A Ação Popular - Limitações Políticas

Continuemos a nossa série de postagens referentes aos Movimentos Esquerdistas no Período comumente chamado de Regime de Exceção, ou como alguns preferem, Regime autoritário instalado no Brasil.

Ontem, abordamos o Julianismo e, por conseguinte o personalismo que havia subsidiado na Figura de Francisco Julião. Na postagem de hoje (14) de Julho, iremos dedicar a nossa análise a AP – Ação Popular.

Diante disso, queremos afirmar que esse movimento tinha profundas ligações com a religião, ou melhor nos expressando, era, por assim dizer, de inspiração cristã. Ela foi criada por ações de estudantes, mas cometeu os mesmos equívocos dos demais que, vale relembrar aqui. A Ação Popular preferiu encarar os problemas do Sistema político vigente olhando de fora para dentro. Se não vejamos. Ela ficou reduzida em seu discurso, se espelhou nas posições vindas da China e, por conseguinte da própria Revolução Cubana.

Se não bastasse isso, ela não foi capaz de se diferenciar por completo do PCB, haja vista que apenas contestou de maneira irrisória o caminho para atingir o socialismo por pregado ( pacifismo), além de contribuir e endossar ainda mais o programa do nacional- reformismo também pregado e proposto por este. A Ação Popular foi fundada nos anos 60 por Betinho (Na foto acima).

Gilvan Rocha em 1964 A Grande Derrota e outros textos pertinentes esse movimento não contribuiu em nada “para alterar substancialmente o quadro descrito” (p. 49), quadro esse mostrado por nós desde o início da série.


Confira a postagem anterior:

Julianismo – ‘Reforma Agrária na Lei ou Na Marra’

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