Será
que o futuro do Brasil pode ser decidido – ou voltar a ser decidido – em jantares nos Jardins paulistanos?
Pois
parece que a melhor fonte de informação das articulações de campanha de Aécio
Neves, em lugar das páginas de política é nas colunas sociais, mais
especificamente as que narram os potins (recordem-se de Ibrahim Sued, que
chamava assim aos mexericos) ocorridos no apartamento do socialite João Dória
Júnior.
Foi
lá que, há duas semanas, o site de “ricos e famosos” Glamurama, do UOL, se apresentou o quem-sabe-e-deus-nos-livre
Ministro da Fazenda de Aécio, o indelével Armírio Fraga, naquele jantar onde se
prometeu aos “papa-fina” as tais medidas impopulares que não se conta para a
turma que, no dizer de Horácio Lafer Piva, “vota com o estômago”.
polAgora,
novo ágape tucano no mesmo apê, e no Glamurama, diário oficial do pessoal da
cobertura – um andar acima do andar de cima do Elio Gáspari – e confirma-se que
Mara Gabrilli é a vice favorita do alto tucanato.
Com
todo o respeito pela história de superação pessoal da deputada, é incrível que
o destino de um país de 200 milhões de habitantes seja decidido nestes eventos
sociais da nata financeira, com as mãos devidamente banhadas em lavanda.
A
nossa Corte tupiniquim, com seus condes, barões e duques da grana, ainda acha
que é possível governar um país sem povo.
E
o pior é que alguns na esquerda passaram a achar que é preciso apenas ser
“gestor” para bem administrar.
Muitos
acham que a política é “suja”, e até é, em muita coisa que deve ser combatida.
É
que não imaginam o quanto são sujos estes ambientes “limpinhos” do dinheiro
grosso.
A
análise é de Fernando Brito e foi publicada originalmente no Tijolaço
Sempre cáusticos, o seus posts, caro Nicolau. Mas é importante que alguém tenha essa coragem. Continue firme no seu caminho.
ResponderExcluirAproveito para lhe desejar uma boa Páscoa, com a família reunida
Ruthia d'O Berço do Mundo