“Cavalo
não desce escada”, avisava o folclórico Ibrahim Sued, pai do colunismo
social, antes de seu “ademã, que eu vou em frente”.
Muito
menos o PMDB sai de Governo, a não ser que tenho outro prontinho, ali na
frente, para colocar os pés.
E,
claro, as mãos.
O
Blocão durou apenas o tempo do blefe mal sucedido, porque a rosa de Malherbe
não merece a comparação com o odor fétido que se expeliu das nossas valorosas
representações parlamentares.
Diz
a Folha “que dos oito partidos
governistas que integravam o blocão, só restam quatro: PMDB, PR, PTB e PSC.”.
O
PR já avisou que vai desembarcar na terça. O PTB, creio eu, deve sair até
antes.
O
Governador Sérgio Cabral, com uma carinha de falsa compunção, jura que vai
apoiar Dilma e só quem aceita nota de três reais acredita na historinha que ele
mandou plantar, de que a Presidenta Dilma disse que candidatura do PT no Rio é
“invenção do Lula”.
Eduardo
Cunha se apresentará para negociar com suas tropas reduzidas aos dissidentes de
sempre no PMDB.
E
nesta tropa estropiada, nem 10% se interessam pela votação do marco civil da
internet. Essa causa – chamemos assim, por elegância – é do próprio Cunha.
Dependendo
das articulações que passam ao largo do “Jim Jones” peemedebista, ele não leva
essa.
Vai
ser tratado com seco respeito, por determinação de Dilma Rousseff.
Hoje,
sentido o peso, Cunha passou a manhã a xingar a imprensa no seu twitter, depois de ter chamado ontem a revista Istoé de “Quantoé”.
Agora
o alvo é , além de André Singer, por seu artigo na Folha, o colunista Lauro Jardim, da Veja (onde
Reinaldo Azevedo salta em sua defesa), de quem diz servir como “jardim do
Governo”.
A
razão? Esta nota.
“O Palácio do Planalto detectou alguns
movimentos feitos por Eduardo Cunha antes de articular a convocação de dez
ministros para depor na Câmara.
Cunha encontrou-se com Eduardo
Campos e Aécio Neves. De acordo com as informações com as quais Dilma Rousseff
trabalha, quem intermediou a conversa entre Aécio e Cunha foi Sérgio Cabral.
A propósito, o governo já definiu
qual será o próximo lance de seu enfrentamento com o líder do PMDB. O alvo
escolhido é Fabio Cleto, feito em 2013 vice-presidente da CEF pelas mãos de
Eduardo Cunha.
Cleto é também integrante do
conselho do Fundo de Investimentos do FGTS, que cuida de uma bolada de 32
bilhões de reais em investimentos, e pleiteia a presidência do órgão. Sua
cabeça deve rolar até o fim de março.”
Cunha
caminha para ser um destes paradoxos: vai ser engolido por sua própria goela.
Via Tijolaço
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