Cândido Aragão: O “Almirante do Povo”



Na postagem de hoje (21) iremos nos deter em uma análise sobre a mais importante Associação (me arriscaria em afirmar) em prol da luta contra os asseguradores do Regime Militar. Estamos falando da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais.
A sede desta era na Cidade do Rio de Janeiro, no Então chamado Estado da Guanabara. Aqui, é bom dizer, se praticava uma política de cunho Nacional – Reformistas com base nos pontos esquerdistas. Afinal de contas os movimentos no Brasil (esquerdistas) tomavam a Revolução Cubana e a Chinesa, além claro, de ter certa proximidade com Leonel Brizola.
No entanto, é importante afirmar que a exemplo das Ligas Camponesas, a Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais necessitava de clareza política, mesmo tendo o Cândido Aragão (o almirante do povo) como comandante. Mas, por mais que ele tivesse boas intenções, por mais que não partilhasse com os asseguradores do Regime, ele estava em um órgão submisso ao Sistema político, ou melhor, aos militares políticos de então.
O maior desespero passado pelo “Almirante do Povo”, Cândido Aragão, segundo testemunhas da época, foi não ter tido a coragem suficiente para romper com o Poder Constituído e invadir o Palácio da Guanabara para prender o maior símbolo da Direita e um dos líderes do Golpe de 1964, Carlos Lacerda.
Ademais, vale registrar que apesar desta Associação ter tido audácia para combater, o suficiente para depredar o Regime eles não tinham, a saber, uma organização de esquerda, e esquerda revolucionária, diga-se de passagem, que viesse a ter um programa político capaz de inverter os discursos pregados pelo PCB e PCdoB.

Confira a postagem antecedente a esta: 

Leonel Brizola e os “Grupos dos Onze”

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