Em
20 de janeiro de 1931 nascia em Cachoeira do Paraguaçu, localizado no Recôncavo
Baiano, Beatriz Moreira Costa, tendo como genitores Maria do Carmo e Oscar Moreira.
Ela teve em seus pais fonte de inspiração e os viu como exemplos de vida
Dona
Maria do Carmo, negra trabalhadora, mas de saúde frágil, legou à sua filha grande
respeito à pessoa humana e seu pai, Oscar, a característica de saber lidar com
as ferramentas do trabalho e da vida.
Conforme
apurou o Portal Palmares, já na década de 1950, Beatriz mudou-se para a cidade
de Salvador, onde foi iniciada para o orixá Iemanjá no candomblé por Mãe Olga
do Alaketu. Mesmo presa a princípios tradicionais em razão da influência de uma
família patriarcal tornou-se de vanguarda ao fazer cursos de teatro amador e
participar de grupos folclóricos. Casa-se com Apolinário Costa com quem teve
quatro filhos. Em 1969 Biata separou-se de seu marido e migrou com os filhos
para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida.
Sem
apoio da família consanguínea, é na família-de-santo que encontra acolhimento,
a história se repete no sentimento de resistência do quilombo contemporâneo que
reconstrói a auto-estima desta mulher negra. O Ilê Omi Oju Arô, comunidade na
qual Biata é sacerdotisa suprema, atua em diversas frentes sociais: religião e
saúde, luta contra formas de discriminação e intolerância religiosa, cultura da
paz, acesso à educação, ações afirmativas, direitos humanos e movimentos de
mulheres negras.
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