PCB – Dos Interesses de Moscou ao Sonho das Influências de Forma Pacífica

O Primeiro Movimento que abordaremos será, não sem razão, o Partido Comunista Brasileiro – PCB. Quais os planos a serem traçados por este partido no contexto cruel, deplorante em que o País viveu? De que forma esses planos interferiram e contribuíram para eliminar o período autoritário instalado no Brasil? Como eles construíram seus discursos em Discordância com o Regime Militar?
Na medida do possível iremos colocando tais questionamentos em xeque. È preciso dizer que quando Jango assumiu o Comando da República a principal corrente, ou melhor, o principal partido de caráter esquerdista era o PCB que, de 1946 a 1961 era denominado de Partido Comunista do Brasil e só posteriormente passou-se a chamar de Partido Comunista Brasileiro. De forma inspiração marxista esse movimento serviu, inclusive de base para outras correntes. Sua luta em prol do movimento operária era sólida e chegou a contar com divisões no meio camponês, além de ter sido uma base nas lutas estudantis.
No entanto o PCB cometeu um grave erro, pois não foi capaz de perceber a própria conjuntura política e as forças de classes que reinava dentro do Brasil e se orientou pelo enfoque internacional. Para os membros do PCB o Brasil atingiria o Socialismo por intermédio de uma revolução, mas esta viria em duas etapas. Nesse sentido, a primeira etapa seria a da Revolução Nacional e Democrática, onde o conteúdo era antiimperialista e antifeudal. Terminada essa etapa viria à segunda, comumente chamada de Revolução Socialista. Mas como atingir esse caminho? Para eles, o caminho (sem fundamentação, é bom que se diga) viria através da luta, mas luta pacífica, de uma forma onde as classes distintas se influenciariam pacificamente.
Vale registrar que além do PCB no período em foco ter servido aos interesses de Moscou esse desejo por um espaço e influências, de convivências pacíficas entre classes sociais distintas não daria certo. Ora, o discurso que o PCB construiu era descabido, desproporcional e foi um erro que já mais uma esquerda pode cometer. Afinal de contas, como querer que a Classe dominante (a Burguesia) queira realizar, queira participar de uma Revolução? Que interesses teria ela em efetivar esse caminho sonhado pelo PCB? Nesse sentido e tomando como base Jacob Gorender  que diz em Comabate Nas Trevas“Estava fora da objetividade política ganhar semelhante consenso de uma burguesia que não precisava de nenhuma revolução” (p. 31).

Veja a Terceira Postagem desta Série:

Definição de Esquerda e Direita

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