O historiador José Roberto Pinto
de Góes faz uma crítica dura à lei de 2003 que estabelece a obrigatoriedade do
ensino da “História e Cultura Afro-brasileira” nas escolas. O texto compõe o
encarte ‘Sobrecultura’ da CH 281.
Quem
pode ser contra o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira,
não é? Eu ficaria feliz se fosse ministrado por professores estudiosos do
assunto. Mas não é disso que trata a iniciativa, infelizmente.
Ela
não tem a finalidade de ensinar história, mas de reeducar os nossos jovens na
gramática da ideologia racialista. O propósito é suscitar entre eles uma
consciência de pertencimento a uma raça e a soberba do orgulho racial.
Se
vocês pensam que exagero, leiam o parecer do Conselho Nacional de Educação, do
Ministério da Educação (parecer CNE/CP003/2004), que aprovou a criação da
disciplina. É uma resolução oficial, está disponível na internet.
Confessadamente,
a iniciativa não visa ao aprimoramento cultural e científico dos alunos, mas
faz parte de uma suposta demanda de supostos afro-descendentes por políticas de
reparação.
Quer
reeducar nossa juventude, ensinando que “a sociedade é formada por pessoas que
pertencem a grupos étnico-raciais distintos” e disseminando “atitudes, posturas
e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial”.
Para
tanto, pretende recorrer a uma pedagogia do constrangimento, fazendo “emergir
dores e medos que têm sido gerados” entre brancos e negros desde os tempos
coloniais até os dias de hoje.
O
parecer diz também que a escola deve alertar a todos “a respeito de equívocos
quanto a uma identidade humana universal”. É preciso dizer mais? Vai dar certo?
Não, não vai.
Fica
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