EDUCAÇÃO: A QUEM INTERESSA MAQUIÁ-LA


A quem interessa maquiar a realidade da educação cearense na rede estadual de ensino? Recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou dados estatísticos pesquisados sobre formação acadêmica do professor da Educação Básica; sobre seus salários; e; sobre o porquê da falta de estímulos do ser professor vinculado ao Serviço Público. Importantes itens no processo educacional que se vivencia na atualidade.

De acordo com a Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC) os números divulgados pelo IPEA não correspondem às suas estatísticas, tendo em vista que, dos 13.507 professores efetivos na rede estadual, apenas 132 não são graduados. Estão lotados nos serviços burocráticos. Com pós-graduação, e, no mínimo, com uma especialização existem 9.287 professores na rede estadual de ensino.

Para o Sindicato – APEOC a realidade é outra. Na rede estadual de ensino existem mais de 10 mil professores com contratos temporários, em exercício de carência definitiva ou não, e, entre estes mais de dois mil são acadêmicos, graduandos de todas as disciplinas e sem habilitação mínima. Esta situação é, no mínimo, estranha ao exercício de magistério, e, em especial no Serviço Público, onde o ingresso de servidor deve ocorrer somente através de concurso público. Desta maneira vem suprimindo todas as carências de professor em sala de aula, com docentes efetivos, contratados com habilidade mínima e graduandos, acadêmicos, lecionando nas sérias do Ensino Médio.

No que diz respeito a salário de professor efetivo ou contratado na rede pública, os baixos valores não estimulam exercer magistério. A comprovação vem das universidades com a não procura pelos vestibulandos de cursos inerentes às disciplinas pedagógicas necessárias à formação acadêmica de professor. A recusa é estimulada pelos baixos salários e como o Poder Público necessita de professor, adota contratação temporária, mesmo sem formação adequada.

A continuar esta situação, segundo o Sindicato APEOC, em médio prazo, o professor profissional desaparecerá no serviço público e o Estado deixará de cumprir uma das suas principais obrigações constitucionais: educar e com ensino de qualidade.

Ainda contra a educação na rede pública de ensino está a insensibilidade de muitos dos gestores públicos, apegados a uma falsa argumentação de poucos recursos, apesar da lei que instituiu o piso nacional de salário do professor assegurar complementação financeira para Estados e Municípios que comprovem, em planilhas, esta falta de recursos. Segundo o ministro da Educação, nenhum gestor público formalizou pedido para complementação de recursos em favor da educação. Muito pelo contrário, diariamente, a sociedade é surpreendente com denuncias de gestores indiciados em desvio de verbas da educação.

Para o Sindicato – APEOC, a Educação e a melhoria do ensino dependem de salário, estímulos, valorização do professor e seriedade da aplicação de recursos públicos.

Com Informações do  APEOC

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