São
20 horas e a mensagem de Dilma propondo o plebiscito já caiu das principais
chamadas dos sites de notícias.
No
lugar dela, a morte do projeto da “cura-gay”.
Espero um pouco mais, e vem o Jornal Nacional. Lá no fim, depois de uma imensa reportagem sobre a indústria em queda e a inflação em alta, vem a matéria sobre o plebiscito.
O
vice-presidente Michel temer só falta pedir desculpas por ter levado a proposta
de Dilma ao Congresso.
Os
líderes da base “não tão aliada” querem que isso vire referendo para 2014.
Aecinho,
pontificando, diz que Dilma mandou uma proposta que até ela sabe que não é
possível viabilizar.
Os
líderes acharam tudo complicado e só vão falar isso na semana que vem.
Depois,
destaque na nota do TSE de que, se o Congresso não implementar, até o início de
outubro, o resultado do plebiscito ”não
haverá efeitos, no pleito eleitoral subsequente, o que pode ser fator de
deslegitimação da chamada popular”.Claro, não houve menção ao final da nota,
onde a Ministra Carmen Lúcia e os 27 presidentes de TREs dizem que “o sonho do
povo brasileiro é a democracia plena e eficiente.
O dever do juiz é garantir o
caminho do eleitor para que o sonho venha a ser contado para virar a sua
realidade. O juiz não se descuida do poeta. É a sua forma de atentar ao
eleitor, única razão de ser da Justiça Eleitoral”.
Dois
ex-ministros do TSE aparecem para dizer que “não haverá tempo”.
Resumo
de tudo, nas palavras do líder do PT na Câmara, José Guimarães: “quando se
quer, dá tempo; quando não se quer, não dá”.
Alguém
acha que o Congresso quer reforma?
E
assim, ficamos com a nossa triste ordem democrática, onde o povo votar e
decidir qualquer coisa diferente do interesse de suas elites é inviável.
Via
Tijolaço
Assisti por algumas horas os discursos dos parlamentares (senadores) pela TV Senado e como outrora afirmei aqui mesmo nessa rede não me surpreendi, mas fiquei bestializado com as palavras destes em prol do "cancelamento da voz do povo" via plebiscito. Os mais ousados nessa tarefa, claro, incluem-se os do gueto Demotucanos. Eles, os parlamentares não querem que o povo decida sobre a forma de financiamento de campanha, pois já sabem o resultado. Talvez seja por isso que estão se valendo de desculpas esfarrapadas, como por exemplo, o auto custo que geraria aos cofres públicos. O Financiamento público seria a sentença de morte de muitos políticos e, concomitantemente de muitas empresas privadas, de grandes empresários, da mídia golpista e conservadora, mas seria um caminho para diminuir um dos maiores cânceres do Brasil, a saber: a corrupção. Vocês acreditam que o Congresso quer reforma?
ResponderExcluir