Você
sabe o que é mercado de carbono? E os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo
(MDL)? Já ouviu falar em Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação,
Conservação, Manejo Florestal Sustentável (REDD)? Pagamento por Serviços
Ambientais (PSA)? Todos estes instrumentos e conceitos, que fazem parte da
assim chamada economia verde, estão explicados e detalhados na cartilha "O
Lado B da Economia Verde - Roteiro para uma cobertura jornalística crítica da
Rio+20".
Com
exemplos de como tais mecanismos têm sido aplicados na prática no Brasil e
opiniões críticas de acadêmicos e especialistas, a cartilha foi pensada para
auxiliar jornalistas envolvidos na cobertura do evento, mas pode ser útil para
qualquer um que tenha interesse em aprender e se aprofundar sobre os temas em
discussão.
Produzida
em parceria da Fundação Heinrich Boell com a Repórter Brasil, a cartilha traz uma análise sobre o novo ambientalismo
de mercado que tem permeado os debates em torno da na perspectiva de seus
críticos. Uma das principais pautas da conferência, a economia verde ainda
carece de consenso entre os negociadores dos Estados-membros das Nações Unidas
quanto à sua conceituação e definição. Grosso modo, porém, seus proponentes
apostam em um uso mais economicista dos recursos naturais – rebatizados de
capital natural, defendendo novas regras de lucratividade inerentes à
preservação ambiental, para que ela se justifique.
Modelo de desenvolvimento
A
premissa de que a proteção do meio ambiente só ocorrerá se for economicamente
vantajosa, no entanto, tem sido duramente criticada por parte da sociedade
civil organizada, cientistas e acadêmicos. De acordo com eles, esta lógica
deixa de fora os aspectos científicos e biológicos ligados à saúde do planeta,
e sociais, culturais e espirituais inerentes à sobrevivência das populações
rurais e tradicionais que dependem e convivem com a natureza e seus recursos.
Acima de tudo, nega o fato de que as crises climáticas e ambientais são
decorrência direta de um modelo de desenvolvimento intrinsecamente predador e
depredador.
Abordando
este debate numa perspectiva crítica, a cartilha traça um quadro das várias
forças que deverão atuar na Rio +20, focando em seguida nos principais
instrumentos já criados ou propostos para fortalecer o ambientalismo de
mercado. Basicamente, são analisados os conceitos de mercado de carbono,
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), Redução de Emissões por Desmatamento
e Degradação, Conservação, Manejo Florestal Sustentável (REDD) e Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA). Além de explicar criticamente o funcionamento destes
instrumentos, a cartilha aborda seu status no Brasil e traz exemplos polêmicos
de sua aplicação no país.
Fonte: RECID
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