REPRESENTANTES DO PROERD FAZEM DISCURSOS NA CÂMARA MUNICIPAL DE ALTANEIRA

FRANCISCO P. RABELO 
(CAPITÃO DO RONDA DE CRATO)

O Poder Legislativo Municipal de Altaneira foi palco na tarde ontem (28/02), de discursos Proferidos pelos Representantes do PROERD – Programa Educacional de Resistência as Drogas e Violência.

No ensejo, discorrera Francisco Paulo Rabelo, Capitão do Ronda Da Cidade do Crato, o Cabo Demontier e o Soldado Aurélio, esses dois sendo Educadores do PROERD.  Os mesmos mencionaram a importância do Programa na prevenção do uso indevido de drogas, citando, inclusive o Art. 19, incisos X e XI deste que frisam que uma das principais características deste é o desenvolvimento de ações contínuas:  

X -  Estabelecer a implantação de políticas de formação continuada na área  de prevenção do uso indevido de drogas para profissionais  da Educação nos três níveis de ensino.

XI - A implantação de Projetos Pedagógicos de prevenção do uso indevido de drogas, nas instituições de Ensino público e privado, alinhado as diretrizes curriculares nacionais e aos conhecimentos relacionados as Drogas.
Ainda aqui, foi ressaltado também os Municípios que já sancionaram Leis para regulamentar o trabalho do PROERD. Cita-se aqui Caririaçu, Barbalha, Aurora e Juazeiro Do Norte. “Esperarmos que Altaneira se torne o próximo Município”, disse o Cabo Demontier.

A Presença dos Representantes do PROERD se deu em virtude do Projeto de Lei 010/2011 Alusivo a Criação e Regulamentação do Programa de Prevenção as Drogas e a Violência em Altaneira, de autoria do Vereador Flávio Correia (PCdoB), apresentado na Sessão do dia 21 de fevereiro.

URCA: GOVERNO AUTORIZA CONCURSO PARA CONTRATAÇÃO DE 168 PROFESSORES TEMPORÁRIOS


Foi aprovado pelo Governo do Estado, edital para seleção de 168 professores temporários para a Universidade Regional do Cariri (URCA). Os docentes irão atuar na Unidade Descentralizada de Iguatu, que conta com quatro cursos da Instituição.

O edital, segundo a Reitora Otonite Cortez, que esteve recentemente participando de reunião em Fortaleza, sobre autorização das vagas para o concurso, encontra-se em análise na Secretaria de Planejamento do Governo do Estado (Seplag).

A Universidade aguarda a publicação em edital, em breve, para a divulgação das datas de inscrição e realização do certame. A perspectiva é que ainda aconteça durante o mês de março.


Fonte: URCA

O Pecado de Olhar


Como a foto de uma menina sudanesa observada por um abutre, feita no Sudão em 1993, mudou a história do fotojornalismo e a vida do homem que a capturou

O avião que trazia a ajuda humanitária havia pousado há alguns poucos minutos no chão seco e arenoso do povoado de Ayod, Sul do Sudão. Em questões de segundos, centenas de pessoas, envoltas em farrapos ou mesmo nuas, debilitadas pela fome e pelo calor, corriam desesperadamente de um lado para outro tentando garantir o seu quinhão de comida. Em meses, aquela era a primeira ajuda que recebiam e não sabiam quando ou se haveria uma próxima. No meio da confusão, o fotojornalista sul-africano Kevin Carter, que tinha chegada a aldeia no avião, apontou sua câmera para uma cena aterradora, que nunca deveria acontecer: uma criança esquelética, contando não mais do que cinco anos, estava agachada, olhando para o chão, como se escondendo do mundo. Atrás dela, muito próximo, um abutre a observava pacientemente. Mesmo terrível, a cena era real, assim como a foto tirada por Kevin naquele quente mês de março de 1993. O fotografo ainda não tinha como saber, mas aquele registro se tornaria um dos mais impressionantes da história do fotojornalismo e mudaria a sua vida.

Kevin Carter não era o único fotojornalista em Ayod naquele dia. Ele tinha João Silva como companheiro. Os dois faziam parte do que se convencionou chamar de Clube do Bangue Bangue. Era assim que boa parte da imprensa mundial chamava um grupo de quatro fotojornalistas sul-africanos que cobria as tensões ocorridas nos últimos momentos da África do Sul do Apartheid. Além João e Kevin, o núcleo original do “clube” era formado por Greg Marinovich e Ken Oosterbroek. Em março de 1993, entretanto, Kevin e João não estavam cobrindo nenhum discurso de Mandela ou conflitos entre as etnias xhosas e zulus. Eles tinham viajado ao Sul do Sudão para tentar registrar o que acontecia em um dos lugares mais instáveis e violentos do planeta na época.

O Sudão estava em dividido em uma guerra longa guerra. Na época, a imprensa e os grupos humanitários falavam até mesmo em “genocídio” no país. As tribos cristãs do Sul do Sudão tinham se reunido sob o grupo rebelde Sudanese People’s Liberation Army, o SPLA, ou Exército de Libertação do Povo Sudanês. Lutavam contra o governo Cartum, dominado por nortistas islâmicos desde a independência do país, em 1956. Nos anos 1980, o conflito havia se intensificado, especialmente quando o governo adotou a lei islâmica, a xirá. Kevin e João tinham o objetivo de fazer uma reportagem sobre a recente e violenta divisão do SPLA.

Para os jornalistas, o Sudão nunca foi um país fácil de trabalhar. Incomodavam os líderes guerrilheiros. Nem mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU), tinha facilidade para entrar no espaço aéreo do país e pousar. Os rebeldes eram quase inflexíveis com esse tipo de permissão. Mesmo assim, Kevin e João decidiram tentar a sorte. Em março de 1993, saíram da África do Sul direto para Nairóbi, capital do Quênia e melhor ponto de trânsito para viagens ao Sul do Sudão. Ficaram estacionados na cidade durante dias, sem ter muito o que fazer. Os conflitos no Sudão estavam intensos e não havia autorização ou interessados em fazer o trajeto. Quando as esperanças (e os recursos financeiros) estavam próximos do fim, chegou a oportunidade que tanto esperavam: facções rebeldes tinha dado permissão à ONU para pousar e descarregar os mantimentos. João e Kevin seriam bem-vindos no voo. Os dois comemoraram e aceitaram prontamente a oferta.

O convite não era altruísta, mas sim uma jogada política da ONU, que enfrentava grandes dificuldades em obter fundos para o Sudão. Recentemente, a organização havia feito um apelo internacional por 190 milhões de dólares. Mas nem um quarto do montante havia sido conseguido. Levar dois fotojornalistas, neste sentido, poderia ser uma forma certeira de chamar a atenção do mundo para o drama do país africano. As fotos que poderiam surgir daquele pouso do avião de carga “Hércules” seria a publicidade perfeita. E foi exatamente isso o que aconteceu quando o pouso foi feito.

Momento Decisivo

Quando os sudaneses começaram a se atropelar, Kevin e João viram possibilidades de boas fotos em quase todas as direções. E assim os dois se afastaram na tentativa de dar conta de uma área maior. Enquanto João se deteve em uma clínica próxima do local, utilizada para atendimento dos casos de saúde mais grave, Kevin ficou na parte de fora. Foi quando viu a cena da criança, uma menina, e um abutre à sua espreita. Não teve dúvida e fez vários cliques. O fotógrafo ficou completamente extasiado com a foto que fizera. Estava muito agitado. Momentos depois, com a mão no ombros de João, Kevin falava rápido e profundamente emocionado: “Cara, você não vai acreditar no que acabei de fotografar!”. Depois de escutar a história e ver o registro, João, mesmo orgulhoso, teve uma pontinha de ciúmes. Pois não havia dúvida: a foto feita por Kevin era coisa boa, algo que o famoso fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson chamaria de “momento decisivo”. Ela com certeza incendiaria os noticiários internacionais.

A publicação da foto não poderia ter sido publicada em um veículo mais apropriado para dar destaque ao que acontecia no Sul do Sudão. Na época, a editoria internacional The New York Times fazia uma matéria a região e encontrava grande dificuldade em conseguir fotos para ilustrar o texto. Pouca gente havia estado naquele remoto lugar. Foi quando surgiu a informação de que Kevin Carter tinha estado lá e feito um foto brilhante. Nancy Buirski, responsável pela editoria, entrou em contato imediatamente com Kevin e conseguiu que a foto fosse publicada pelo jornal. O sucesso foi imediato. Em pouco tempo a imagem estava correndo o mundo, uma tremenda sensação. Jogada bem sucedida da ONU, que conseguiu alavancar as doações para o Sudão e sucesso para Kevin, que um ano depois levou para casa o prêmio Pulitzer, o mais importante no mundo do jornalismo.

A foto, porém, também trouxe revezes para o fotógrafo. Buirski lembrou, anos mais tarde, que logo que a foto foi publicada, as pessoas começaram a ligar para a redação. Queriam saber o que havia acontecido com a menina, se ela havia sobrevivido e, principalmente se o fotógrafo havia lhe ajudado. Uma chuva de perguntas que começava a afetar Kevin. Primeiro, ele contou que havia espantado o animal e que se sentou debaixo de uma árvore para chorar. As perguntas continuavam mesmo assim. Ele então completou a história dizendo que viu a menina tinha se levantado e caminhado até a clínica. A opinião pública não se satisfez com a explicação. Queria saber porque Kevin apenas havia observado e não e a levado no colo para um lugar seguro. Não havia resposta fácil para a indagação.

Debate ético

A história da foto da menina e do abutre gerou uma ampla discussão ética pública envolvendo a atuação de jornalistas em campos de guerra: deveriam estes prestar assistência ou apenas serem observadores, relatando ao mundo o que a guerra provoca? Alguns fotógrafos, inclusive aqueles do “Clube do Bangue Bangue”, tentavam ajudar como podiam aqueles que fotografavam. Já tinham socorrido vítimas, ajudado pessoas a sair da zona de tiros ou mesmo levado feridos para hospitais. No entanto, não havia nenhum parâmetro, nenhuma regra, nenhum acordo tácito para aquele tipo de situação limite. A interferência de jornalistas em zonas de guerra poderia transformar os próprios jornalistas em alvo. Ajudar ou não ajudar envolvidos no conflito nunca foi e ainda hoje é uma questão nebulosa.

O questionamento em torno da foto perturbou muito Kevin. Talvez outro fotografo tivesse lidado melhor com a situação. Mas com Kevin foi diferente. Antes mesmo da viagem ao Sudão, o fotojornalista enfrentava uma série de problemas pessoais. Relacionamentos malsucedidos, problemas com consumo excessivo de álcool e vício em mais de um tipo de droga. Para piorar, Kevin não tinha uma base familiar sólida e lhe faltava estabilidade no emprego. Trabalhava apenas para jornais sem expressão ou como freelancer. Mesmo quando ganhava dinheiro, como no caso de sua foto no The New York Times, este acabava sendo gasto para pagar mais drogas ou para quitar dívidas antigas.

Boa parte de seu drama pessoal tinha advindo da pressão de trabalhar em zonas de conflito. E além das cenas chocantes, que se tornaram parte de seu cotidiano, seu trabalho ainda acabou lhe gerando diversos inimigos. De um lado, grandes jornalistas invejosos do sucesso do “Clube do Bangue Bangue”; de outro, pessoas que não entendiam como alguém podia fotografar tantas desgraças como se fosse invisível.

A foto do abutre foi o ápice do trabalho de Kevin. Mas não o fim. O fotografo ainda continuou trabalhando na guerra. Era o que sabia fazer de melhor. Quando o conflito terminou, no entanto, com vitória para as forças democráticas de Mandela, Kevin não conseguiu se ajustar ao novo momento. No dia 27 de julho de 1994, aos 33 anos, levou seu carro até um local de sua infância e, utilizando uma mangueira para levar o monóxido de carbono do escapamento para dentro do veículo, cometeu suicídio. Deixou uma triste nota que dizia estar deprimido, sem dinheiro para pagar as contas, sem dinheiro para ajudar as crianças. Se disse perseguido pela lembranças de assassinatos, cadáveres, raiva e dor. Pela lembrança de crianças feridas ou famintas. Lembrança de “homens malucos com o dedo no gatilho”.

O suicídio de Kevin chocou seus companheiros de “Clube do Bangue Bangue”, que já haviam perdido, em zona de tiro, outro camarada, Ken Oosterbroek. O trabalho de Kevin, no entanto, sobreviveu. Sua foto continua até hoje sendo um libelo contra a guerra e contra a fome no continente africano. A prova concreta de como uma fotografia pode provocar as pessoas e entrar, definitivamente, para a história.

Saiba mais: se você quer saber mais sobre a história desta e de outras fotografias feitas pelo “Clube do Bangue Bangue”, leia o livro “O Clube do Bangue Bangue – Introdução de uma Guerra Oculta”, de Greg Marinovich e João Silva. O livro, um clássico para quem se interessa por fotojornalismo e história contemporânea, serviu de base para a elaboração desta matéria. O título desta, inclusive, é o título de um dos capítulos de livro.

Fonte: Cafehistoria

ALTANEIRA: FORMADA NOVA COMISSÃO PERMANENTE DO LEGISLATIVO

VER. FLÁVIO (CENTRO), PRESIDENTE, VER. LÉLIA (DIREITA), RELATORA E
 VER. PROF. ADEILTON (ESQUERDA), SECRETÁRIO. (FOTO - DR. SOARES).

Foram escolhidos na manhã desta segunda-feira, 27 de fevereiro, na sede do Poder Legislativo Municipal de Altaneira, os novos Membros da 

Comissão Permanente.
Ao iniciar os trabalhos, o Vereador Flávio Correia (PCdoB), agora na função de Presidente, mencionou o bom desempenho realizado no ano passado, onde o que predominou foi a boa relação e o diálogo entre os membros, mesmo a oposição tendo a maioria na Comissão. “Queremos que este ano o diálogo e o respeito prevaleçam, sempre tendo como objetivo maior o bem-estar da nossa comunidade com a aprovação dos Projetos importantes”, completou ele.

A Nova Relatora, a Vereadora Lélia de Oliveira (PCdoB), argumentou que a Comissão Permanente teve e terá um papel primordial, pois fortalecerá os laços harmônicos entre os dois Poderes, mas sem perder sua autonomia e, por conseguinte a do Legislativo.
Já o Vereador Professor Adeilton (PP) – Secretário - frisou que sempre irá procurar o debate entre as partes concernentes as matérias, pois isso contribui para o fortalecimento das relações políticas visando o bem da Comunidade.

Nos primeiros trabalhos, que contou com a participação do Advogado Dr. Soares, a Comissão já fez a análise de quatro Projetos de Lei, apresentados na Sessão Passada.
Três deles advindo do Executivo Municipal, a saber: o de Nº. 005/2012 faz menção às funções gratificadas da Secretaria de Educação. O mesmo tem como uma das finalidades a criação das funções de Supervisor Escolar e Orientador Educacional, já que outrora foi aprovado o Projeto de Lei alterando a estrutura administrativa do Executivo. Já o de Nº. 006/2012 trata dos subsídios dos Membros do Conselho Tutelar e o de Nº. 007/2012 vem a dispor sobre os cargos efetivos da estrutura administrativa do Executivo Municipal. Por meio deste propõe-se a criação dos Cargos de Agente de Inspeção Sanitária, Assistente Social, Enfermeiro e Psicólogo e também a ampliação das Vagas de Médico e Odontólogo visando suprir as necessidades do serviço público.

Foi analisado também o Projeto de Lei Nº. 010/2011 de autoria do Vereador Flávio Correia (PCdoB). Este é relativo à Criação e Regulamentação do Programa de Prevenção às Drogas e a Violência no Município que também será apresentado em Plenário nesta tarde.

Ressalte-se aqui que as matérias receberam parecer favoráveis a aprovação, devendo ser votada na Sessão de Amanhã (28/02).

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: DE CONFÚCIO A PAULO FREIRE


Os professores, ao cumprirem a sua função, carregam consigo toda a trajetória de seus antecessores. Dessa forma, torna-se importante que esses profissionais tenham consciência do percurso que levou a educação aos patamares contemporâneos. Conhecendo a "sua" história, o professor pode, a partir do passado, refletir sobre o presente e, assim, aprimorar o exercício de sua atividade. Pensando nisso, os autores, especialistas na área, trazem nas páginas deste livro as ideias e contribuições de importantes personagens da história da educação. 

Por meio de uma abordagem cronológica e panorâmica, apresentam as ideias de pensadores representativos (do Oriente e do Ocidente, da história antiga, moderna e contemporânea), relacionadas a situações educacionais concretas, contemplando de Confúcio a Paulo Freire, passando por Sócrates, Santo Agostinho, Rousseau e Montessori, além de outros 17 educadores. Obra voltada especialmente para professores e profissionais (formados ou em formação) da área de educação.

Fonte: Editora Contexto:

ALTANEIRA: SELEÇÃO TEMPORÁRIA PARA GUARDAS MUNICIPAIS PODE SER SUSPENSA


O Sindicato dos Guardas Municipais do Estado do Ceará encaminhou ao Prefeito do município de Altaneira,  Delvamberto Soares (PSB),  ontem (23/02),  ofício propondo a suspensão do processo seletivo para contratação temporária dos guardas municipais.

O documento assinado pelo Presidente da entidade Gleilson Cunha da Silva e pelo Diretor Jurídico Francisco Nacelio Fragoso dos Santos informa que irão buscar uma intervenção do Ministério Público para solução do impasse.

Os dirigentes sindicais alegam que a contratação temporária é ilegal e que o Edital deve ser alterado para possibilitar a contratação efetiva.
Queremos deixar bem claro que o intuito aqui é colaborar com V. Exa., evitando transtornos futuros com a ilegalidade de qualquer ato promovido pela sua administração” cita o documento.

O Procurador Geral do Município, Dr. Juraci Rufino de Oliveira orientou o Prefeito suspender o processo até a realização de Audiência com o representante do Ministério Público.

O Prefeito Delvamberto Soares disse que reunirá os titulares das secretarias envolvidas no processo para adoção das providências que se fizerem necessário.


Com informações do Blog de Altaneira

NELSON RODRIGUES: VÍDEO RARO


Carlos Fico, historiador da UFRJ, descobriu recentemente, no Arquivo Nacional dos Estados Unidos, um raro filme com Nelson Rodrigues. 

Filmado em 1968, "Fragmentos de Dois Escritores" foi feito pelo dramaturgo João Bethencourt (1924-2006) e traz um pouco do dia a dia e entrevistas com Nelson e com o dramaturgo norte-americano Edward Albee. 

Segundo Ruy Castro, jornalista e colunista da Folha de S.Paulo, autor autor da biografia de Nelson ("O Anjo Pornográfico", Companhia das Letras), as imagens são valiosas porque trazem um escritor "magro, ágil e saudável". Para ver o vídeo, clique aqui.


Com informações do cafehistoria

AMPLIAÇÃO CARGA HORÁRIA: SERVIDOR


Perguntas e Respostas

Quando posso solicitar ampliação de carga horária?

Imediatamente! Posto que o Decreto nº 30.832, que regulamenta a Lei nº 15.033, foi publicado no Diário Oficial do dia 17 de fevereiro 2012 e o art.2º do referido Decreto estabelecer que a opção pela alteração da carga horária de 30 (trinta) para 40(quarenta) horas semanais deverá ser manifestada pelo servidor no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias após a publicação.  O prazo é improrrogável.

Como devo proceder para fazer a opção pela alteração da carga horária e 30 (trinta) para 40 (quarenta) horas semanais?

Os servidores optantes deverão ASSINAR TERMO DE OPÇÃO que está disponível pelo SIGE ESCOLA.  Depois de assinado o servidor deverá protocolar (SPU) em sua CREDE ou SEDUC (COGEP). Os servidores cedidos devem fazer a opção na SEDUC.

Quando ocorrerá a implantação?

Finalizado o prazo para que o servidor manifeste sua opção de alteração da carga horária de 30 (trinta) para 40 (quarenta) horas semanais a SEDUC devera encaminhar à Secretaria do Planejamento e Gestão - SEPLAG, no prazo de até 30 (trinta) dias, listagem constando o nome dos servidores optantes, a denominação de seus cargos/funções, matrícula e a data da opção.

Quando começarei a trabalhar no novo regime (40 horas)?

Segundo o artigo 3º do Decreto supramencionado o inicio do regime de trabalho de 40 horas será a partir do dia 1º do mês de Maio de 2012, mas na realidade atividade começa dia 02 de maio, em face do dia primeiro ser feriado.

Quando receberei o pagamento com o aumento remuneratório decorrente da jornada ampliada incorporada a minha remuneração?

Os efeitos financeiros serão a partir da FOLHA DE PAGAMENTO DE MAIO que será PAGA em 1º de JUNHO DE 2012.

Como será feita a lotação?

Em audiência do Sindicato-APEOC com a Secretaria da Educação, no dia 25/01/2012, a SEDUC assegurou que os funcionários que optarem pela ampliação permanecerão nos seus locais de trabalho, e que nenhum funcionário terá excluída suas conquistas anteriores. Os servidores cedidos continuam nos órgãos/ entidades para a qual foram cedidos.

Onde solicitar a ampliação?

O funcionário deverá optar no seu próprio local de trabalho ficando o diretor ou chefe imediato responsável pelo encaminhamento junto as CREDES ou a SEFOR.



Com informações do AEOC

PAIC: SEDUC LANÇA EDITAL PARA SELEÇÃO DE TEXTOS DE LITERATURA INFANTIL


A Secretaria da Educação (Seduc) realiza até o próximo dia 26 de março de 2012 as inscrições para licitação, na modalidade Concurso Público, destinada à seleção de textos inéditos de Literatura Infantil, de autores residentes no Estado do Ceará, para reprodução, edição, publicação e distribuição aos alunos da Educação Infantil, 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental da rede pública, atendidos pelo Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic) - PAIC+.

O interessado poderá efetivar sua inscrição diretamente na Coordenadoria de Cooperação com os Municípios (Copem), da Seduc, localizada no Centro Administrativo Governador Virgílio Távora – Avenida General Afonso Albuquerque Lima, s/n Cambeba, Fortaleza- Ce, em dia útil, nos horários de 8 horas às 11 horas ou das 14 horas às 17 horas.

De acordo com o edital, haverá três categorias: textos de literatura infantil inéditos destinados às crianças de 04 a 06 anos de idade, de 07 e 08 anos de idade e textos de literatura infantil inéditos destinados às crianças de 09 e 10 anos de idade.

Os textos selecionados serão contemplados com premiação em dinheiro conforme item 3 (premiação), do edital, em cada categoria e farão parte da Coleção PAIC Prosa e Poesia E POESIA” do Programa Alfabetização na Idade Certa – PAIC+



Com informações do ceara.gov.br

MUSEU DO HOLOCAUSTO INÉDITO NO BRASIL É ABERTO AO PÚBLICO EM CURITIBA


O primeiro Museu do Holocausto no Brasil abre as portas ao público neste domingo (12), em Curitiba. O espaço também presta homenagem aos brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial e aos que receberam os sobreviventes no país.

Foram reunidos objetos, documentos e depoimentos de judeus que sobreviveram à perseguição na Europa e vieram reconstruir a vida no Brasil. O museu é divido em salas e cada uma mostra um período da história dos daquele povo.

O espaço mostra ainda como funcionavam os guetos onde os judeus moravam e a moeda própria de um deles, na antiga Tchecoslováquia. Uma das principais peças em exposição veio de Jerusalém. É o fragmento de um exemplar do livro sagrado dos judeus, a Torá, queimado pelos nazistas.

De acordo com a Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, aproximadamente 80 pessoas que sobreviveram ao holocausto reconstruíram a vida no Paraná e 15 ainda estão vivas.

Para conhecer as instalações é preciso agendar um horário no site do Museu, que fica na Rua Coronel Agostinho de Macedo, no bairro Bairro Bom Retiro. Não é recomendável a visita de crianças menores de 12 anos.

Com informações do cafehistoria

FORUM DO TURISMO: NOVA DIRETORIA É EMPOSADA EM NOVA OLINDA

FUNDAÇÃO CASA GRANDE (NOVA OLINDA)

O Fórum de Turismo e Cultura do Cariri empossou oficialmente ontem, 16/02, a nova diretoria que atuará pelos próximos dois anos.  A cerimônia oficial foi realizada às 8h30 na Fundação Casa Grande, município de Nova Olinda. Representantes dos 29 municípios que integram a Região do Cariri estiveram presentes.

Durante a cerimônia foi lançado o Seminário Turismo de Base Comunitária da Fundação Casa Grande, além do Plano de Comunicação e definições institucionais. A nova equipe está assim composta: Presidente-Vicente Paulo Bastos, Secretário de Cultura de Santana do Cariri, Vice-presidente- Ticiano Linard, Secretário de Cultura de Porteiras, Secretária- Wyldiane Sampaio, Secretária de Turismo e Cultura de Nova Olinda, Segunda Secretária – Fabiana, Fundação Casa Grande, Diretoria de Comunicação- Sarah Menezes, Geopark Araripe, Vice-Diretoria de Comunicação- Curso Vera Lúcia, Guia de Turismo do SENAC/Crato.

A eleição ocorreu no dia 19/01 no Sesc/Crato com participação de representações políticas, ONG’s, Associações entre outros integrantes. O objetivo do Fórum de Turismo e Cultura do Cariri é criar um espaço de debate e construção de políticas públicas para apoiar o desenvolvimento do turismo e da cultura no Cariri de forma integrada. Foi criado há 12 anos e é um dos mais antigos do Estado. Cerca de  40 instituições, incluindo o poder público municipal, ONG’s, instituições de apoio ao desenvolvimento da região, iniciativa privada de 21  municípios da caririenses integram o Fórum.

Realiza reuniões itinerantes mensalmente e já obteve várias conquistas. Entre elas está a escolha de Nova Olinda como destino indutor do turismo pelo Ministério do Turismo, a criação de entidades representativas do setor privado, como a Associação Caririense de Hotéis-Acari, a Associação de Bares e Restaurantes- Abrasel e a Associação Caririense de Condutores Ambientalistas e Guias de Turismo, Aconguia.



Com informações da URCA

EDITAL NOVOS TALENTOS MUSICAIS: INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ O DIA 1 DE MARÇO


O Governo do Estado, através da Casa Civil, publicou Edital de Seleção Pública de Talentos Musicais com o objetivo de realizar apresentações em eventos oficiais no Ceará. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 16 de janeiro e está fundamentado na Lei Federal nº8.666/93. Serão selecionados novos talentos musicais para buscar a valorização e participação deles no desenvolvimento de atividades culturais e fortalecer a produção artística local. De acordo com o edital (nº 001/2012),  serão selecionados 12 talentos musicais.

Estarão habilitados a participar do processo de seleção, pessoas físicas ou jurídicas residentes ou registradas no Ceará há pelo menos um ano. As inscrições estarão abertas até o dia 1º de março e deverão ser encaminhadas com formulário preenchido (conforme modelo do Edital) pessoalmente ou via correio (Palácio da Abolição Setor de Protocolo da Casa Civil - térreo Av. Barão de Studart, nº505, Meireles Fortaleza – CE CEP: 60120-000 Remetente: Nome do Cantor(a) ou Banda Nome e endereço completo). 

O envelope deverá estar lacrado e conter ainda os documentos solicitados no Edital, uma gravação em formato CD, release do músico ou banda, breve currículo, sinopse do show a ser realizado, ficha técnica e reprodução em vídeo para que seja possível avaliar a performance.

A Seleção dos Talentos Musicais será realizada em duas etapas:  uma pré- seleção de 24 bandas (ou cantos solo) que será avaliada por uma comissão e a segunda etapa consistirá em uma audição a ser realizada no Centro de Convenções, em data a ser definida.  A divulgação da relação dos 12 cantores ou grupos musicais selecionados será devidamente publicada no Diário Oficial do Estado do Ceará (DOE).




Fonte: Secult

ALTANEIRA: QUATRO PROJETOS DE LEIS SÃO ENCAMINHADOS A COMISSÃO PERMANENTE DA CÂMARA

A CP FOI ALTERADA. SAIU O VER. A. HENRIQUE (CENTRO) E
ENTROU A VEREADORA LÉLIA DE OLIVEIRA.

A Comissão Permanente do Poder Legislativo de Altaneira já tem no seu retorno as atividades normais depois do recesso de fim de ano, quatro importantes Projetos de Leis para serem analisados e emitidos pareceres.

Na tarde de ontem (14) as apresentações das matérias em Plenário ocorreram a todo vapor. Ressalte-se aqui quatro Projetos de Leis, três deles advindo do Executivo Municipal, a saber:  o de Nº. 005/2012 faz menção às funções gratificadas da Secretaria de Educação. O mesmo tem como uma das finalidades a criação das funções de Supervisor Escolar e Orientador Educacional, já que outrora foi aprovado o Projeto de Lei alterando a estrutura administrativa do Executivo. Já o de Nº. 006/2012 trata dos subsídios dos Membros do Conselho Tutelar e o de nº. 007/2012 vem a dispor sobre os cargos efetivos da estrutura administrativa do Executivo Municipal. Por meio deste propõe-se a criação dos Cargos de Agente de Inspeção Sanitária, Assistente Social, Enfermeiro e Psicólogo e também a ampliação das Vagas de Médico e Odontólogo visando suprir as necessidades do serviço público.

Quem também apresentou Projeto foi o Vereador Flávio Correia (PCdoB). Este é autor do Projeto de Lei Nº. 010/2011 relativo à Criação e Regulamentação do Programa de Prevenção às Drogas e a Violência no Município que também será apresentado em Plenário nesta tarde. È importante frisar que o Projeto era para ter sido apresentado e votado ano passado, mas devido ao recesso não foi possível.


Todas as matérias foram encaminhadas para a Comissão Permanente para análise e missão de pareceres, devendo retornar ao Plenário para votação na Próxima Sessão.

UFC LANÇA NOVOS EDITAIS DE CONCURSO PARA PROFESSOR


A UFC lançou novos editais de concurso público para professor efetivo, temporário e substituto dos campi de Fortaleza e do Interior. As inscrições variam de acordo com a vaga e todos os editais estão publicados no site da Superintendência de RecursosHumanos da UFC. Veja o resumo das vagas.

- Professor Substituto da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC), no Departamento de Teoria Econômica, setor de estudo "Teoria Econômica". Inscrições até 14 de fevereiro. Edital n° 27/2012;

- Professor Substituto do Centro de Ciências, no Departamento de Estatística e Matemática Aplicada, setor de estudo "Probabilidade e Estatística". Inscrições de 15 a 17 de fevereiro. Edital n° 38/2012;

- Professor Assistente do Campus do Cariri, setor de estudo "Assessoria de Imprensa". Inscrições até 13 de março. Edital n° 37/2012;   
Professor

- Professor Temporário do Instituto de Cultura e Arte, curso de Música, setor de estudo "Prática Instrumental Flauta-Doce/Sopros". Inscrições nos dias 17, 23 e 24 de fevereiro. Edital nº 39/2012.

- Professor Adjunto da Faculdade de Medicina, departamento de Cirurgia, Setor de Estudo "Traumatorpedia/Cirurgia de Coluna". Inscrições de 13 de fevereiro a 13 de março. Edital nº 40/2012;

- Professor Substituto do Campus da UFC em Sobral, curso de Psicologia, setor de estudo “Sociologia”. Inscrições nos dias 14, 15, 16, 17 e 23 de fevereiro. Edital nº 25/2012.


Fonte: UFC

O COFRE DO DR.RUI


Ele não sai das vitrines das principais livrarias do Brasil e está próximo de figurar na lista dos títulos mais vendidos do país. Se você pensou em algum livro sobre a saga de um vampiro adolescente ou em mais um manual de autoajuda, errou. O livro em questão se chama “O Cofre do Dr.Rui”, do jornalista Tom Cardoso, e conta a história de um dos acontecimentos mais emblemáticos da história contemporânea do Brasil: como a Var-Palmares de Dilma Rousseff realizou o maior assalto da luta armada brasileira.

O episódio narrado de forma romanceada por Cardoso começa em 1969, quando a esquerda brasileira tentava se organizar após o baque sofrido pela promulgação do Ato Institucional N°5 (1968), que radicalizou a repressão no Brasil ao permitir ao regime militar cassar e suspender direitos políticos, intervir nos estados e municípios e exacerbar a censura à imprensa. Em pouco menos de um ano, várias lideranças da esquerda estavam presas, mortas ou no exílio. As que ainda se encontravam livres no Brasil, passavam toda a sorte de privações e perigos. Não havia dinheiro para sustentar a compra de armas ou mesmo assegurar a sobrevivência dos militantes, sobretudo aqueles que foram obrigados a viver no exterior. Era uma época de parcos recursos para a luta armada. Até que um dia, uma ação, a “Grande Ação”, conforme o batismo de Carlos Lamarca, apareceu no caminho dos grupos de esquerda com a promessa de ser uma reviravolta nos rumos da resistência à ditadura.

Durante os anos de chumbo”, boa parte dos recursos das organizações de esquerda vinham de assaltos a bancos, chamados pelos militantes destas organizações de “expropriações”. No início de julho de 1969, a recém formada Vanguarda Armada Revolucionária, a VAR-Palmares, adepta da luta armada, foi informada de um cofre repleto de dólares mantido em segredo absoluto em uma casa no bairro de Santa Tereza, Rio de Janeiro. O cofre estaria localizado na mansão onde morava o cardiologista Aarão Burlamaqui Benchimol, irmão de Ana Guimol Benchimol Capriglione, que fora amante de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo, famoso pelo bordão “rouba, mas faz”, falecido quatro meses antes. Ana, que mantinha em segredo a fortuna de Adhemar, dinheiro supostamente desviado durante sua gestão, era conhecida nos meios políticos pelo pseudônimo de Dr.Rui, criado pelo próprio Adhemar para não levantar suspeitas publicas de seu envolvimento extraconjugal. O tal “Cofre do Dr.Rui” teria aproximadamente 200 mil dólares, valor que tiraria os militantes da dificuldade e ainda financiaria uma série de ações contra a repressão. Carlos Lamarca, ex-militar que passara para o lado dos guerrilheiros, soube da história e logo a batizou de “A Grande Ação”.

O ASSALTO

O assalto foi planejado nos mínimos detalhes. Ocorreu em uma sexta-feira, dia 18 de julho de 1969, quando apenas alguns poucos moradores da casa e outros poucos funcionários encontravam-se no local. No total, participaram diretamente da operação onze militantes da VAR-Palmares, entre eles o atual deputado estadual do Rio de Janeiro, Carlos Minc. Tratou-se de mega operação, envolvendo pessoas de várias regiões do Brasil, calculada sob medida para retirar o pesado cofre da casa, coloca-lo em um carro e leva-lo para um lugar seguro. O assalto e o transporte foram feitos sem sobressaltos. A grande surpresa, no entanto, estava na abertura do objeto. Ao invés de 200 mil dólares, os guerrilheiros encontraram um montante de 2 milhões e 598 mil dólares, que hoje equivalem a pouco mais de 20 milhões de dólares. A sorte parecia estar do lado da VAR-Palmares. O que o livro de Tom Cardoso mostra, porém, é que o dinheiro trouxe tudo, exceto boa sorte para os envolvidos na “Grande Ação”.

Ao lado dos preparativos e da execução do assalto, a essência do livro está no destino dos onze militantes que participaram da “expropriação” e de outros personagens que participaram de outra forma no episódio. A história de cada um mostra uma espécie de “maldição” que o dinheiro de Adhemar parecia carregar. No fundo, entretanto, o que o dinheiro realmente fez foi provocar fissuras e discordâncias já latentes entre pessoas e organizações.

A primeira das fissuras ocorreu logo nos momentos seguintes a abertura do cofre. Os guerrilheiros distribuíram entre si uma nota de um dólar para comemorar a ação, embora o “manual do guerrilheiro, que deveriam seguir, condenasse esse tipo de prática. 

Outros, achavam que era preciso celebrar em grande estilo, com camarão e vinho branco em um badalado bar do bairro do Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro. Houve discordâncias nos dias e meses seguintes, discussões acirradas, quase um motim no seio da organização. O dinheiro acabou repartido, após uma confusa e tensa reunião entre lideranças da esquerda clandestina.

Com o avançar das investigações, a polícia prendeu vários guerrilheiros, que foram torturados e, por sua vez, deletaram outros companheiros. Um dos envolvidos sumiu com parte do dinheiro. Outro caiu em um golpe no exterior e perdeu boa parte do valor. 

Um grupo propôs uma nunca realizada redistribuição, no sentido de ajudar exilados em dificuldade no exterior. Outro grupo, esbanjou de uma qualidade de vida invejável. Em suma, o dinheiro catalisou diferenças e acelerou a fragmentação dos guerrilheiros em facções cada vez mais frágeis e efêmeras.

PIBIC: PROJETO GEOPARK ARARIPE APROVADO


Intitulado “Jovens Paleontólogos”, o projeto do Geopark Araripe obteve aprovação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica-PIBIC. 

Coordenado pela Secretária Executiva do Geopark Araripe, a geóloga Flavia Lima e pelo geólogo Idalécio Freitas, o projeto vai ser realizado nas minas de exploração de calcário de Santana do Cariri e terá duração de um ano.

Durante esse período, três jovens do Ensino Médio de Santana do Cariri serão capacitados sobre geologia e a fazer coleta e levantamento de dados de fósseis nas minas. O material coletado será enviado para o Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri-URCA, em Santana do Cariri, para ser estudado e tombado. A ideia é estimular o conhecimento desses jovens sobre as ciências da terra, ampliar o acervo do Museu de Paleontologia da URCA e conscientizar os trabalhadores das minas de exploração de calcário sobre a importância dos fósseis.

A jovem equipe receberá um kit de campo, contendo camiseta, boné, lupa, crachá e prancheta, material que os auxiliarão na atividade. Eles terão acompanhamento de campo pela equipe técnica do Geopark. Ao final dos trabalhos, o trio produzirá um trabalho científico a partir das informações obtidas que será apresentado na Semana de Iniciação Científica da URCA.


Fonte: URCA

COPA SÃO JOSÉ DO QUINCUNCÁ: ALTANEIRA BATE 13 DE MAIO E SEGUE FIRME NA BUSCA PELO TÍTULO



A Equipe de Altaneira quase que não vence o 13 de Maio pela Copa São José do Quincuncá. Ao todo, foram oito gols na partida, inclusive com direito a dobradinha tripla.

Teinha, Junior e Cristiano marcaram dois gols cada e Orlando balançou as redes uma vez, fazendo com que a Equipe aplicasse uma senhora goleada pra cima do Adversário que ainda descontou.

Com a Goleada por 7 x 1, Altaneira segue para a próxima fase da competição com 100% de aproveitamento. Seu Adversário ainda não está definido. Toda via, o próximo confronto será dia 03 (três) de Março.



Fonte: Departamento de Esporte de Altaneira

O ENSINO DE HISTÓRIA EM DEBATE


A coordenação do GT Ensino de História e Educação da Anpuh vem, desde meados de 2011, se articulando para desenvolver as ações da pauta do GT para o biênio 2012 e 2013. O primeiro passo foi justamente a própria consolidação da pauta de ações. Uma primeira indicação foi feita durante a reunião de eleição, quando a coordenação anterior fez um balanço das ações realizadas e resultados alcançados e desafios para o GT no âmbito da ANPUH. Na ocasião foram levantadas questões relacionadas a 5 pautas básicas: 1. Comunicação do GT: a Revista História Hoje, a construção de um site ou blog como veículo de comunicação digital e integração entre os membros do GT; 2- Pesquisa: articulações e realizações do Projeto Panorama do Ensino de História; 3- Articulações do GT: no plano externo à ANPUH, as aproximações e diálogos com a ABEH (Associação Brasileira de Ensino de História) , e os eventos da área de pesquisa sobre o ensino de História, o ENPEH (Encontro Nacional dos Pesquisadores de Ensino de História) e o encontro "Perspectivas do Ensino de História", e no plano interno a aproximação do GT com as pautas da ANPUH tais como regulamentação da profissão, campanha de filiação, aproximação com os docentes das redes públicas de ensino, articulação com os fóruns de graduação e pós-graduação; 4- Ações políticas: inserção do GT nos debates acerca dos currículos da educação básica, projetos de formação de professores (inicial e continuada), acompanhamento das políticas públicas de educação e realização de balanços sobre profissão docente e condições de trabalho. Em setembro de 2011 realizamos em Vitória, no Espírito Santo, uma primeira reunião da coordenação do GT, que contou com a valiosa presença da profª Juçara Luzia Leite (UFES), na qual consolidamos a pauta acima indicada e esboçamos um plano de trabalho para o biênio.
Dentre as prioridades desta agenda está uma aproximação e maior articulação com os pesquisadores do ensino de História. Uma via que está sendo construída e que conta com a generosa acolhida e apoio das professoras Ernesta Zamboni e Maria Carolina Bovério Galzerani é a aproximação do GT com a comissão organizadora do VIII Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História e do III Encontro Internacional de Ensino de História, a ser realizado na UNICAMP, no período de 02 a 05 de julho de 2012. Outra via é a aproximação com os pesquisadores do projeto "Panorama do Ensino de História". Nesse sentido reconhecemos e valorizamos os esforços individuais e atuações das várias pessoas já engajadas no processo, e cujas iniciativas de pesquisa foram fundamentais para a sustentabilidade da proposta. Nossa intenção é contribuir para fortalecer as articulações e a continuidade do projeto colaborando para a definição de uma agenda comum junto aos me mbros do GT. Entendemos que dentre as possibilidades de continuidade e desdobramento da proposta, o Projeto Panorama pode vir a se constituir em um Observatório do Ensino de História, adquirindo elementos do formato já adotado para outros, como o Observatório da Educação Indígena, da Educação de Jovens e Adultos, e que são apoiados pela CAPES. Dentro dessa perspectiva de abertura para o diálogo, esse primeiro contato tem como objetivo realizar um balanço do quadro atual do projeto, identificando os envolvidos, suas instituições, temas e perspectivas metodológicas.

Para tanto, programamos para início deste ano um encontro que possa reunir os representantes de todos os GTs estaduais, com o objetivo de estreitar o diálogo e estabelecer compartilhadamente as estratégias de ação. Com apoio incondicional da Direção da ANPUH, essa primeira reunião nacional do GT ficou definida para o dia 23 de março de 2012, em São Paulo, na sede da ANPUH-Nacional, no prédio da História, na Cidade Universitária USP. Na pauta trataremos dos seguintes pontos que consideramos fundamentais:

Balanço da situação dos GTs regionais de Ensino de História e definição de estratégias para sua organização ou reorganização;

Participação do GT na campanha de filiação junto aos professores da Educação Básica;
Balanço e perspectivas de desenvolvimento da Pesquisa "Panorama do Ensino de História" e outros projetos;

Discussão sobre o papel do GT no debate acerca das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, os currículos estaduais e o ensino da disciplina na Educação Básica;

Definição de estratégias para apoiar as ações da atual diretoria da Anpuh;
Construção da agenda de encontros nacionais e regionais para o biênio. Acreditamos que com esforço coletivo, mobilização e apoio dos parceiros institucionais conseguiremos enfrentar e responder a esses desafios.

Por favor, confirme sua presença, ou indique um representante do GT regional, enviando mensagem para o e-mail anpuh@usp.br. Sua presença é muito importante.
Coordenação do GT Ensino de História e Educação da Anpuh

O STF NÃO SABE O QUE É HISTÓRIA

O Ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), promulgou, em 29 de novembro de 2011, a Resolução No 474 que "estabelece critérios para atribuição de relevância e de valor histórico aos processos e demais documentos do Supremo Tribunal Federal". O documento causa perplexidade aos historiadores e a todos aqueles que, minimamente, tem acompanhado o desenvolvimento da historiografia contemporânea, em especial por duas razões: por procurar estabelecer "por decreto" o que é ou não histórico e por apontar como subsídio para essa classificação critérios considerados ultrapassados há, pelo menos, um século. Por esse motivo, a Associação Nacional de História (ANPUH), entidade que congrega os profissionais de história atuantes no ensino, na pesquisa e nas entidades ligadas ao patrimônio histórico-cultural, não poderia deixar de trazer a público a sua inconformidade com a referida Resolução.
Apesar de seus precursores mais remotos (como os gregos Heródoto e Tucídides), o conhecimento histórico só se estabeleceu como disciplina autônoma e com pretensões científicas no século XIX, acompanhando o processo de surgimento e/ou consolidação dos Estados nacionais. Naquele momento era importante alicerçar em uma narrativa fidedigna, ancorada em provas documentais, a história desses Estados, comprovando sua existência ao longo do tempo e reforçando os laços de identidade entre seus habitantes, com base em uma presumida origem comum. Não é à toa que, justamente nesse período, surgiram os Arquivos Nacionais, inclusive no Brasil, como forma de reunir e conservar os documentos oficiais que dissessem respeito à "biografia" das jovens nações. Muitos historiadores, por seu turno, voltavam sua atenção aos ditos "acontecimentos consagrados", aos "grandes personagens", aos "fatos marcantes" da história de seus países; acontecimentos, persona gens e fatos esses, diga-se de passagem, em geral ligados às elites políticas, econômicas, culturais, militares e intelectuais a quem se atribuía o "fazer da História".

Ora, desde ao menos o final da década de 1920, tal visão do que é ou não histórico foi fortemente contestada pelas principais correntes contemporâneas da historiografia por seu caráter limitado e elitista. Desde então, se sabe que nenhum documento possui "relevância" ou "valor" histórico em si, mas somente a partir das perguntas que o historiador dirige ao passado. Por exemplo: por muito tempo, não se deu valor às experiências das mulheres na história, ou apenas quando elas participavam de espaços tradicionalmente masculinos como a política e a guerra. Hoje uma das áreas mais desenvolvidas da historiografia brasileira e mundial é, justamente, a história das mulheres, que, para se desenvolver, precisou se utilizar de documentos antes considerados "não históricos" (talvez por envolver mulheres pouco famosas), como registros policiais e documentos judiciais referentes a, por exemplo, violência doméstica, guarda de crianças, brigas entre vizinhos, etc. Neste sentido, um exemplo entre muitos outros é o livro da consagrada historiadora Maria Odila Leite da Silva Dias, "Quotidiano e poder no século XIX", cuja leitura indicamos aos ministros do STF, que apresenta as lutas femininas em São Paulo naquele período e as estratégias de sobrevivência de mulheres pobres, talvez "sem valor histórico" na visão desses magistrados, como lavadeiras, quitandeiras, escravas, forras, entre outras.

COMISSÃO DA VERDADE: ENTRE A MEMÓRIA E A HISTÓRIA

Recentemente foi aprovada pelo Congresso Nacional a formação da Comissão da Verdade que terá como função apurar as violações aos direitos humanos ocorridas em nosso país entre 1946 e 1988. A ela não cabe punir ou julgar culpados, mas lançar luz sobre uma série de crimes perpetrados por agentes governamentais, em especial no período da ditadura civil-militar iniciada com o golpe de 1964, esclarecendo suas circunstâncias, motivações, agentes, entre outros aspectos. Alguns, sobretudo aqueles setores identificados com os governos autoritários, a acusam de "revanchista", por querer reacender conflitos que deveriam, em sua visão, ter sido esquecidos com a Lei da Anistia de 1979. Outros, em especial os militantes de direitos humanos e os familiares de mortos e desaparecidos políticos, denuncia m seu caráter limitado e seus precários recursos (incluindo um número reduzido de membros e um tempo curto para as investigações). De qualquer forma, trata-se de uma iniciativa fundamental para que se possa encarar de frente uma série de situações traumáticas próprias desse passado recente que insiste em não passar, e que macula até hoje a nossa democracia.

A Comissão da Verdade assemelha-se a outras iniciativas ocorridas em países que passaram por traumas coletivos, em geral provocados por governos ditatoriais e autoritários, os quais pareciam impedir-lhes de seguir em frente com seus projetos de organização democrática. Isso aconteceu, através de modalidades e com resultados variados, na Alemanha após o nazismo, nos países do Leste europeu na sequência da débâcle do bloco comunista, na África do Sul depois do apartheid e em países do Cone Sul com o fim das ditaduras de Segurança Nacional. Em todos esses casos, muito se falou do dever de memória, ou seja, do dever de lembrar o horror para não repeti-lo, o que, em alguns casos, implicou também reparações materiais e simbólicas às vítimas, aos seus familiares ou mesmo a grupos sociais inteiros (como judeus e negros) que haviam sido submetidos a terríveis violências por parte do aparato estatal.



Fonte: ANPUH