Pode
parecer um absurdo que, em 2017, ainda existam racistas, homofóbicos, transfóbicos
ou nazistas – como visto, recentemente, em marcha pelos Estados Unidos. Mas
eles existem. No último sábado, foi coroada a nova Miss Brasil, que é negra e
nordestina. Monalysa Alcântara venceu o maior concurso de beleza nacional,
desbancando outras 26 competidoras e agora representará o país no Miss
Universo.
Da
Revista Fórum - Porém, durante a
competição, reações na internet revelavam o pior lado desses preconceitos
citados anteriormente. No Twitter, uma usuária desferiu a seguinte postagem:
“Credoooo! A Miss Piauí tem cara de empregadinha, cara comum, não tem perfil de miss, não era pra tá aí”.
Outro
um internauta escreveu no Facebook: “O
que é a famigerada brasilidade? É ser negra?”. Quando a apelação parecia
ter atingido todos os limites, um terceiro chegou a desejar a morte da
vencedora, antes do Miss Universo, para que a segunda colocada ficasse com o
posto de representante do Brasil.
Enquanto
isso, a nova Miss Brasil seguia rumo ao topo e na fase de perguntas e
respostas, a representante do Piauí mostrou a que veio. “Minha super estratégia será ser eu mesma: uma mulher nordestina, que
passou por diversas coisas, muitas dores que fizeram ser quem eu sou hoje. Vou
ser eu mesma. Não tem segredo”, afirmou, quando questionada sobre como
representará a beleza brasileira internacionalmente.
Monalysa
revelou ainda que, quando criança, não se reconhecia como negra. “Através da minha história, vou ajudar as
mulheres negras a se acharem mais bonitas e mostrar que elas são capazes de
seguirem seus próprios sonhos, assim como eu segui o meu”, disse.
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