Em
entrevista ao programa Observatório da Imprensa, na TV Brasil, a doutora em
Filosofia Viviane Mosé comentou sobre o discurso hegemônico adotado pela mídia
brasileira em relação à atual situação política e econômica do país. Para ela,
a falta de uma abordagem mais aprofundada em relação a esses assuntos cria um
debate “pobre e simplista”.
“Nós não
temos uma notícia sobre o perigo da instabilidade econômica mundial, da
situação da Europa, da situação dos Estados Unidos, da China e o que significa
o Brasil ali. Então, a crise brasileira é vista isoladamente. Ela não tem
contexto. Mas, espera aí, o papel da imprensa não é dar contexto a esse debate?”,
questionou.
Mosé
criticou ainda a forma com que a imprensa tradicional seleciona as reportagens
que serão publicadas. Ela afirma que os avanços do país deixam de ser
noticiados para evitar passar uma boa imagem do governo. “Além de um problema cognitivo e intelectual grave, é partidário, é
gueto, é sectário”, alertou sobre o posicionamento dos veículos de
comunicação. “O que representa esse
governo pode ser discutido eternamente, mas existe um fato: nós temos alguém no
governo e o país precisa caminhar”, completou.
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