ideias
retrógradas, conservadoras e que incitam o ódio do candidato à presidência da
república Jair Bolsonaro (PSL).
A
manifestação foi convocada por universitárias/os, professores/as e ativistas
sociais e políticos e ações nas redes sociais. A concentração do ato se deu ao
lado da Escola Estadual Padre Luís Filgueiras onde houve a distribuição de
adesivos do “Ele não”, cartazes e faixas.
Com
perfis, pensamentos, propósitos e preferência partidárias diferentes, o ato
seguiu em caminhada e com o microfone disponível pelas principais ruas,
passando pela Avenida Perimentral Sul até chegar no calçadão da Prefeitura. Aqui
várias falas foram feitas.
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Centenas de pessoa em caminhada pelas ruas de Nova Olinda. (Foto: Nicolau Neto). |
Discorreram
a liderança política no município, Aureliano Souza, o ativista social Márcio
Santos, os universitários/as Enzzo Lima, Matheus Santos, Ana Karolyne, Kênia
Saraiva, Ranielda Bernardes, Willyam Luxo, Alan Cordeiro, o professor e
coordenador da Crede 20, Roberto Souza e o professor e ativistas dos direitos
civis e humanos das populações negras, Nicolau Neto.
Além
de se posicionarem contra as declarações que consideram machistas, racistas, misóginas
e homofóbicas feitas pelo candidato do PSL, os/as manifestantes - a grande
maioria constituída de mulheres -, frisaram para a importância de se elegerem
no próximo dia 7 candidatos e candidatas para o congresso nacional que não
apoiem a agenda de Bolsonaro. Segundo Aureliano e Roberto, por exemplo, tão
importante quanto saber escolher representantes que não compactuem com essa
agenda conservadora e retrógrada a nível de país e de estado, é não lembrar bem
dos rostos que promoveram a manifestação pró-Bolsonaro no último final de semana
em Nova Olinda para não os condirem mais uma vez a mandatos eletivos.
Enzzo,
Matheus, Karolyne, Márcio e Ranielda, Luxo e Kênia reforçaram a importância da
manifestação e que ela é o grito daqueles e daquelas que querem a construção de
uma sociedade baseada na respeito à dignidade das pessoas.
O
professor Nicolau destacou que aquele movimento foi histórico e que estava
muito feliz em participar e testemunhar uma aula de cidadania e de politização.
Nicolau frisou que o que reuniu pessoas de ideologias e preferência política partidária
diversa foi algo maior. “Nos reunimos para conter o avanço do conservadorismo,
do retrocesso e do ódio a grupos historicamente marginalizados”, destacando as
mulheres (que são maioria), negros (maioria), indígenas e comunidade LGBTTs.
Para ele, o posicionamento contrário as declarações do candidato do PSL não se baseia em
diferenças de projeto de país, mas porque ela desrespeita os princípios básicos
de uma nação que se pretenda democrática. E democracia se constrói e se
fortalece com respeito aos direitos humanos. Se faz e se amplia com politização
e com cidadania. “Nós queremos viver e conviver em harmonia”, finalizou.
A manifestação contou com cerca de 300 (trezentas) pessoas. Jovens de Altaneira também se fizeram presente.
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