A SANTA MADRE IGREJA CATÓLICA E O PAPEL DE CONCILIADORA E MANTENEDORA



Na postagem de hoje (25) iremos abordar um doas assuntos menos discutidos. Por que não se discute com profundidade o papel, o discurso feito pela Igreja Católica antes e durante o Regime Militar?
È verdade que já se tem alguns trabalhos nesse sentido, alguns inclusive inovando na discussão e apresentando a real caracterização desta instituição no período em foco.
Nesse sentido e acreditando estarmos contribuindo para o conhecimento de outra versão a respeito desta Igreja iremos colocar o seu posicionamento frente aos Asseguradores do Regime Militar implantado em 1964. Assim sendo vale registrar que a Igreja participou ativamente do golpe militar, inclusive por intermédio das suas “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Esta marcha envolvia setores da classe média e tinha como suposto princípio o posicionamento contra o “perigo” (se é que havia) de vir acontecer uma Revolução de caráter Socialista no Brasil.
Para Gilvan Rocha a Igreja Católica se envolveu efetivamente no processo que culminou na instauração da Ditadura Militar e para confirmar seu posicionamento se utiliza de um documento público dos Bispos deste país. Veja o teor do mesmo:
O Brasil foi a pouco, cenário de graves acontecimentos que modificaram os rumos da situação nacional. Atendendo a apelo geral e angustiosa expectativa do povo brasileiro, que via a marcha acelerada do comunismo para a conquista do poder, as forças armadas acudiram em tempo e evitaram que se consumasse a implantação do regime bolchevique em nossa terra” (ROCHA, Gilvan. 1964 A Grande Derrota e Outros Textos Pertinentes. Pg. 109).
Nesse sentido, resta-nos afirmar que a Igreja Católica realizou o seu papel de conciliadora, porém com a mesma finalidade das forças armadas, qual seja, manter o sistema e, por conseguinte a paz dos asseguradores do mesmo.

Você pode gostar de ler a postagem anterior: 

Cândido Aragão: O “Almirante do Povo”

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