“O PSOL é democrático, socialista e de massas”, disse Ivan Valente na abertura do IV Congresso Nacional




De pé, militantes cantam o hino da internacional comunista
Foto: Tatiane Malta.
Com a disposição e o propósito de reafirmar o PSOL como a alternativa de esquerda socialista do país, militantes de norte a sul do Brasil participaram na noite desta sexta-feira, 29, da abertura do IV Congresso Nacional desta agremiação. As animadas palavras de ordem entoadas ao longo de toda a noite no auditório lotado do Centro de Treinamento da CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria), em Luziânia, cidade do entorno do Distrito Federal, comprovaram a disposição da militância em aproveitar os três dias de encontro para debater a conjuntura, definir as ações programáticas do partido para os próximos dois anos, eleger a nova direção e também definir quem representará a agremiação nas eleições presidenciais de 2014.

Estamos dando início a um processo muito importante e rico do nosso partido. O desafio que está colocado é a nossa capacidade de fazermos a leitura da realidade. De ver a realidade com os olhos da população e termos a capacidade de dialogar com esses setores. A nossa militância tem que estar do lado dos trabalhadores”, disse o Secretário de Finanças do PSOL, Francisvaldo Mendes, o primeiro dirigente nacional a falar na abertura do evento.

Representando as mulheres na mesa de abertura, a vereadora de Belém e membro da Executiva Nacional do PSOL, Marinor Britto, ressaltou que o partido quer uma sociedade diferente, em que não haja diferença entre homens e mulheres. “Todos nós que estamos nesse partido temos disposição de lutar pela transformação da sociedade. Todos nós fomos às ruas com a juventude nas jornadas de junho. Temos uma tarefa a cumprir nesse momento histórico. E precisamos nos debruçar sobre o nosso papel no próximo período. Não temos tempo a perder”, enfatizou Marinor.

O secretário-geral do PSOL, Edilson Silva, ao saudar os participantes do IV Congresso Nacional, lembrou a história do partido e as expectativas que muitos carregavam ao romper com outros setores do campo da esquerda para construir um novo partido. Na avaliação de Edilson, passados quase dez anos o PSOL conseguiu se firmar como uma importante alternativa de esquerda socialista e democrática. “O PSOL tem feito a diferença. Os nossos parlamentares estão entre os mais bem avaliados no Congresso Nacional. A nossa militância esteve nas ruas nas jornadas de junho. E nós precisamos sair desse congresso armados e preparados para estarmos ao lado dos trabalhadores e do povo”, finalizou o secretário-geral.

O prefeito da única capital governada pelo PSOL, Clécio Luis, saudou os participantes do congresso como representante da militância da região Norte, lembrando as medidas de inclusão já adotadas pelo seu governo em Macapá. “Trazemos a experiência de uma prefeitura da região Norte, na Amazônia. De uma cidade que tem a menor tarifa de ônibus do país e que foi uma das primeiras a implementar o passe livre para os estudantes. Uma prefeitura que tem o congresso do povo e governa com participação popular”, enfatizou. Clécio aproveitou a sua fala para ressaltar a importância da unidade da militância do partido. “O PSOL é um partido nacional, que tem militantes de norte a sul, e por isso tem que ter unidade. Mas uma unidade que compreenda que cada região do país tem as suas especificidades”, pontuou.

Reafirmando a fala do companheiro de partido e de estado sobre a importância da unidade, o senador Randolfe Rodrigues abriu sua fala citando um trecho do hino da Internacional Comunista (grifo nosso (Informações em Foco)): “paz entre nós e guerra aos inimigos”. Sob fortes aplausos do auditório lotado, o senador, que também é um dos pré-candidatos à Presidência da República pelo PSOL, foi enfático ao dizer quem são os verdadeiros inimigos dos trabalhadores e do povo brasileiro. “O inimigo número 1 é o agronegócio, o capital financeiro, as grandes empreiteiras. E eles não estão aqui. Eles estão de outro lado”, enfatizou Randolfe. Ao falar dos desafios do PSOL no próximo ano, o senador amapaense destacou que o partido precisa trabalhar para aumentar a sua bancada no Congresso Nacional, fazendo uma referência aos deputados federais. “A nossa bancada na Câmara é de longe a melhor. São três deputados, mas que valem por 30, 60 e até por 100 deputados. Quando ampliarmos essa nossa bancada, imaginem o trabalho que vamos dar ao agronegócio, aos ruralistas e aos grandes empresários”.

Ivan Valente - presidente do PSOL na abertura do IV
Congresso Nacional.
Com um clima de entusiasmo e grandes expectativas predominando no auditório, o presidente do partido, deputado Ivan Valente, encerrou a abertura agradecendo a participação de todos os militantes presentes e convidou os delegados a pensar, nos três dias de congresso, nas ações para enfrentar a ofensiva do “agronegócio, dos banqueiros e dos grandes empresários”. Em sua fala de encerramento, interrompida constantemente por fortes aplausos da militância, Ivan Valente reforçou o entendimento de que nesses anos o PSOL tem se firmado como um partido programático, de esquerda e socialista. “Nós somos a opção para ocupar o espaço à esquerda. Queremos e temos condições de ter o melhor programa para as eleições do ano que vem. O PSOL nasceu para superar o capitalismo, pois ele é socialista, democrático e de massas. Que saiamos daqui armados para a luta nas ruas. Viva o PSOL, viva os trabalhadores”, finalizou Ivan Valente.



Via Psol50

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