Do
Brasil 247
O
presidente da OAB, Claudio Lamachia, passou um vexame histórico em Brasília na
tarde desta segunda-feira 28, ao ser barrado na tentativa de entregar ao
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um novo pedido de impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff.
Um
grupo de advogados, aos gritos de "não
vai ter golpe" e "a OAB
apoiou a ditadura", tentou impedir a entrada de Lamachia na sala de
Cunha. Outro grupo, em apoio ao presidente da OAB, gritava "fora, PT". "Nesse momento os advogados que defendem a Democracia
e a Constituição estão rechaçando o descabido pedido de impeachment da OAB",
comentou no Twitter o deputado Wadih Damous (PT-RJ), que estava no local.
Lamachia
recebeu mais cedo, nesta segunda, três pedidos de advogados para que a Ordem
realizasse uma consulta ampla à categoria sobre a questão e adiasse a entrega
do novo pedido de impeachment (leia mais). Segundo Lamachia, os pedidos para
suspender a decisão da entidade de apoiar o afastamento de Dilma não
representam a categoria e negou que haja um racha na instituição. Lamachia
ponderou ainda que a decisão de apoiar o afastamento da presidente foi técnica
e ouviu mais de 5 mil dirigentes da Ordem.
Com
o tumulto no Salão Verde da Câmara, que durou mais de uma hora, Lamachia
desistiu de entregar o pedido diretamente a Cunha, que é réu no Supremo
Tribunal Federal por corrupção, e decidiu apenas protocolar o pedido. Em
coletiva após a entrega do documento, Lamachia disse que a OAB "não se manifesta na linha da política
partidária", e que não estava lá defendendo governo ou oposição, mas
sim "em nome dos cidadãos".
Ele rechaçou novamente que haja um racha na instituição. "De maneira
alguma", assegurou.
Confira aqui a íntegra do pedido de impeachment da OAB, divulgado pelo portal jurídico
Jota.
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