O
presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) admitiu ao jornal Folha de S. Paulo
que cogita suspender o recesso da Câmara caso o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, apresente denúncia contra o presidente Michel Temer nas próximas
semanas. Aliados afirmam que uma denúncia traria prejuízos à economia. O
recesso parlamentar é previsto pela Constituição entre os dias 17 e 31 de
julho.
Do
Congresso em Foco - A expectativa é
que Janot apresente uma denúncia contra Temer, com base nas gravações da
conversa do presidente com o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS,
na próxima semana. Para que o presidente passe a ser formalmente investigado em
um processo, é necessário que a Câmara dos Deputados autorize. Desde o início
da semana, a estratégia adotada pelo Planalto é que, assim que recebida, a
denúncia seja votada o mais rápido possível, uma vez que Temer acredita ter os
172 votos necessários para barrar o pedido da PGR. Ela seria analisada primeiro
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a base de Temer é maioria.
Um
dos principais aliados do Planalto na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MT) disse à
reportagem do Congresso em Foco que uma denúncia da PGR poderia trazer
prejuízos à economia. “Uma nova denúncia
contra o presidente tem a possibilidade de trazer prejuízos à economia
brasileira. Ela só deve acontecer se, efetivamente, existirem bases sólidas e
provas factíveis que justifiquem uma atitude desta magnitude”, disse o
peemedebista.
Do
lado oposicionista, o petista Paulo Teixeira (PT-SP) também conversou com a
reportagem do Congresso em Foco, e afirmou que a renúncia de Temer e a
aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que anteciparia o pleito
de 2018 é a solução para a crise política que o País enfrenta. Teixeira também
disse outra frente de de atuação da oposição é a aprovação, pela Câmara, do
pedido para processar Temer.
Maia
disse à reportagem da Folha que a denúncia será a pauta prioritária da Casa
assim que recebida, uma vez que a as demais agendas da Câmara só seriam
retomadas com tranquilidade após resolvida essa questão.
Mais
cedo nesta semana, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou
que não havia possibilidades de alterar o recesso parlamentar.
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