Até
o dia 20 de setembro de 2017, aconteceram 277 homicídios contra LGBTs no
Brasil, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia. É a maior média de
assassinatos desde que os dados passaram a ser contabilizados, em 1980. Pela
primeira vez, a média de mortes ligadas à homofobia passou de um assassinato
por dia. Em 2017, a média foi 1,05 mortes por dia. Até então, a maior média
tinha sido registrada em 2016, quando aconteceram 343 assassinatos --o
equivalente a 0,95 morte por dia.
Do
247 - Como nem todos os casos são notificados, a situação dos LGBTs é ainda
pior. Segundo o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, são registrados os casos
em que a homofobia ou a transfobia foram um dos motivadores. A brutalidade é
marca presente em muitos dos crimes. Para Cerqueira, o aumento de violência ano
a ano é resultado de uma série de fatores: impunidade, a vulnerabilidade social
e o preconceito contra essas pessoas. O presidente do GGB cobra uma lei que
criminalize diretamente a homofobia.
Outra
entidade que faz um levantamento de casos é a Rede Trans Brasil. Segundo a
coordenadora de comunicação da rede, Sayonara Nogueira, desde 2008 o número só
cresce: em 2017, já foram registrados 125 assassinatos. No ano passado inteiro
foram 144. Sayonara não acha que exista aumento nesse tipo de crime. A maior
notificação acontece por mais circulação de informações e do monitoramento da
sociedade sobre esse segmento social.
O
Ministério dos Direitos Humanos recebeu 1.876 denúncias de violências contra
LGBTs em 2016. Os casos com maior número de registros contra LGBTs são
violência física, lesão corporal e maus-tratos, seguidos por homicídios.
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