Eugênia
Anna Santos, ou simplesmente Mãe Aninha, é filha de africanos e teve instrução
no Candomblé, em Engenho Velho – a casa de mãe Nassô. Este local foi fundado
ainda no século XIX, por volta dos anos de 1830, na Bahia, vindo a ser o
primeiro regularizado. Foi a partir desse espaço que ela decidiu sair e ter sua
nova casa, o Ilê Axé Opô Afonjá – considerado hoje Patrimônio Histórico
Nacional.
O
Candomblé e seus adeptos no Brasil sempre encontraram em Mãe Aninha uma
guerreira e uma lutadora no que tange ao fortalecimento e ao livre exercício
dessa denominação religiosa. Ela teve participação direta e indireta ainda no Governo
Getúlio Vargas, por intermédio do então ministro Osvaldo Aranha, que era seu
filho de santo, na revogação do Decreto Presidencial nº 1202, que proibia os
cultos afro-brasileiros em 1934.
Conforme
informações disponibilizadas no Portal A Cor da Cultura Negra, Mãe Aninha foi uma
personalidade importante, muito respeitada e popular, principalmente nos
candomblés do Estado da Bahia. Falecida no ano de 1938, a ialorixá Mãe Aninha
foi sucedida por Mãe Bada de Oxalá e, posteriormente, por Maria Bibiana do
Espírito Santo, Oxum Muiuá, popularmente conhecida como Mãe Senhora de Oxum.
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