Seca: O insistente entrave é social, não hídrico




O probelama da seca é social, não hídrico

A seca é, sem dúvida, um dos principais problemas a ser sanado no Brasil. Mas não com como vem sendo amplamente combatido pelos poderes instituídos, via políticas de controle social, utilizando a seca como instrumento de coerção social.

Quando se fala de Seca é comum se dizer que se trata de um fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na precipitação de chuvas ou a sua distribuição irregular, que acaba prejudicando o crescimento ou desenvolvimento das plantações agrícolas. Durante muito tempo e, ainda hoje há esse tipo de pensamento que, por si só não se sustenta mais.

Por diversos anos, principalmente no Estado do Ceará, uma das principais violências que a população sofreu (e ainda hoje sofre) foi com a seca.  Os governantes do período se apoiaram no discurso acima, ou seja, a seca como fenômeno natural, para utilizá-la como instrumento político e de controle social, sem pensar em formas que não fossem alienantes para diminuir e até, superar de fato, os problemas advindos da seca.

Menos comum é falar em seca mencionando que os problemas dela gerado é fundamentalmente uma das piores violências sofridas pela humanidade. Uma vez que só se resolve os diversos empecilhos desta se a tratarmos como questão de vontade política.  

O insistente problema da seca está cada vez mais longe de ser sanado por que a população, principalmente as do interior dos Estados, de comunidades rurais, onde o único acesso para informação são as emissoras de rádio, não possuem consciência de que o problema não é falta de água, uma vez que esses veículos de comunicação estão a serviço dos poderes institucionais constituídos, funcionam, na grande maioria das vezes como quintais das administrações, comprando essa falsa ideia e divulgando-a.  Insere-se aqui ainda as novas mídias, como as redes sociais que apesar de está contribuindo de forma significativa para superar a regulação da imprensa, ainda é insuficiente, fundamentalmente porque não abarca todos os níveis sociais. Sem falar que até mesmo nas redes sociais há certa manipulação fatos, omissão, culminando também em um complexos de divulgações desses falsos discursos.

Essa afirmativa derruba facilmente aquelas mesmices de que o que caracteriza o nordeste é falta de água. Deve-se frisar que o nordeste é detentor do maior volume de água represado em regiões semi-áridas do mundo. São 37 bilhões de metros cúbicos, estocados em cerca de 70 mil represas. A água existe, todavia o que falta aos nordestinos é uma política coerente de distribuição desses volumes para o atendimento de suas necessidades básicas. Se assim é, então, o que falta?

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